O ator, diretor e coordenador de dublês Corey Yuen morreu em 2022, aos 71 anos, como confirmou hoje (12) a Federação de Cineastas de Hong Kong à Variety.
Parceiro frequente de astros como Jacie Chan e Jet Li, o artista marcial natural de Hong Kong não teve seu falecimento por complicações de covid-19 divulgado, inicialmente, a pedido da família. Na tarde de ontem (11), Chan fez um post no Weibo, plataforma social popular na China, que mencionava o falecimento do cineasta.
Yuen e Chan estudaram juntos na Peking Opera School, ao lado de contemporâneos como Sammo Hung, Yuen Qiu e Yuen Biao. Esta turma de jovens talentosos revolucionaria o cinema de artes marciais em Hong Kong durante os anos 1970, 1980 e 1990.
Inicialmente focado na atuação, Yuen apareceu em dezenas de filmes de ação: Confissões íntimas de uma cortesã chinesa (1972), A Volta do Dragão Chinês (1973), A Garota do Kung Fu (1973), A Espada Mágica (1976), Os Sete Grandes Mestres (1977), Na Beira do Abismo (1986), Os Condores do Oriente (1987), Confronto Arriscado (1989) e Thunderbolt: Ação Sobre Rodas (1995) estão entre seus principais papéis.
Já a partir dos anos 1970, no entanto, Yuen passou a brilhar atrás das câmeras, dirigindo Bruce Lee em Jogo da Morte 2 (1980); Jean Claude Van Damme em Retroceder Nunca, Render-se Jamais (1985); Michelle Yeoh em Justiça em Dose Dupla (1985); e os ex-colegas de escola Chan e Hung em Dragões Para Sempre (1988).
A parceria do cineasta com Jet Li alçaria a sua carreira a novas alturas durante a década de 90, quando dirigiu o astro de ação em A Última Luta (1993), A Saga de Um Herói (1993), O Guarda-Costas em Ação (1994) e O Justiceiro (1995).
Como resultado, Li levou Yuen junto quando foi para Hollywood, contratando-o como coreógrafo e coordenador de dublês em filmes como O Beijo do Dragão (2001), Rogue - O Assassino (2007) e Os Mercenários (2010). O cineasta chinês ainda assumiu a direção de Carça Explosiva (2002) e DOA: Vivo ou Morto (2006) nos EUA.