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Crítica

Crítica: Um Ato de Liberdade

Diretor de Diamante de Sangue mostra história de irmãos judeus que lutaram contra nazistas

MF
07.05.2009, às 17H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H47

Em Diamante de Sangue, o diretor Edward Zwick provou que consegue fazer um filme bonito, bem ambientado, dramático, com cenas de ação, teor sócio-político e arrancar boas atuações do seu elenco. Mas nem tudo isso foi suficiente para transformar o filme em algo empolgante a ponto de se tornar inesquecível, uma obra-prima.

Um Ato de Liberdade

Um Ato de Liberdade

Seu novo filme se chama Um Ato de Liberdade (Defiance, 2008) e antes de estrear no Estados Unidos surgia até mesmo como nome potencial para o Oscar. Pode parecer exagero dizer que o filme tinha "cara" de Oscar, mas não é. O longa usa toda a "matéria-prima" necessária para figurar na lista da Academia de Cinema: tem bons atores Daniel Craig (007 - Cassino Royale), Liev Schreiber (X-Men Origens: Wolverine) e Jamie Bell (Billy Elliot); é um primor técnico, com fotografia e figurino impecáveis; e é ambientado durante a Segunda Guerra Mundial e mostra um grupo de judeus que consegue sobreviver aos ataques das tropas de Hitler e contar a história.

Quem comanda a história são os irmãos Bielski, Tuvia (Craig), Zus (Schreiber) e o caçula Asael (Bell), fazendeiros judeus do interior da Bielorrúsia. Em 1941, depois que seus pais são assassinados pelo exército alemão, eles fogem para a floresta que conhecem desde pequeno. Apesar dos massacres provocados pelos nazistas, a cada novo dia, mais e mais judeus que conseguem fugir dos guetos se juntam ao grupo, que vai ganhando fama pela sua resistência e acaba virando uma comunidade que se ajuda com o objetivo comum de sobreviver.

Mas mesmo entre eles há divergências e disputas. Líder autoproclamado, Tuvia quer se vingar dos alemães sobrevivendo e salvando o máximo de vidas possíveis. Já Zus acredita na vingança armada, e parte para o combate armando emboscadas, até que finalmente se junta ao exército russo. E o próprio aumento do número de pessoas vivendo em conjunto - aliado ao frio e à fome causadas pelo rigoroso inverno local - causa rusgas entre os partisans.

Duas cenas são fundamentais para entender um ponto importantíssimo ao filme: o ser humano é individualista, ganancioso e quando está em vantagem faz de tudo para aproveitá-la. Na primeira, judeus brigam entre si por comida. Na segunda, com um soldado alemão desarmado capturado, chega a hora da vingança. É a cena mais impressionante do filme e a forma como Tuvia reage ao que está acontecendo resume a essência humana.

Mas de nada adiantam os violinos tocando, Um Ato de Liberdade sofre do mal da falta de identidade. Ao tentar ser tudo ao mesmo tempo e englobar do drama à ação, da selvageria à esperança, acaba se perdendo, transformando-se em apenas mais um bom filme. Mais uma vez Zwick e seu time jogam bem, mas só conseguem um empate.

Nota do Crítico

Bom
Marcelo Forlani

Um Ato de Liberdade

Defiance

2008
08.05.2009
137 min
Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell, Mia Wasikowska, Alexa Davalos, Iben Hjejle, Allan Corduner, Mark Feuerstein, Tomas Arana, Jodhi May, Kate Fahy, Iddo Goldberg, Martin Hancock, Ravil Isyanov, Jacek Koman, George MacKay, Antanas Šurna