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Crítica

Correndo Atrás de um Pai | Crítica

Longa, protagonizado por Ed Helms e Owen Wilson, é mediano por essência

15.01.2018, às 15H58.
Atualizada em 16.01.2018, ÀS 21H28

Correndo Atrás de um Pai é um filme mediano por essência. Não tenta inventar a roda, nem arrancar gargalhadas dos espectadores. É uma produção cujo único intuito é distrair e isso ela entrega, mesmo em meio a um clichê e outro.

O longa é centrado em dois irmãos gêmeos que nunca se deram muito bem. Enquanto Ed Helms interpreta Peter, um proctologista divorciado que está bastante insatisfeito com a própria vida, Owen Wilson é o bon vivant Kyle, que se tornou milionário ao posar para o rótulo de um molho. No dia do casamento da mãe, eles descobrem que foram enganados durante anos sobre a identidade do pai. Decididos a conhecer o progenitor, fazem uma viagem pelos Estados Unidos à procura deste misterioso homem e, claro, se envolvem em algumas confusões pelo caminho que os aproximam como nunca antes.

Alternando entre a galhofa e a dramédia familiar, sem se decidir sobre qual prefere ser, a trama assinada por Justin Malen, o mesmo roteirista de A Última Ressaca do Ano, é toda muito previsível, tanto na construção de cada etapa da viagem, quanto nas piadas assumidamente quinta série. É como se você já tivesse rido daquilo antes - o que, provavelmente, não é apenas uma sensação. Mas a verdade é que você ri de novo.

O que de fato sustenta a produção é o elenco. O estreante na direção Lawrence Sher comanda atores premiados, como Glenn Close, J.K. Simmons e Christopher Walken, que aproveitaram o tempo de tela e se entregaram à brincadeira, sem pensar duas vezes. A escolha dos protagonistas funciona em alguma medida, embora Helms e Wilson sejam possivelmente os gêmeos mais inusitados que alguém poderia pensar, e não apenas pela aparência.

No final, Correndo Atrás de um Pai não faz nada além de um bê-a-bá otimista e com poucas pretensões. Mesmo sem ser memorável, é mais uma opção, entre tantas disponíveis nos streamings e na TV por assinatura, para um daqueles dias em que você só quer desligar o cérebro por duas horas e rir de umas besteiras quaisquer.

Nota do Crítico
Regular