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Crítica

A Creche do Papai | Crítica

Previsível

18.06.2003, às 00H00.
Atualizada em 03.11.2016, ÀS 01H11

A creche do papai (Daddy Day Care, 2003) fez maravilhas para o desacreditado Eddie Murphy, que voltou a experimentar algum sucesso depois de uma série de vergonhosos fiascos nas bilheterias. O filme é dirigido por Steve Carr (Dr.Doolittle 2) e trata-se de mais uma comédia que mistura chutes no saco, piadas com cocô, arrotos e outras funções corporais repugnantes com adultos incapazes de cuidar de um grupo de crianças.

Ok, não que cuidar de crianças seja fácil... já fui buscar minha sobrinha na escola algumas vezes e pude presenciar as hordas de infantes avançando correndo pelo páteo enquanto na minha cabeça tocava a "Cavalgada das Valquirias". Mesmo assim, a dificuldade já foi muito bem explorada em Um Tira no Jardim da Infância (Kindergarten Cop, de Ivan Reitman, 1990) que, não por acaso, tem um pôster parecidíssimo com o de A creche do papai... fundo branco, o personagem principal cercado de crianças.

No filme, Charlie (Murphy) e Phil (Jeff Garlin) são dois pais que perdem seus empregos como gerentes de desenvolvimento de produtos em uma grande empresa alimentícia. Forçado a ficar em casa e sem possibilidades de conseguir um novo emprego, Charlie acaba tendo a brilhante idéia de abrir uma creche. Assim, ele convence o amigo a ser seu sócio na tal "creche do papai".

Infelizmente, nenhum dos dois têm qualquer experiência com crianças. Sendo assim, acabam aplicando alguns métodos pouco convencionais para tomar conta dos fedelhos e acabam criando um relacionamento especial com a molecada, inclusive com seus próprios filhos. Porém, conforme a creche cresce e começa a fazer sucesso, tem início também uma rivalidade com a durona diretora da Chapman Academy (Anjelica Huston), escola que levou todos os concorrentes anteriores à falência.

Para que você tenha uma boa idéia do que te espera, deixo no ar duas perguntas, as mesmas que fiz para três pessoas diferentes: "O que acontece no final com a creche do Papai" e "qual o destino da durona concorrente"? Lembre-se que a comédia é completamente óbvia, segue todos os padrões hollywoodianos e não surpreende em momento algum. As três acertaram na mosca. Dá pra recomendar um filme assim? :-(

Nota do Crítico
Regular