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Crítica

Crítica: Uma Vida Sem Regras

Robert Pattinson mostra que é mais que um par de presas em filme de auto-ajuda

ÉB
10.12.2009, às 17H00.
Atualizada em 26.11.2016, ÀS 22H00

Não se engane, fã de Robert Pattinson: Uma Vida Sem Regras (How to Be) não vai matar sua vontade de ver o vampiro Edward até o próximo capítulo da saga Crepúsculo.

Uma Vida Sem Regras

Uma Vida Sem Regras

Drama independente britânico, o filme é desses projetos pequenos que jovens astros em ascensão aceitam para provarem que são mais que um rostinho bonito, que sabem atuar. Tanto que Pattinson se esforça para ficar o menos atraente possível. O cabelo cuidadosamente desarrumado com pomada do sanguessuga vira aqui simplesmente um emaranhado. A pose de herói cede espaço para ombros caídos e um caminhar meio desarticulado. O fracasso Art, afinal, não tem nada de bonito - nem deveria.

O protagonista é um perdido. Não sabe o que quer da vida (até tem uma vaga ideia, quer trabalhar sua música, mas não se esforça). Sem objetivos, leva um pé da namorada, sai da casa dela e é obrigado a fazer o vergonhoso caminho de volta para a casa dos pais, ausentes durante toda a sua vida. Até do trabalho voluntário o sujeito é mandado embora...

Uma possível solução para Art chega na forma de um livro de auto-ajuda, o do Dr. Ellington Levi (Powell Jones), que propõe uma medida drástica, sua terapia mais intensiva: ele vai viver um período na casa da família. As cenas que constrastam o velhinho bem-arrumado com os vagabundos londrinos são ótimas

É fato que o circuito brasileiro, normalmente avesso a esse tipo de produção, só esteja dando atenção ao filme em busca das fãs do ator principal. Essencialmente, afinal, o longa de estreia do diretor e roteirista Oliver Irving segue a cartilha do constrangimento indie que nunca emplaca nos cinemas por aqui. Tem personagens que parecem viver em uma dimensão paralela à nossa, busca simetria nos enquadramentos para causar estranheza... é até que bem-sucedido nessa intenção, mas há simplesmente filmes demais assim para que ele cause qualquer marola na Sétima Arte.

Se há alguma novidade no filme é uma inversão interessante de clímax. Diferente da maioria dos filmes do gênero, em que a aceitação dos personagens é parte do desfecho, aqui chega-se a uma curiosa adequação social que mistura esses dois estados. Não é por acaso que um dos personagens diz em determinado momento que a "existência de Art é um oxímoro". A figura de linguagem que harmoniza conceitos opostos, formando assim um terceiro conceito que depende de interpretação, parece perfeita para descrever Uma Vida Sem Regras.

Nota do Crítico

Bom
Érico Borgo

Uma Vida Sem Regras

How To Be

2009
18.12.2009
85 min
Comédia
País: Inglaterra
Classificação: 18 anos
Direção: Oliver Irving
Elenco: Robert Pattinson, Powell Jones, Johnny White, Mike Pearce, Jeremy Hardy, Rebecca Pidgeon, Michael Irving