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Carros 3 | Crítica

Com trama de superação no estilo Rocky, Relâmpago McQueen retoma o caminho da vitória

13.07.2017, às 12H14.
Atualizada em 13.07.2017, ÀS 13H05

Carros é de longe a criação mais polêmica da Pixar. Embora seja um sucesso de bilheteria e paixão de muitos moleques mundo afora, é sem dúvida, o universo mais masculino dentre todos os criados pela empresa. Mas este não é o problema. Carros 2 (2011) tem a pior taxa de críticas do estúdio e os três longas-metragens estrelados por Relâmpago McQueen estão no subsolo da estrelada lista da Pixar segundo o agregador de notas Rotten Romatoes.

Por isso, é fácil imaginar que os detratores da série já estejam puxando o freio de mão desde que a animação foi anunciada e certamente eles não devem se preocupar em sair de casa para ver este Carros 3 (Cars 3, 2017). Não dá para culpá-los, mas em uma recuperação digna do nosso protagonista de carroceria vermelha, o terceiro longa tem, sim, uma história que vale o ingresso.

Após muitos anos de sucesso na Copa Pistão, McQueen vê uma nova geração de competidores mais modernos e melhor preparados chegando à pista. Querendo mostrar aos seus fãs e a si mesmo que ele ainda tem gasolina para queimar, o carro de número 95 viaja atrás das raízes de seu mentor, Doc Hudson (Paul Newman - 1925 - 2008). Ao seu lado está a sua nova treinadora, Cruz Ramires.

E com esta premissa, o filme acaba ganhando novos contornos. Após a fracassada ideia do segundo filme, que tentou fazer uma aventura no estilo agente secreto, Carros 3 volta a ter o tom mais "humano” que vimos no primeiro filme. Se na aventura original McQueen precisava aprender uma lição sobre humildade, agora ele vai em busca da superação. Parece até um Rocky sobre rodas.

Não vai ser Carros 3 que vai conseguir salvar a reputação do universo automobilístico da Pixar. Perto de obras-primas universais como Toy Story, Wall-E, Up - Altas Aventuras e Divertida Mente, Carros ainda continua sendo o mais lento na pista da Pixar, mas pelo menos consegue retomar o caminho da vitória. E as homenagens a Paul Newman, com falas do ator gravadas na época do primeiro filme que acabaram ficando de fora, sem dúvida também ajudam a ganhar algumas posições.

P. S. O curta-metragem de abertura, "Lou Lost and Found" é sensacional! 

Nota do Crítico
Ótimo