Desastroso. Essa é a palavra que me vem à mente quando o assunto é o filme “Pecado Original” (Original Sin - Michael Cristofer, EUA, 2001).

A película, por incrível que pareça, traz nomes consagrados como Antonio Banderas e Angelina Jolie nos papéis principais, mas nem isso a salva da banalidade.

Baseado no livro do romancista Cornell Woolrich “Waltz into darkness”, o filme conta a história de um rico fazendeiro cubano (Banderas) que, somente para garantir um herdeiro, resolve se casar. Para tanto, escolhe uma noiva americana, com quem se correspondia. A chegada da noiva (Jolie) em Cuba transforma a vida deste homem, que acaba se apaixonando, mas pela pessoa errada. A descrição da mulher com quem ele vinha trocando cartas não bate com a que acabara de chegar e seu comportamento muito menos.

A partir daí, o longa que tinha todos os elementos para se tornar pelo menos um thriller sensual, descamba para o mais piegas dramalhão mexicano.

Apelativo, inverossímil e mal feito, nem as tão comentadas cenas de nudez dos protagonistas compensam. Nada que “9 ½ Semanas de Amor”, “Invasão de Privacidade” ou “Corpos Ardentes” não tenham mostrado e com muito mais erotismo. A história é previsível e faz você perder o interesse na metade do filme. Algumas cenas são tão mal cortadas que é possível se pensar que talvez a censura tenha passado por ali com uma tesoura nervosa.

“Pecado Original” é um filme com roteiro de “Sessão da tarde” e cenas de “Corujão”. Salvo uma ou outra cena onde a fotografia impera e as belas paisagens da ilha de Fidel ajudam e muito, o filme foi literalmente “muito barulho por nada”.

Economize e fique em casa assistindo a “Pícara Sonhadora”. Dá na mesma.