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Crítica

Crítica: A Verdade Nua e Crua

Cadê Meg Ryan quando precisamos dela?

17.09.2009, às 17H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H52

Se você achava que o Rei Leônidas de 300 era um recordista de frases de efeito, espere só para conhecer o novo personagem de Gerard Butler, Mike Chadway.

A Verdade Nua e Crua

Apresentador de um programa de televisão chamado A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth), que dá título ao filme, o sujeito explica, sem rodeios, como funciona a cabeça dos homens. Ou melhor, as cabeças.

Mulherengo e sexy, ele dispara suas pérolas de sabedoria machista para todos os lados. Sua nova produtora, porém, não está nem um pouco satisfeita. Vivida por Katherine Heigl, a workaholic obcecada por controle Abby Ritcher precisa encontrar uma maneira de lidar com seu novo contratado se quiser continuar na emissora.

A comédia romântica pode até tentar destacar-se das demais ao buscar algum sex appeal ou uma ou outra piada mais pesadinha. Mas o texto da novata Nicole Eastman é tão sensual quanto uma reunião de senhoras recebendo a vendedora de produtos eróticos no salão do condomínio. Quer ser picante, mas sem sujar as mãos.

Robert Luketic (Legalmente Loira) dirige com a mediocridade que o gênero aprecia. Enquanto a maioria das cenas é difícil de ver (que dança é aquela, entrecortada, sem fluidez alguma?!?!), salvam-se alguns momentos. Feliz mesmo foi a escalação de Butler como o protagonista. Ele está totalmente em casa como o machão conquistador. Já Heigl, suposta grande promessa de estrela hollywoodiana de uns anos atrás, prova mais uma vez que não tem o desprendimento necessário para avançar muito além do que conseguiu até aqui. A sequência em que ela tem um orgasmo graças a uma calcinha vibratória em um restaurante, por exemplo, é um tanto patética.

Em uma situação semelhante (até demais), em Harry e Sally - Feitos Um Para o Outro (When Harry Met Sally, 1989), Meg Ryan prova que os homens são incapazes de descobrir se uma mulher está fingindo seu orgasmo. Exatos 20 anos depois, Heigl mostra que dá, sim, pra sacar. É tudo uma questão de talento, apenas...

Nota do Crítico
Regular