A saída? "Mi Buenos Aires querido". Mas por que ir tão longe? Para experimentar o filme na gigantesca tela do Imax, que tem mais de 20 metros de altura - o equivalente a sete andares, como deixa bem claro aquela mesma voz superior que pede para desligar o celular e curtir o filme. E também porque, por enquanto, ainda não temos Imax por aqui - a primeira sala está prometida para 2007 em São Paulo.
O grande diferencial desta versão são os 20 minutos que foram tridimensionalizados. O processo foi desenvolvido pela própria equipe do Imax e posteriormente apresentado ao diretor Bryan Singer, que deu seu aval. Resumindo o trabalho, algumas cenas do filme foram digitalizadas, recortadas linha por linha e posteriormente montadas novamente em diversas camadas. Esqueça aqueles óculos de papel com um celofane vermelho e outro azul. No Imax, os óculos que você ganha quando entra na sala são enormes e escuros e quando as cenas são exibidas na telona, a impressão é de que tudo está realmente em 3D - é comum ver aquele pessoal esticando os braços para tentar pegar os elementos que estão sendo projetados.
Para acompanhar a qualidade das imagens é necessário um som à altura. E a versão Imax tem isso também. O altíssimo volume digital da sala envolve e impacta os espectadores por todos os seus 154 minutos, desde os acordes iniciais da trilha sonora composta por John Williams até a nota final que acompanha os créditos.
Se você já assistiu ao filme, veja abaixo quais são as cenas transformadas para 3D (se não viu ainda, as descrições a seguir podem conter alguns SPOILERS, então leia por sua própria conta e risco):
Cena 1: O jovem Clark Kent (Stephan Bender) corre pelo milharal ao lado da fazenda Kent em Smallville.
Cena 2: O grandioso retorno do Superman (Brandon Routh), na cena de ação em que ele resgata o avião onde estava Lois Lane (Kate Bosworth).
Cena 3: A seqüência mais molhada do filme, com direito ao resgate do barco onde estavam Lois, Richard (James Marsden) e Jason (Tristan Lake Leabu).
Cena 4: Superman voa ao redor da Terra e sobem os créditos.
O espetáculo fica melhor em uma telona daquele tamanho? Não necessariamente, afinal o filme é o mesmo. Mas com certeza a altíssima resolução das imagens capturadas pelas câmeras digitais de última geração utilizadas por Bryan Singer se destacam ainda mais. Nem mesmo cair em uma sessão matutina dublada em espanhol conseguiu diminuir esta impressão... ;-)