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Crítica

The Duke of Burgundy | Crítica

Cinema erótico dos anos 80 inspira thriller de relacionamentos

20.10.2014, às 12H14.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Peter Strickland desde o início de The Duke of Burgundy não oculta sua intenção: homenagear o cinema erótico dos anos 70. Desde a sequência de abertura parece que estamos vendo um capitulo perdido de Emmanuelle ou algo assim.

Diferente dos filmes criados à época, porém, este esconde algumas interessantes discussões - além das partes íntimas das protagonistas, que permanecem 100% cobertas o tempo todo. Strickland emprega a estética desse cinema (com direito a montagens caleidoscópicas) e situações eróticas para criar uma histórias sobre amor, sexo e cotidiano. O filme acompanha uma entomologista abastada e sua jovem namorada, com quem tem uma relação sadomasoquista.

Entre situações de submissão, role playing e outras práticas menos comuns, as duas mulheres reforçam seus laços, enquanto algo se transforma no interior de uma delas. Strickland, assim, começa sua análise do que move as relações, empregando algumas idéias interessantes no processo.

A insistência em metáforas fáceis, o ritmo cansativo e os sugestionamentos excessivos (afinal, deveria ser um thriller erótico) prejudicam o filme, que leva 106 minutos para chegar a uma conclusão que o público obteve aos 30.

Nota do Crítico
Regular