Quem já conferiu Caramelo, o novo filme nacional da Netflix, certamente se emocionou a valer com a terna história de amizade entre o chef de cozinha Pedro (Rafael Vitti) e o cão que dá título ao longa.
Prestes a realizar o sonho de abrir o próprio restaurante, o rapaz vê sua vida se transformar em um mar de (deliciosas) confusões ao adotar o vira-lata, fazendo dele seu amigo de todas as horas.
A história, porém, ganha contornos dramáticos quando Pedro é pego de surpresa por um diagnóstico de tumor cerebral, que o levou a temer não só pela própria sobrevivência, mas também pelo futuro do mascote a quem aprendeu e ensinou a amar.
Se você já assistiu ao filme e quer entender melhor o que vem a partir daí – ou ainda não viu, mas não se importa em receber spoilers –, pode prosseguir tranquilamente com a leitura.
Pedro (ou Caramelo) morrem no final?
A resposta é: não. A história de Caramelo termina com seus ambos protagonistas vivíssimos, mostrando como transcorreu a vida – e a parceria – deles após uma longa passagem de tempo.
“Lá se vão 12 anos. Quem diria! Para quem já teve só sete dias, eu até que estou no lucro. Respirando… Sentindo… Vivendo”, diz Pedro em off, deixando claro que o diagnóstico fatal advindo de sua doença, felizmente, não se concretizou.
Imagens esclarecem que, no desenrolar desse período, o protagonista progrediu profissionalmente, seguiu ao lado da namorada, Camila (Arianne Botelho), e até teve uma filha com ela.
A remissão definitiva do tumor, contudo, nunca aconteceu. “A cura ainda não veio. Mas o que é a cura, senão estar aqui? Construindo um lar, fazendo planos, tendo sonhos – sempre com você ao meu lado, meu amigo”, filosofa o protagonista, junto a um agora envelhecido, mas não menos querido, Caramelo.
As cenas finais mostram Pedro curtindo a praia e o mar ao lado do mascote, num ato simbólico de celebração à vida e à dádiva de poder aproveitar um dia de cada vez.