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A Culpa é das Estrelas | Omelete Entrevista Shailene Woodley e Ansel Elgort

Veja o que os protagonistas têm a dizer sobre seus papeis

26.06.2014, às 15H34.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H24

Em entrevista com Steve Weintraub, os protagonistas de A Culpa é das Estrelas, Shailene Woodley e Ansel Elgort, falam sobre a importância do livro e suas inspirações para os papeis.

 

Parabéns pelo filme.

Shailene Woodley: Obrigada.

Eu estava na sessão de ontem e... Eu sabia que o livro era popular mas eu não tinha uma noção até ficar junto daqueles fãs, e eu nunca tinha sentido aquele tipo de energia. E vi o que a história significava para tantas pessoas. Vocês já devem ter falado isso milhares de vezes, mas falem um pouco sobre... Esse filme, esse livro significa tanto para tantas pessoas. Quando caiu a ficha de que vocês estavam envolvidos em algo que... "Oh meu Deus..." sabe, isso realmente significa muito.

Ansel Elgort: Bom, eu acho que... Eu li o livro, então entendi o quanto ele significa pra mim. Então, depois que eu fui escalado para o papel, na verdade foram nas mídias sociais que eu... Eu fui coberto de pessoas me mencionando no Twitter e dizendo "se você estragar o Augustus Waters eu vou matar você!" e todas essas coisas, e eu... Existem milhares de pessoas, milhões, é só ver os seguidores do John Green, que são obcecadas por essa história, e que, sabe, na sessão de ontem, se o filme não fosse bom e nós entrássemos lá, eles não estariam vibrando, não iam dar a mínima para nos ver. Eles provavelmente estariam indo embora, porque esse livro é muito mais importante do que a ideia dele se tornar um filme, estrelas de cinema ou qualquer coisa para eles. É sobre o livro, e isso é sadio e legal.

SW: Sim, esse livro mudou minha vida em todos os sentidos e eu sempre digo isso mas sinto que quando o li pela primeira vez eu pensei "não importa em quais mãos essa história vai cair, o trabalho real não é ser um bom diretor, ator ou produtor, é proteger a integridade das palavras nas páginas." E eu nos vejo como guerreiros protegendo a linda integridade do que John Green escreveu.

Sempre perguntam pra vocês como é a preparação para seus papéis e coisas específicas assim, mas, existiu alguma coisa, além de ler o livro, que significou tanto pra vocês que ajudou no papel?

AE: Eu saí com um garoto chamado Tanner que também tinha uma prótese de perna. E... Não também, ele tem, porque o Gus tem uma. E, só de conversar com ele sobre o processo, como ele conseguiu a prótese e como ele lidou com a perda da perna dele, e... Também só sair com ele, nós nos tornamos amigos, eu ainda mando mensagens pra ele toda hora. Ele tem 17 anos e tem tanta confiança, é tão legal e tem tanto "swag", como dizem por aí. E isso é verdade, sabe, perder uma perna não define alguém. E é muito importante porque isso não define Augustus Waters, ter câncer não define Augustus Waters, na verdade, eu acho que isso fez com que ele tivesse uma posição mais confiante. E andar com o Tanner me fez realmente entender isso, que talvez isso o fez ainda mais confiante, tipo, eu perdi minha perna e superei isso. Uma fala no filme que diz "sim, agora sou metade ciborgue, o que é demais", e é esse tipo de atitude e entendimento...

SW: Você pega o que é e vai em frente.

AE: Sim. É esse tipo de atitude que eu achei importante para fazer esses personagens.

E teve algo que você fez? Sei que preciso ir, mas...

SW: Sim, eu me encontrei e conheci muitas pessoas com câncer, conheci uma mulher que estava em seus 40 anos e conseguiu um novo pulmão, foi a primeira vez na vida dela que ela pôde respirar sem aparelhos, e só de entender o que é respirar com um tanque de oxigênio e depois sem, foi realmente inesquecível conhecer todo mundo porque você rapidamente, imediatamente vê que o câncer não os define, ele faz parte das vidas deles mas não é quem eles são. E isso tirou meu chão, foi uma quebra de paradigmas porque na nossa sociedade, você vê comerciais, outdoors, e nós estamos condicionados a sentir que uma doença define alguém em contraponto de só fazer parte da existência deles no momento. Isso foi bem grande pra mim e se traduziu para a história de Hazel e Gus. E mesmo que a Hazel precise de medicação 5 vezes ao dia e tudo mais, ela ainda passa por problemas de uma garota comum, como se apaixonar pela primeira vez, menstruar, sabe, tantas coisas que acontecem longe do câncer e da história que é o câncer.

Bom, parabéns, tenho que ir.

AE: Obrigado.

SW: Obrigada.

Bom vê-los novamente.

 

 

 

A Culpa é das Estrelas já está nos cinemas