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Crítica

A Casa de Vidro | Crítica

Apesar de ser um suspense juvenil, está longe de ter tramas implausíveis ou em carnificinas banais.

MH
22.02.2002, às 00H00.
Atualizada em 02.11.2016, ÀS 21H02

O recado é claro, fica implícito logo nas primeiras cenas. A jovem Ruby Baker (Leelee Sobieski) assiste a um filme de terror, tipicamente grosseiro, juntamente com as amigas. Enquanto as garotas se esgoelam entre cenas de mortes sangrentas, Ruby come a sua pipoquinha na maior tranqüilidade. Assim, através das entrelinhas irônicas, o diretor Daniel Sackhein avisa: o seu filme, A casa de vidro (The Glass House, 2001), busca atingir os fãs do suspense juvenil, mas está longe de se agarrar em tramas implausíveis ou em carnificinas banais.

Nenhuma relação com o roteiro que o escritor Truman Capote (1924-1984) produziu, em 1972, para o filme de televisão The Glass House. No thriller psicológico do estreante Sackhein – um diretor oriundo da TV, com passagens em alguns episódios de Arquivo X e E.R. –, os sustos acompanham a adolescência problemática de Ruby e de seu irmão caçula, Rhett (Trevor Morgan). Seus pais morrem, num acidente de carro, exatamente na noite em que completariam vinte anos de casamento. O seguro proporciona uma gorda dinheirama aos dois órfãos. Mesmo assim, Ruby e Rhett não têm com quem morar até que aparecem, como seus tutores, dois ex-vizinhos, Erin (Diane Lane) e Terry Glass (Stellan Skarsgard).

Assim, os órfãos transferem-se, de uma vizinhança pacata, para uma mansão à beira de um penhasco, na praia chique de Malibu – uma casa toda transparente, a "Casa de Vidro". Logicamente, o local servirá de palco aos sustos. Ruby e Rhett, atordoados, percebem que os mais próximos podem ser os mais perigosos. No geral, Sackhein poderia se arriscar mais, aumentar o mistério ao invés de facilitar o entendimento do público. Talvez a sua pouca prática nos longas-metragens também influencie negativamente o ritmo. Por outro lado, com atuações competentes dos experientes Lane e Skarsgard, com alguns bons nós narrativos e algumas cenas de humor involuntário (o final é ótimo, de tão engraçado), A casa de vidro realmente supera qualquer terrorzinho barato. A mansão, no entanto, está longe de repetir o Motel Bates do clássico Psicose, que o mestre Alfred Hitchcock (1899-1980) filmou em 1960. Esse sim é impecável.

Nota do Crítico

Bom
Marcelo Hessel

A Casa de Vidro

The Glass House

2001
110 min
Suspense
País: EUA
Classificação: 16 anos
Direção: Daniel Sackheim
Elenco: Leelee Sobieski, Trevor Morgan, Stellan Skarsgård, Diane Lane, Bruce Dern, Kathy Baker, Chris Noth, Michael O'Keefe, Vyto Ruginis, Gavin O'Connor, Carly Pope, China Shavers, Agnes Bruckner, Michael Paul Chan, Rachel Wilson