A comédia de troca de corpos Eu Queria Ter a Sua Vida (The Change Up) estreia esta semana nos cinemas brasileiros. Mas na época que o filme foi lançado lá nos Estados Unidos, o Omelete foi convidado pela Universal Pictures para conversar com os atores. Vamos começar essa série de entrevistas com os dois atores principais: Ryan Reynolds e Jason Bateman.
Como vocês estão?
Ryan Reynolds: Bem, obrigado.
Este filme é muito bom! Ontem pensei: "Nossa, outro filme sobre troca de corpos...". Eu não queria ver. Mas aí o filme começou e pensei: "Nossa, esse é diferente!". Foi uma preocupação para vocês, fazer um filme sobre troca de corpos com uma reviravolta?
Jason Bateman: Acho que nós dois, quando ouvimos dizer que esse filme seria sobre troca de corpos pensamos: "Não, não quero fazer esse filme. Só vou ler algumas páginas e pensar". Mas logo ficou claro que esse filme seria diferente - para melhor! - do que qualquer outro filme sobre isso porque é para maiores de 18 anos, sabe? Ele chega a lugares inusitados e ao mesmo tempo é um conceito conhecido. Acho que as pessoas gostam de algo que já conhecem quando vão ao cinema e aí fica com a gente mudar um pouco a execução disso. E fazemos isso nesse filme.
E você?
RR: Comigo foi o mesmo que Jason. Quando eu ouvi pela primeira vez sobre o que era pensei: "Por que fazer isso?". Então descobri que era dos roteiristas de Se Beber Não Case e do diretor de Penetras Bons de Bico. Sabe, tem muita qualidade. Especialmente neste tipo de gênero, quando a censura é 18 anos. E eu amei o que li. Eu estava rindo muito. Logo eu esqueci do conceito do filme e pensei na execução disso tudo, como iríamos fazer. E pareceu uma boa oportunidade, é um daqueles filme que você quer que apareça mais vezes.
Ouvi dizer que vocês estão tentando trabalhar juntos já faz um tempo, né?
RR: Sim.
JB: É, eu persegui e persegui o Ryan até que finalmente o peguei.
RR: Eu estava perseguindo ele, íamos fazer outro filme juntos, que permanecerá sem nome, e ele saiu do filme, sabe? Se conformou com outro filho da mãe. Então... Ainda bem que apareceu esse filme. Estou feliz que você não fez o outro, porque esse era o certo.
Tem alguns momentos muito incorretos no filme. Muitos momentos. Qual é o seu favorito? O que você acha mais nojento ou...
RR: Não sei...
JB: Eu gosto de segurar a minha filha de ponta cabeça às vezes. Quando ela não está se comportando ou está gritando. E eu faço isso nesse filme, então é parecido. Isso faz ela ficar quieta muito rápido.
RR: Faz mesmo. Aquela criança não responde.
JB: Não. Todo o sangue vai pra cabeça e ela desmaia.
RR: Eu acho que a menina nem fala.
JB: Não, quando ela desmaia ela não fala.
RR: Não. Eu tenho muitos favoritos, sabe? Para mim são sempre as cenas em que relembramos coisas horríveis que aconteceram. Normalmente é quando eu estou trabalhando com o Jason que eu me divirto.
Eu me identifiquei com uma frase que alguém diz: "Não fomos colocados nesse mundo..."
RR: "...para trabalhar, ter filhos e morrer".
Isso. Achei isso muito bom. Vocês se sentem assim? O que vocês fazem para não serem levados pelo trabalho?
RR: Sabe, essa é uma das indústrias mais temperamentais do mundo, então, se você não cultivou nada além disso na vida, você está praticamente ferrado. É por isso que provavelmente eu vou morrer sozinho, com medo e drogado.
E você?
JB: Eu tento focar o máximo na minha família como foco no trabalho. Isso me mantém são, equilibrado e muito ocupado.
Tá certo. Obrigado pessoal.
JB: Obrigado.
RR: Eu agradeço.
Eu Queria Ter a sua Vida (The Change-Up) é uma comédia de troca de corpos com Ryan Reynolds e Jason Bateman.
A história criada por Jon Lucas e Scott Moore, dupla que também escreveu Se Beber, Não Case, mostra um responsável pai de família (Bateman) que troca de corpo com seu melhor amigo, o preguiçoso e imaturo personagem de Reynolds, depois de uma bebedeira. Agora os dois precisam correr contra o tempo para reverter a situação antes que destruam as vidas um do outro.
A direção ficou com David Dobkin (Penetras bons de bico).
Eu Queria Ter a sua Vida estreia nesta sexta, 7 de outubro no Brasil.