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Crítica

Crítica: Veronika Decide Morrer

Filme estrelado por Sarah Michelle Geller marca estreia de Paulo Coelho em Hollywood

20.08.2009, às 17H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H51

Quem é hoje o brasileiro mais conhecido do mundo? Pelé? Lula? Gilberto Gil? Acho que não. Posso até estar errado, mas creio que o nome que as pessoas mais conhecem é o de Paulo Coelho. Seus livros já foram traduzidos para 67 idiomas diferentes para 160 países diferentes e ele já vendeu 100 milhões de cópias ao redor do mundo. E depois de alguns anúncios de compra de direitos de produção que até agora não foram para frente de O Alquimista e Onze Minutos, chegou a hora do imortal escritor ter seu nome finalmente nos cinemas.

Veronika Decide Morrer

Veronika Decide Morrer

Sua primeira obra a ganhar as telas é Veronika Decide Morrer (Veronika Decides to Die, USA, 2009). Protagonizada por Sarah Michelle Gellar, o filme começa com a personagem tentando suicídio, apesar de ter uma vida que muita gente invejaria: um bom emprego, um belo apartamento em Nova York e, como os fãs de Buffy já sabem há muito tempo, um corpinho que não se encontra todos os dias por aí.

Quando acorda, Veronika está em uma instituição psiquiátrica e logo recebe a notícia de que os remédios que tomou na sua tentativa de suicídio causaram danos irreparáveis no seu coração, que agora é uma bomba relógio prestes a parar de funcionar a qualquer momento. A moça fica, então, pensando em formas de encurtar esse martírio e na sua busca vai conhecendo as outras pessoas que habitam o local.

A trama já é conhecida de quem acompanha a carreira literária do Sr. Coelho e não chega a ser surpreendente, mas ganha nas mãos da boa diretora Emily Young belas imagens. Young abusa da câmera na mão, dos focos e reflexos na hora de filmar seus personagens, uma forma de mostrar que a forma como eles vêem o mundo não é a mesma que estaríamos acostumados, com imagens estabilizadas e sempre bem focalizadas.

Veronika Decide Morrer não é o filme do ano, mas ao menos não compromete com desnecessárias e exageradas mensagens de auto-ajuda. Os fãs podem não gostar da mudança de cenário para Nova York, mas quem nunca leu - e não pretende ler - o livro pode até se surpreender pela técnica cinematográfica da diretora e as ousadas cenas que Sarah Michelle Gellar se propõe a fazer para tentar desvincular de vez sua imagem da loirinha que caçava vampiros. Com tantas adaptações por aí que pioram o que estava escrito nas páginas, até que Paulo Coelho não tem do que reclamar dessa estreia em Hollywood.

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Nota do Crítico
Bom