Produzir sequências de filmes de sucesso já é um recurso batido em Hollywood. Basta um longa se sobressair nas bilheterias para rumores de uma possível continuação começarem a pipocar na mídia.
Boa parte desses projetos alcança resultados dignos, e alguns até conseguem se equiparar ao êxito e à qualidade do original. Outros, porém, entregam uma performance tão aquém de seus precursores que acabam relegados ao limbo do mais completo esquecimento.
Relembre, a seguir, algumas continuações que muitos fãs nem sabem que vieram a existir:
Grease 2: Os Tempos da Brilhantina Voltaram (1982)
Protagonizado por John Travolta e Olivia Newton-John em 1978, Grease: Nos Tempos da Brilhantina figura entre os musicais mais bem-sucedidos de todos os tempos em Hollywood.
Exatamente por isso, não é de se estranhar que alguém no mainstream tenha pensado em transformá-lo numa franquia.
Grease 2 trouxe a então novata Michelle Pfeiffer e o pouco recordado ator Maxwell Caulfield na pele de uma popular líder de torcida e um tímido estudante intercambista, que se envolvem romântica e musicalmente numa escola de ensino médio.
A sequência, entretanto, passou longe de repetir o sucesso do longa original, mal arrecadando o suficiente para cobrir o próprio orçamento – e sendo duramente avaliada pela crítica.
O Filho do Máskara (2005)
O original com Jim Carrey, em 1996, caiu tão completamente no gosto popular que imediatamente se começou a falar numa sequência.
Os planos, entretanto, foram sendo adiados até finalmente saírem do papel, quase dez anos depois – e sem o retorno do ator principal!
O Filho do Máskara trazia Jamie Kennedy (Pânico 2) na pele do cartunista fracassado Tim Avery, que cometia o erro de fazer sexo com a própria esposa, Tonya (Traylor Howard), enquanto usava máscara que dá título ao filme.
O resultado, além do nascimento de uma criança com os mesmos poderes do tresloucado personagem de rosto verde, foi um recorde de indicações ao prêmio Framboesa de Ouro daquele ano – incluindo a de Pior Remake ou Sequência –, o que transformou o filme em uma verdadeira piada de mau gosto da sétima arte.
Psicopata Americano 2 (2002)
Mila Kunis interpreta aqui uma espécie de versão feminina do serial killer vivido por Christian Bale na obra original. A personagem é uma estudante universitária decidida a matar quem for para crescer na carreira.
Lançado diretamente em home video, Psicopata Americano 2 foi tão detonado pela crítica que chegou a amargar 0% de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes.
A própria Mila Kunis admitiu ter detestado o projeto – e chegou a dizer que, quando rodou a bora, sequer foi informada de que se trataria de uma sequência de Psicopata Americano.
A Chave do Enigma (1990)
Chinatown (1974), de Roman Polanski, foi tão aclamado que logrou direito à preservação no National Film Registry dos EUA – honraria destinada a títulos do cinema considerados “culturalmente, historicamente ou esteticamente” relevantes.
Tamanho reconhecimento animou seu protagonista, Jack Nicholson, a rodar uma continuação da história, revivendo o papel do detetive J.J. Gittes. Desta vez, Polanski não se envolveu, e o próprio Nicholson respondeu pela direção.
À distinção dos outros casos aqui listados, desta vez o fracasso foi mais discreto, mas o fato é que A Chave do Enigma passou bem longe de fazer jus à aclamação do filme original.
Instinto Selvagem 2 (2006)
Adiado várias vezes por problemas de bastidores, o projeto conseguiu trazer Sharon Stone de volta ao papel da romancista Catherine Tramell, que a consagrara no filme original de 1992.
Mais focado em sexo do que em enredo ou mistério, entretanto, o novo Instinto Selvagem foi duramente rejeitado pela plateia e pelos especialistas, arrecadando praticamente a metade do próprio orçamento nas bilheterias!
Dirty Dancing 2: Noites de Havana (2004)
Caso similar ao de Grease 2, esta pretensa sequência de Dirty Dancing pouca ou nenhuma relação possuía com o filme de 1987, sendo, inclusive, ambientado em um período anterior à ação do primeiro.
A participação especial de Patrick Swayze, na pele de um instrutor de dança, é uma das poucas conexões entre um título e outro.
O mexicano Diego Luna (Rogue One: A Star Wars Story) interpreta um dançarino cubano que se apaixona por uma jovem norte-americana (Romola Garai) de passagem por seu país, enquanto ambos se unem para disputar um concurso de baile.
A Maldição de Carrie (1999)
Gira em torno de Rachel Lang (Emily Bergl), uma jovem colegial que busca vingar o suicídio de sua melhor amiga, ao mesmo tempo em que luta contra estranhas habilidades telecinéticas, semelhantes às da finada Carrie White (Sissy Spacey) – com a qual ela descobrirá uma inesperada ligação no decorrer da história.
O principal elo com o filme original está na presença da atriz Amy Irving, repetindo o papel de Sue Snell, agora transformada em conselheira estudantil do colégio onde a protagonista estuda.
Meninas Malvadas 2 (2011)
Produzido diretamente para a televisão, a sequência do clássico teen Meninas Malvadas (2004) se passa no mesmo colégio do filme original, mas focado em outro grupo de alunos.
Novamente, a ação está centralizada está no conflito entre duas estudantes sem status social algum, Jo (Meaghan Martin) e Abby (Jennifer Stone), e uma panelinha cruel de garotas populares, lideradas pela queen-bee Mandi Weatherly (Maiara Walsh).
Meninas Malvadas 2 não agradou aos fãs do primeiro filme e tampouco aos críticos, sendo consideradas uma das piores sequências produzidas no cinema da década passada.
Um Tira no Jardim de Infância 2 (2016)
Estrelado pelo astro de ação Dolph Lundgren (Rocky IV), na pele de um policial que se passa por professor em um colégio infantil, a fim de recuperar um pendrive com informações importantíssimas para o governo americano.
Sequência tardia e pouco inspirada do longa de 1990, faz parte da linha de filmes que repetem a premissa da história original, mas sem apresentam grande conexão narrativa com a mesma.
Um Tira no Jardim de Infância 2 não chega a ser de todo ruim, mas nem de longe repete o carisma do precursor de Arnold Schwarzenegger.