Em entrevista, Aaron Eckhart, protagonista de Frankenstein: Entre Anjos e Demônios (I, Frankenstein), fala sobre a aparência e a voz de seu personagem, sua atuação e seu próximo trabalho.
Você pode me contar um pouco sobre a aparência de Adam, houve algum teste para fazê-lo parecer mais monstruoso antes de decidir a aparência final?
Aaron Eckhart: Bom, nós conversamos sobre isso, e, sabe, a conversa foi realmente sobre acessibilidade, ele é o nosso herói, nós queremos gostar dele, queremos achá-lo atraente, nós fizemos dele uma máquina de combate descolada e durona meio que introduzimos um elemento amoroso no filme, então... a conversa foi sobre mostrar... mostrar a criação, as costuras e tudo mais, mas vamos fazê-lo mais acessível ao nosso público, se você voltar e ler o Frankenstein da Mary Shelley eu não sei de onde tiraram os parafusos, a cabeça quadrada e tudo aquilo eu acho que isso é mais coisa do cinema do que do livro.
Você pode me falar um pouco da voz também? Porque ela é muito distinta, existe alguma razão para você fazê-la daquela maneira?
AE: Eu não sei, eu só... Eu não sei muito sobre a voz, era uma voz grave, certo, é.
Bastante.
AE: É. Eu não sei sobre isso... Digo, foi tipo… É o tom de um cara que não sabia falar antes, e sua evolução... Não sei, ele tinha que soar de alguma maneira... Não sei.
Que tal só retratá-lo como uma pessoa, porque tem uma dicotomia aqui pra você. Ele está tentando descobrir como é ter uma alma na vida real você tem uma e sabe como é, mas está tentando representar alguém que não a tem. Existe alguma técnica ou ideia que você empregou para fazer isso acontecer?
AE: Meu Deus, você tem perguntas tão complicadas. Não, eu só tentei atuar conforme a história, que é um homem rejeitado pelo seu pai, uma criação procurando por amor em sua vida e sendo rejeitado e excluído pela sua comunidade e... Acho que quando você tem uma alma é que começa a olhar para fora de si mesmo, sabe, e eu achei que na vida inteira dele, ele estava... focado nele mesmo, e agora que ele tem a chance de ajudar os outros é quando ganha uma alma.
E quanto a acertar a progressão dele pelo filme, porque na maior parte do tempo você tem essa aparência forte e imponente no rosto, mas ele está mudando, como você mantém isso intacto mas também faz a audiência perceber as mudanças?
AE: Você acha que eu sei o que estou fazendo? Eu faço o que o diretor fala pra eu fazer, não sei, você precisa pegar pequenos momentos, lugares, e mostrar algumas rachaduras de vulnerabilidade e pequenos olhares e coisas assim, eu não sei na maioria das vezes é o escritor e o diretor te falando o que está acontecendo.
E agora, rapidinho, para falar sobre um projeto que está por vir. Você pode nos dizer algo sobre "Incarnate"? Porque temos muitos filmes sobre exorcismo, alguns que vimos bem recentemente. O que esse filme tem que se destaca?
AE: Bom, esse filme pra mim foi divertido porque eu faço um alcoólatra preso a uma cadeira de rodas, um cara desgastado que está... indo atrás deste exorcista em particular, ele está atrás de alguém, esse filme... e também ele tem um alter ego, então ele, ele entra no subconsciente e faz um estrago também existem diferentes elementos, diferentes personagens que eu faço no filme e não é só um filme de exorcismo, eu digo isso porque não quero estragar, estragar a surpresa do filme, mas é um filme divertido, e acredito que será muito empolgante.
Frankenstein: Entre Anjos e Demônios estreia dia 24 de janeiro nos cinemas.