A Longa Marcha e outras distopias de Stephen King que você precisa conhecer

Stephen King não é apenas um dos mais aclamados autores da literatura mundial, com mais de 60 livros publicados, incluindo alguns sob o pseudônimo Richard Bachman. Desde 1974, com Carrie, A Estranha - seu primeiro livro publicado -, King passou a ser um dos nomes favoritos dos produtores de TV e cinema. 

O Iluminado, Conta Comigo, Cujo, Christine, O Carro Assassino, Colheita Maldita, Louca Obsessão, O Cemitério Maldito, Um Sonho de Liberdade, À Espera de Um Milagre, It - A Coisa, são apenas alguns dos exemplos de produções que levaram a obra de Stephen King para as telas. Mas além do terror e histórias sobrenaturais, o autor também se interessou por histórias distópicas, com futuros perigosos, violentos e uma visão pessimista da humanidade.

Uma dessas histórias chega aos cinemas em 18 de setembro: A Longa Marcha, estrelado por Mark Hamill e um elenco jovem encabeçado por Cooper Hoffman (Licorice Pizza), David Jonsson (Alien: Romulus) e Ben Wang (Karatê Kid: Lendas).

Aproveitando a estreia, listamos abaixo algumas dessas histórias distópicas de Stephen King que você precisa conhecer!

Escrito sob o pseudônimo Richard Bachman, em 1979, o livro é ambientado em um futuro distópico e acompanha um grupo de 100 adolescentes que se inscrevem num concurso anual arriscado: o vencedor ganha o que quiser pelo resto de sua vida, enquanto todos os perdedores são condenados à morte. Para ganhar, é preciso seguir duas regras: não parar e andar mais rápido do que quatro milhas por hora (aproximadamente, 6,4 km/h). Para o filme, King pediu que os roteiristas diminuíssem a velocidade para três milhas, já que ele acredita que ninguém conseguiria andar por tanto tempo na velocidade do livro.

Também sob o pseudônimo de Richard Bachman, O Concorrente é, vejam-só, passado no distópico futuro de 2025. A história escrita em 1982, e que King disse ter levado apenas 72 horas para escrever, acompanha Ben Richards, um homem desempregado que está disposto a qualquer sacrifício para salvar a vida da filha doente. Em um mundo dominado pela TV, onde ar puro é um privilégio, Richards decide participar de O Foragido, uma competição televisionada, campeã de audiência, onde a violência parece não ter limites e que ninguém sai vivo. A história já foi adaptada para o cinema com O Sobrevivente, estrelado por Arnold Schwarzenegger em 1987, e ganhará uma nova versão em 2025.

Publicado em 1978, o livro mostra como um erro de computação no Departamento de Defesa liberou um vírus, dando origem à doença conhecida como Capitão Viajante, ou "supergripe". O vírus se espalha e milhões morrem rapidamente, dando fim ao mundo como conhecemos. A nossa Terra então dá lugar ao novo mundo árido, sem instituições e com 99% da população dizimada. Os sobreviventes têm que escolher (ou serem escolhidos) entre dois lados. Os que se consideram bons, se apoiam em Mãe Abigail, de cento e oito anos, enquanto todo o mal é encarnado por Randall Flagg, o homem escuro e poderes horripilantes. O livro virou um clássico da distopia, misturando elementos de fantasia e terror e foi adaptado para a TV duas vezes, em 1994 e 2020, com The Stand. Uma nova produção para o cinema já foi especulada com o diretor Doug Liman, de No Limite do Amanhã.

Em um dia como outro qualquer, a pequena cidade de Chester's Mill se vê dentro de uma barreira - um campo de força -, que ninguém sabe de onde veio e se vai permanecer para sempre ou não. Quem estava fora não consegue entrar, aviões explodem ao tentar passar ali e a situação se agrava quando pessoas começam a morrer e eletrônicos a falhar perto da redoma. Tudo piora com consequências ecológicas e a dominação de James "Big Jim" Rennie, um político inescrupuloso, que usa a barreira para seus próprios fins. Ele não pensa duas vezes em matar para permanecer no poder. Stephen King usa a história para trabalhar o isolamento como uma forma de expor os medos, paranóias e ambições da humanidade frente a uma situação estranha e incontrolável como essa. A história foi adaptada em uma série para a TV que durou três temporadas entre 2013 e 2015.

Já nos anos 2000 e com a ascensão dos celulares, Stephen King voltou sua atenção para os dispositivos móveis com a história de Clayton Riddell, um artista que tenta sobreviver e reencontrar o seu filho no meio do caos ocasionado pelo sinal dos celulares. O mundo se tornou um local infernal depois que um misterioso sinal começou a transformar a população em animais raivosos e irracionais. Clayton sobrevive e embarca nessa jornada desesperada ao lado de um pequeno grupo de pessoas não-afetadas. A história também já foi adaptada em um filme de 2016, estrelado por John Cusack e Samuel L. Jackson.