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Por que Kingsman pode virar uma das franquias mais legais da atualidade

Filme da Fox revelou três cenas durante a San Diego Comic-Con

21.07.2017, às 08H38.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H35

O painel da Fox na San Diego International Comic-Con (saiba como foi) concentrou suas atenções em Kingsman: O Círculo Dourado, deixando de lado qualquer menção aos três filmes do universo dos X-Men atualmente em produção: Deadpool 2, Novos Mutantes e Fênix Negra. A ideia era deixar os holofotes na continuação do filme de Matthew Vaughn, que chega aos cinemas em setembro e pode representar a concretização de uma nova, e lucrativa, franquia para o estúdio.

Baseado em uma HQ de Mark Millar e Dave Gibbons feita sob encomenda para virar filme, o primeiro longa surpreendeu com críticas positivas (leia a nossa) e uma arrecadação muito além do esperado - foram US$ 414 milhões arrecadados mundialmente para um orçamento de US$ 81 milhões. Para estabelecer Kingsman como uma franquia, porém, o estúdio precisa provar que a marca é capaz de repetir o sucesso do primeiro filme.

Se depender do material apresentado em San Diego esses planos podem se concretizar facilmente. A começar pela abertura do filme, que coloca Eggsy (Taron Egerton) para enfrentar um antigo colega de treinamento em uma luta dentro de um típico táxi britânico. A coreografia é elaborada e o senso de humor afiado. Vaughn sabe como usar Londres a seu favor, colocando o pequeno carro em manobras empolgantes pela cidade. A química entre Egerton e Mark Strong (o agente Merlin) continua forte e a relação de camaradagem deve ganhar mais espaço nesse segundo filme.

O segundo trecho apresentado focou em revelar o universo dos Statesman, a versão norte-americana dos Kingsman. No lugar de uma alfaiataria, o grupo usa uma bem-sucedida destilaria de uísque como empresa de fachada e seus agentes adotam nomes de bebidas ao invés de homenagear cavaleiros da Távola Redonda. No comando está Champagne (Jeff Bridges), com Ginger (Halle Berry) sendo o equivalente de Merlin e com Tequila (Channing Tatum) e Whiskey (Pedro Pascal) representando os agentes de campo. Pela cena apresentada, fica claro que o objetivo de Vaughn e da roteirista Jane Goldman é usar todos esteriótipos do universo dos cowboys a serviço da trama, assim como o primeiro longa fez da educação britânica a sua base.

Para completar, se o primeiro longa tinha Samuel L. Jackson como vilão, a sequência mantém o peso tendo Julianne Moore como antagonista. A atriz vive Poppy, a chefe do Círculo Dourado que vive isolada no meio da selva em uma pequena cidade americana da década de 50. Na terceira cena apresentada no painel, ela transforma uma “entrevista de emprego” em um assassinato brutal com uma pitada de canibalismo. Cachorros-robôs e tatuagens de ouro também entram na mistura, que consegue ser ao mesmo tempo escrachada e charmosa.

O mais importante é que Kingsman: O Círculo Dourado parece manter a personalidade forte do original. Há sátira e homenagens por todos os lugares e a coragem para provar do esdrúxulo e não descambar para o rídiculo. Goldman e Vaughn criaram um mundo interessante, digno de ser explorado em todas as suas possibilidades (incluindo o misterioso retorno de Colin Firth ao elenco), basta que não percam a mão nesse segundo filme.

Kingsman: O Círculo Dourado estreia no Brasil em setembro.

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