Faltam apenas dois dias para a estreia de um dos filmes mais aguardados do ano: Avatar: Fogo e Cinzas. Três anos após o lançamento de Avatar: O Caminho da Água (2022), chega ao Brasil nesta quinta-feira (18) o terceiro capítulo da espetacular franquia de James Cameron, trazendo mais uma aventura da tribo Na’vi contra a ganância humana sobre as riquezas naturais de Pandora.
Para você, que faz questão de se colocar em dia com o universo da saga antes de conferir o que está por vir, preparamos este recordatório com os principais acontecimentos dos dois filmes anteriores. Vem conferir!
Uma esperança de outro mundo
Lançado em 2009, o primeiro Avatar se passa no ano de 2154 e gira em torno de Jake Sully (Sam Worthington), ex-fuzileiro naval que acabou paraplégico por conta da lesão sofrida em um confronto armado.
Necessitado de dinheiro para custear a operação que lhe devolveria a mobilidade de suas pernas, Jake tem a chance de realizar esse sonho quando é chamado para substituir Thomas, seu irmão gêmeo recentemente falecido, como parte do ousado Programa Avatar.
Trata-se de um projeto que recruta pessoas dispostas a terem seus códigos genéticos fundidos aos do povo Na’vi, uma tribo humanoide que habita o território de Pandora, lua localizada a 4,4 anos-luz da Terra. O local vem sendo há anos alvo da colonização terráquea, interessada em seus recursos naturais – especialmente no unobtânio, um minério extremamente valioso para a sociedade humana daquele período.
Por ter o mesmo código genético de Thomas, Jake é considerado perfeito para substituí-lo no projeto. Uma vez com a consciência transportada para seu avatar Na’vi, ele pode não apenas circular livremente por Pandora – cuja atmosfera é irrespirável para o corpo humano comum –, mas também ter outra vez a experiência de caminhar normalmente, que lhe fora tirada após a lesão que o confinou à cadeira de rodas.
Infelizmente, essa sensação de alívio e liberdade dura pouco, já que, logo em sua primeira missão por Pandora, ele é atacado por uma criatura local e se perde do grupo que o acompanhava. Entra então em cena Neytiri (Zoë Saldaña), uma Na’vi fêmea que o resgata e o leva para receber cuidados na Árvore-Lar, onde ela vive junto de seu clã, os Omaticaya.
Jogo de interesses
Ao descobrir que Jake ganhou a confiança de Neytiri e seu povo, o coronel Miles Quatrich (Stephen Lang) o procura com uma proposta indecorosa: dar-lhe pernas perfeitamente funcionais, sem nenhum custo financeiro, em troca de ele convencer os Omaticaya a abandonarem a Árvore-Lar.
Esse interesse tem um motivo: o lar do clã de Neytiri fica sobre uma imensa reserva de unobtânio, o que vai de encontro direto aos interesses da RDA – companhia responsável pela exploração das riquezas naturais de Pandora.
Inicialmente, Jake aceita a proposta, passando-se a se dividir entre sua rotina como avatar, onde convive harmonicamente com os Na’vi e o planeta deles, e alguns momentos de volta a seu corpo terreno, quando repassa a Quaritch todas as informações que obtém nessa primeira convivência.
O problema é que o contato cada vez maior com Neytiri e outros Na’vis vai fazendo Jake apaixonar-se cada vez mais não só pela cultura e o modo de vida dos habitantes de Pandora, mas também pela nativa que o salvou quando esteve perdido pela primeira vez por lá.
Isso leva o protagonista a desistir de sua parceria com Quaritch e até de sua vida como humano, para unir-se de vez ao povo Na’vi e viver para sempre ao lado de Neytiri em Pandora.
Humanos e Na’vis em guerra
A deserção de Jake deixa Quaritch numa fúria incontrolável, a ponto de ele decidir destruir de vez a Árvore-Lar. Essa resolução revolta a cientista Grace Augustine (Sigourney Weaver), uma das fundadoras do Programa Avatar – em seu parecer, o imponente vegetal é parte fundamental da rede neural bio-botânica de Pandora, o que poderia levar a resultados catastróficos.
Mesmo assim, Quaritch não volta atrás. Decidido a ir até o fim, o vilão reconecta tanto Jake como a própria Grace a seus respectivos avatares, a fim de que avisem os Omaticaya para deixarem a Árvore-Lar em até uma hora – do contrário, serão destruídos junto com ela.
Sem saída, a dupla obedece – mas a revelação de que são aliados dos humanos provoca a revolta de todo o clã contra eles, considerando-os traidores. Os dois avatares são aprisionados, e uma sequência de confrontos têm início entre os Na’vis e os humanos colonizadores – com Grace sendo uma das vítimas fatais dessa terrível guerra.
A redenção de Jake e a morte de Miles
Após domar o Toruk, o predador aéreo supremo de Pandora, Jake reconquista a confiança dos Omaticaya e de Neytiri, que salva o corpo humano do amado quando Quaritch, ainda ressentido com a “traição” do protagonista, tenta destruí-lo para acabar de vez com Jake – mas acaba, ele mesmo, morto pela valente guerreira Omaticaya.
A batalha termina com a vitória dos Na’vi sobre os humanos, que acabam expulsos de Pandora depois que os verdadeiros donos daquela terra reivindicam para si o completo controle sobre ela e suas riquezas.
Jake, por sua vez, tem sua alma transferida permanentemente para o próprio avatar, por meio da magia da Árvore das Almas, tornando-se de vez um Na’vi e casando-se com Neytiri. Num ato de reconhecimento à bravura e à lealdade do ex-terráqueo, os Omaticaya fazem dele seu novo líder, encerrando assim a primeira aventura de Avatar.
A volta da RDA a Pandora
Avatar: O Caminho da Água tem início mais de dez anos após o fim da colonização humana sobre Pandora. Jake e Neytiri agora são chefes não apenas do clã, mas também de sua própria e numerosa família, formada pelos filhos naturais, Neteyam (Jamie Flatters), Lo’ak (Britain Dalton) e Tuk (Trinity Bliss), e outros dois filhos adotivos – Kiri (também vivida por Sigourney Weaver), nascida do avatar inanimado da saudosa doutora Grace; e Spider (Jack Champion), jovem humano nascido em Pandora e o primeiro de sua espécie a ter o sistema respiratório adaptado à atmosfera local.
Enquanto isso, na Terra, os recursos naturais estão praticamente esgotados, o que leva a RDA a montar uma operação para recolonizar Pandora – cujo valioso unobtânio lhes é agora mais imprescindível do que nunca.
Para essa missão, eles contam com os recombinantes, avatares Na’vi “abastecidos” com as memórias de ex-colaboradores já falecidos da organização – entre eles Miles Quaritch, cujo avatar lidera a expedição de volta ao planeta que um dia exploraram a gosto.
O exílio de Jake e Neytiri
A chegada dos recombinantes a Pandora é marcada por um intenso confronto entre estes e os Omaticaya, que termina com a captura de Spider pelos enviados da RDA.
Uma vez com o rapaz em suas mãos, Quaritch se dá conta de que ele é seu filho, fruto de uma relação que teve quando ainda era humano e executava missões por lá. O recombinante decide então tentar se aproximar de Spider, a fim de arrancar-lhe as coordenadas exatas do acampamento de Jake e sua família.
Enquanto isso, ciente de que sua presença junto aos Omaticaya faz do clã um alvo certo para Quaritch e seus homens, o protagonista decide se exilar com Neytiri e os filhos na costa leste de Pandora, onde são acolhidos pelo clã Metkayina, liderado pelo casal Tonowari (Cliff Curtis) e Ronal (Kate Winslet).
Lá, apesar da boa vontade que demonstram em se adaptar à cultura e aos costumes locais, Jake e sua família sofrem com a hostilidade de parte dos membros do grupo, que os rejeitam por terem “sangue de demônio” – isto é, afinidade genética com os terráqueos que subjugaram os Na’vi em um passado não tão distante.
Metkayina x RDA
Em meio a esse novo mundo, Lo’ak torna-se amigo de uma criatura cetácea chamada Payakan, que se tornou persona non grata para sua própria espécie ao trair a ideologia pacifista que os une, atacando caçadores que mataram sua mãe.
Os tukuns são alvo especial da RDA, uma vez que as enzimas dessas criaturas são a matéria-prima de uma substância antienvelhecimento muito apreciada (e cara) na Terra. Ao tentar salvar Payakan de ser morto por Quaritch e seus homens, Lo’ak acaba capturado pelo vilão junto da irmã caçula, Tuk, e de Tsireya (Bailey Bass), uma das filhas de Ronal e Tonowari.
Isso leva Jake e os Metkayina a declararem guerra à tripulação invasores, investindo contra eles para salvar seus filhos. Um enorme confronto se inicia, durante o qual Keteyam, o filho mais velho de Jake e Neytiri, morre heroicamente após resgatar seus irmãos e Tsireya.
Os Metkayina levam a melhor na batalha, deixando Quaritch à deriva. Spider, em um ato de nobreza, salva a vida do pai biológico, mas o renega por seus atos cruéis, reafirmando os Omaticaya como sua verdadeira família e retornando para o seio deles.
Um novo lar para Jake Sully
Com os planos da RDA de recolonizar Pandora devidamente frustrados, a paz volta a reinar entre os Na’vi. Sem outra ameaça que o perturbe, Jake agradece a hospitalidade de Tonowari e anuncia seu retorno ao território dos Omaticaya.
O marido de Ronal, entretanto, decide reconhecer o protagonista e sua família como parte essencial de seu clã, convidado-os a se juntarem definitivamente aos Metkayina. Jake aceita, marcando o início de uma nova vida para si e os seus no emocionante desfecho de O Caminho da Água.