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Albert Uderzo, criador do Asterix, processa filha por assédio

Os dois brigam na justiça desde 2007 por causa do gaulês

02.12.2013, às 21H02.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H27

Uma disputa sobre o legado do personagem Asterix tem colocado seu co-criador, Albert Uderzo, contra sua filha, Sylvie. No novo capítulo desta disputa judicial familiar, Uderzo vai processar sua filha e seu genro por "violência psicológica", de acordo com seu advogado.

asterix

A briga começou em 2007, quando Sylvie e seu marido, Bernard Boyer de Choisy, foram destituídos da tarefa de cuidar do patrimônio de Uderzo pela editora de Asterix, Editions Albert Rene. No ano seguinte, Uderzo (que criou Asterix com René Goscinny, falecido em 1977) vendeu seus 60% de direito ao personagem. Segundo Sylvie, seu pai permitiu que histórias do Asterix fossem publicadas após sua morte, traindo o espírito da série.

Ela entrou com uma ação legal em 2011, dizendo que Uderzo estava sendo explorado. Sylvie acusou "pessoas à volta de Uderzo" de se aproveitar da fragilidade e da idade de seu pai, atualmente com 86 anos, para influenciar a maneira como ele gerencia seu trabalho e seu dinheiro. De acordo com a BBC, a ação não cita nenhum responsável pelo abuso, e logo deve ser recusada por juízes. Durante as investigações, Uderzo foi considerado mentalmente apto para gerenciar seus negócios. Agora, o co-criador do gaulês diz que ele foi vítima de uma perseguição organizada por seu genro, que estaria por trás das ações legais movidas por sua filha.

Asterix foi criado em 1959 e é um dos personagens mais famosos das hstórias em quadrinhos. Os 35 álbuns da série venderam mais de 325 milhões de exemplares no mundo todo e foram traduzidos para mais de 100 linguagens. O mais recente é Asterix entre os Pictos, escrito por Jean-Yves Ferri e desenhado por Didier Conrad, os primeiros além dos criadores a assinar uma história do personagem. A HQ é uma ótima aventura do gaulês e teve um excelente desempenho de vendas na França.