Composto como uma colagem de fragmentos de 130 clássicos brasileiros filmados entre 1955 e 1975, Cinema Novo, de Eryk Rocha, sai do 69º Festival de Cannes com o troféu L'Oeil d'Or, dado ao melhor documentário de todo o evento, incluindo seções oficiais e paralelas. A produção resgata, a partir de uma inventiva e poética técnica de edição, cenas que imortalizaram o movimento estético responsável por realizar uma revolução no audiovisual latino-americano, tendo a ditadura em seus calcanhares.
"Não quis fazer um filme historicista e sim uma busca por aquela energia criadora de uma geração que amava o cinema e amava o Brasil", disse Eryk, premiado por um júri que incluía o ganhador do Urso de Ouro do Festival de Berlim deste ano, Gianfranco Rosi.
Neste domingo, serão divulgados os ganhadores da Palma de Ouro e demais prêmios da competição oficial, que tem o longa Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, e o curta A Moça Que Dançou Com o Diabo, de João Paulo Miranda Maria, como concorrentes, representando o Brasil.