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À Beira do Abismo | Omelete Entrevista Jamie Bell e Genesis Rodriguez

Atores falam sobre o processo de seleção para os filmes, karaokê e a sequência de Tintim

02.02.2012, às 14H11.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H16

À Beira do Abismo (Man on a Ledge) entra em cartaz nesta sexta nos cinemas do Brasil. Nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, do site parceiro Collider, entrevistou o elenco para a divulgação do filme.

Depois de publicarmos a entrevista com Sam Worthington, mostramos agora o bate-papo com os atores Jamie Bell e Genesis Rodriguez, que falaram sobre os testes que fizeram para entrar no elenco do filme. Bell também falou sobre a sequência de Tintim e o início das filmagens e, claro, karaokê.

Eu sempre tento começar minhas entrevistas com algumas perguntas divertidas. Então vou começar: qual é a sua música de karaokê favorita?

Jamie Bell: Ótima pergunta.

Genesis Rodriguez: Meu Deus.

JB: Ah, depende. Quer que eu fale primeiro...?

GR: Sim, por favor. Eu preciso pensar sobre isso.

JB: Certo, por um tempo foi "Heart Shaped Box", do Nirvana. Aí percebi que eu devia fazer o que eu sei... Porque seria um pouco forçado achar que eu poderia ser um rockeiro grunge.

Acho que você conseguiria.

JB: Então agora eu gosto de cantar um pouco de Arctic Monkeys. E eu quero muito tentar cantar Mumford & Sons porque...

GR: Eu gosto dessa. Seria bem...

JB: É. Eu acho que combina com a minha qualidade vocal.

GR: Eu acho que sim.

JB: Desculpe, você quer... Você quer falar?

GR: Quê?

Você tem uma música?

GR: Tenho. Eu não tenho uma música... Eu sei como "reggaetonear". Que seria cantar reggaeton.

JB: Alias, eu já passei por isso, sei como é.

Eu imagino, pelo jeito de enrolar a língua.

GR: Eu sou muito boa nisso, então acho que cantaria qualquer música popular.

Agora outra coisa que quero tirar dessa pergunta é: um de vocês cantaria na frente das câmeras agora?

JB: Não.

Tive que perguntar.

JB: Não.

Você está pensando no assunto.

GR: Eu tenho que pensar.

JB: Canta.

GR: Não. Não vou.

JB: Certo.

Certo, vou falar sério e passar para o motivo de estar aqui.

GR: Não...

Basicamente... Não, eu ia fazer uma piada sem graça.

JB: Por favor, faça. Eu estou sentado aqui o dia todo. Ninguém fez nada assim.

Estou aqui por causa do "À Beira", sabe? O filme.

JB: À beira do filme...

É, "À Beira do"... Isso. Falem um pouco sobre como se envolveram com o projeto. Foi algo que vocês foram atrás ou que veio até vocês?

JB: Me mandaram o roteiro. Normalmente eu não recebo muitos roteiros de suspense. E dos filmes de suspense que foram feitos na última década, não me lembro de nada tenha sido escrito com tanto mistério e ação e uma narrativa tão inteligente. Eu achei que estava sendo muito inteligente porque estava entendo tudo. E aí puxaram o meu tapete. Eles me deram o que o gênero promete: me surpreender. E entre isso e a seleção de grandes atores, incluindo a Genesis...

GR: Obrigada.

JB: … no filme... Era o primeiro filme do Asger e eu achei que tinha algo sexy, atraente...

GR: Sexy?

JB: Um pouco, sim. Isso foi bem apelativo, eu nunca fiz algo assim, por isso pulei do abismo.

GR: Eu não sou o Jamie Bell. Eu tenho que fazer testes para os filmes. Então eu fiz uns 20 mil testes, até que tive uma química com ele. E foi isso. Consegui.

Falem um pouco sobre essa química. Para você deve ter sido: "o papel é meu". E como é para você?

JB: Falando nisso, eu não fiquei tipo: "o papel é meu". "Eu fui escolhido para o papel".

GR: Você falou isso! Você fez!

JB: Eu fui muito meigo. Muito meigo. Eu falava: "o que você precisar. Eu ajudo". Para mim foi como... Como foi para você? Porque para mim foi uma das melhores leituras com outro ator. Foi tão espontâneo.

GR: A melhor.

JB: Acho que foi inesperado para toda a produção. Eles não sabiam como ia ser, mas aconteceu.

GR: Sabe o que aconteceu comigo?

JB: Desculpa, não consigo falar.

GR: Você se lembra? Eles me disseram que eram as mesmas cenas dos testes que fiz cinco vezes. Eu nem pensei em repassar as cenas que eles tinham mandado por e-mail. Então eu imprimi o e-mail, peguei os papéis e sai. Quando eu estava no carro eu percebi que eram cinco cenas completamente diferentes.

JB: Você devia saber. Ser profissional. Deveria saber.

GR: Eu entrei em pânico. Aí ele estava lá e ele foi muito legal...

JB: Essa história vai mudar depois. Era diferente no começo do dia.

GR: Você estava na sala antes daquela leitura, então só aconteceu. Nós nos demos bem.

Antes que meu tempo acabe com vocês, e está acabando, eu tenho que perguntar: você tem algo para falar sobre a sequência de Tintim? Ouvi dizer que talvez você faça motion capture no meio do ano. E também Casa de mi Padre. Estou muito empolgado com esse filme. Fale um pouco sobre ele.

GR: Você.

JB: Vai.

GR: É um filme doido incrível. Vai assistir. Will é hilário.

JB: Mal posso esperar.

GR: É engraçado.

Eu estou mesmo muito animado. Tudo em espanhol.

JB: Problema resolvido. É engraçado, eu vou assistir. Estou tão feliz que é engraçado. É, o Peter [Jackson] está fazendo O Hobbit. Ele vai filmar o próximo. Temos que ver se vai entrar na agenda do meio do ano. Mas eu sei que o roteiro está sendo escrito agora.

Kathleen Kennedy disse que ela espera que esse verão...

JB: Eu amo ela falando nisso. Ela é tipo a minha pessoa favorita.

Muito legal.

JB: Nossa...

Ela disse que quem sabe...

GR: Mas que diabos?

JB: Segunda pessoa favorita. Segunda.

Tenho que encerrar. Muito obrigado e parabéns pelo filme. E muito obrigado pelo karaokê.

A história acompanha uma policial (Elizabeth Banks) especializada em negociar com suicidas que tenta demover um ex-policial de Nova York e fugitivo da justiça (Worthington) a desistir de se jogar de um arranha-céus.

Anthony Mackie (Guerra ao Terror), Jamie Bell (Billy Elliot), Ed HarrisEdward Burns e Genesis Rodriguez também estão no elenco. O roteiro foi escrito por Pablo Fenjves, com segunda versão de Chris Gorak (Toque de Recolher) os irmãos ErichJon Hoeber (Red, Terror na Antártida).

À Beira do Abismo é dirigido pelo dinamarquês Asger Leth, cujo único outro filme, Ghosts of Cité Soleil, foi exibido por aqui apenas no Festival do Rio de 2007. A produção fica por conta de Lorenzo di Bonaventura, que produziu TransformersG.I. Joe: A Origem de CobraSalt.

 

À Beira do Abismo está em cartaz.