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Entrevista

Seth Rogen compara Amor Platônico com O Estúdio: “Muito mais reconfortante”

Recém-nomeado ao Emmy por O Estúdio, o ator está prestes a lançar a segunda temporada de Amor Platônico no Apple TV+

7 min de leitura
06.08.2025, às 06H30.

Créditos da imagem: (Apple TV+)

A parceria entre Seth Rogen e Apple TV+ continua firme e forte. Após O Estúdio – série criada, dirigida, produzida e estrelada por ele – bater o recorde no Emmy de maior número de indicações para uma série estreante, agora Rogen acaba de estrear a segunda temporada de sua outra produção para o streaming, Amor Platônico.

Os dois primeiros episódios do novo ano já estão disponíveis na plataforma e mostram uma história bem diferente da produção indicada ao Emmy. “É uma série da vida cotidiana, o que se reflete na forma como gravamos de certa maneira. Não é como O Estúdio, que é incrivelmente estressante e cheio de pressão. Isto é muito mais reconfortante. Estamos improvisando mais, e meio que há muito mais descoberta, o que é muito divertido, honestamente”, declarou Rogen em entrevista ao Omelete.

Em Amor Platônico, ele interpreta Will, um mestre cervejeiro que retoma a relação de amizade com sua melhor amiga da faculdade, Sylvia (Rose Byrne), após um divórcio. Casada e com três filhos, ela equilibra o lado mais jovem dele e ele solta o lado mais sério dela. É algo que muitas mulheres, especialmente, conseguem se identificar.

“Tenho tantas amigas que se identificam com essa personagem e com o que ela está passando, tentando voltar ao mercado de trabalho, na luta com crianças pequenas e então se reencontrando com um velho amigo e também meio que se rebelando, sabe?”, explicou Byrne ao Omelete. “Ela finge ser controlada, mas, na verdade, por baixo, é meio selvagem, irresponsável. Ela tem um lado que, quando você é mãe, tem que controlar um pouco, e isso é muito engraçado na série quando você a vê se soltar, e essa amizade é o portal dela para esse lado”, completou.

Além de estrelarem, Seth Rogen e Rose Byrne também são produtores executivos da série e trabalham de perto com os criadores e roteiristas, Nicholas Stoller e Francesca Delbanco. “Seth é um dos melhores roteiristas que existem, então às vezes ele chega e diz tipo, ‘Não tenho certeza se estruturalmente a segunda metade deste episódio funciona totalmente.’ E Rose é uma atriz incrível e, obviamente, muito, muito engraçada, mas ela também chega com uma lógica emocional muito educada. Ela chega e diz: ‘Então, o que Sylvia quer dizer quando diz isso?’ E então nós olhamos e pensamos, ‘Isso literalmente não faz sentido nenhum’, e temos que reescrever. É uma das grandes vantagens de trabalhar com eles. Eles entram e realmente melhoram o material”, detalhou Stoller.

Confira abaixo a nossa entrevista completa com Seth Rogen (Will), Rose Byrne (Sylvia), Luke Macfarlane (Charlie), Nicholas Stoller (criador e roteirista) e Francesca Delbanco (criadora e roteirista)

OMELETE: Oi, pessoal. Muito obrigada por me receberem. Tenho que dizer que amei a segunda temporada. E a série se tornou uma série de conforto para mim. Para vocês também é assim para gravar?

Seth: É divertido. É um ambiente muito agradável. São muitas pessoas que se conhecem há muito tempo. É uma série da vida cotidiana, o que se reflete na forma como gravamos de certa maneira. Não é como O Estúdio, que é incrivelmente estressante e cheio de pressão, e incrivelmente estressante para mim, pessoalmente, gravar. Isto é muito mais reconfortante e estamos improvisando mais, e meio que há muito mais descoberta, o que é muito divertido, honestamente, e acho que torna a série uma experiência mais reconfortante para as pessoas.

Rose: Totalmente. Sim, é uma série do cotidiano, como o Seth disse, e fácil de se identificar. E sim, todos nós nos conhecemos há muito tempo, então isso é adorável.

Nicholas: Sim, é um prazer imenso poder fazê-la. Seth e Rose, além de serem duas das pessoas mais engraçadas do mundo, são pessoas muito adoráveis, agradáveis e divertidas de se trabalhar. E todo o elenco é assim, nossa equipe... todos nós nos conhecemos há muito tempo, então é realmente uma série muito tranquila e divertida de se fazer.

Francesca: É como se reunir com velhos amigos. Quero dizer, muitos dos nossos amigos, na nossa equipe de roteiristas, nós conhecemos há muito tempo; eles são nossos amigos mais antigos, e nós conhecemos e trabalhamos com muitos dos atores por um longo tempo agora. Então, há uma espécie de calor nisso e uma sensação de que, quando chegamos à fase de leitura do roteiro, é como, ‘Oh, meu Deus, é emocionante ver todo mundo de novo.’ E eu sinto que isso transparece um pouco na série.

Luke: É definitivamente divertido nos bastidores. E é algo real, da maneira certa. Porque se algo é muito reconfortante, é como algodão-doce e você sabe que na verdade faz mal para você e está estragando seus dentes. Mas isso é realmente bom. É como, sabe, é como pipoca com whey. Tipo, tem algo de bom ali. Há um equilíbrio. Mas você ainda quer comer muito. Então, sim, nós nos divertimos dentro e fora das telas. Eu sinto que, se você está se divertindo fora das telas, isso geralmente aparece na tela.

OMELETE: Eu sinto que os personagens realmente cresceram nesta segunda temporada. Eles ainda são bobos e ainda há comédia, mas sinto que estão mais maduros agora. Era algo que vocês queriam abordar diretamente?

Francesca: Acho que na evolução da vida de uma série de TV, você conhece seus personagens mais profundamente quanto mais temporadas e episódios você escreve. E muito do trabalho de uma primeira temporada de uma série é apresentar a premissa, familiarizar o público com quem são os personagens, mostrar-lhes o básico de suas vidas. Mas na segunda temporada você pode se aprofundar um pouco mais nisso, e espero que em temporadas futuras, se tivermos a sorte de consegui-las, continuaremos a cavar mais fundo para descobrir qual é a verdade desses personagens e de suas vidas.

OMELETE: Uma coisa que eu gosto muito neste ano é que o Charlie está ainda mais presente. Acho que agora ele não é apenas o marido da Sylvia, ele tem mais uma história própria. Luke, como foi para você construir isso?

Luke: Acho que todo ator quer a oportunidade de fazer mais. Então foi muito legal quando recebi os roteiros e pude fazer isso. Quero dizer, acho que estamos sempre tentando ver como tornar nossos personagens mais completos e mais desenvolvidos. E no final do dia, só precisamos de mais material no papel. Eu fiquei muito grato quando os roteiristas me deram mais material no papel.

OMELETE: Rose, eu amo como a Sylvia é fácil de se identificar. Ela tem que dar conta do trabalho e do casamento, e dos filhos, e tenta se divertir um pouco também. Como você acha que o público feminino se sente representado por isso?

Rose: Eu me identifico muito. Tenho tantas amigas que se identificam com essa personagem e com o que ela está passando, tentando voltar ao mercado de trabalho, na luta com crianças pequenas e então se reencontrando com um velho amigo e também meio que se rebelando, sabe? Ela é meio selvagem. Ela finge ser controlada, mas, na verdade, por baixo, é meio selvagem, irresponsável. Ela tem um lado que, quando você é mãe, tem que controlar um pouco, e isso é muito engraçado na série quando você a vê se soltar.

OMELETE: Eu amo a dinâmica dela tanto com Will quanto com Charlie. Eu acho que Will é o que nós queremos e Charlie é o que é relacionável, nós entendemos a dinâmica deles. Então, para vocês, como é equilibrar ambos os personagens na vida dela e como mostrar isso?

Francesca: Eu sinto que você precisa desses dois personagens para entender a Sylvia completa, se isso faz sentido. Ou seja, ela tem dois lados de sua personalidade. Ela é uma mulher totalmente competente, feliz no casamento, que cuida excelentemente de seus filhos, ama sua família, tem uma carreira, ela é muito satisfeita. E, no entanto, ela também tem outro lado de sua personalidade que é muito mais bagunçado e mais inseguro e mais infantil. E o lado Will de sua personalidade aparece ali. Eu sinto que sem uma metade dessas, você não veria realmente aquela personagem em sua totalidade.

OMELETE: Francesca e Nick, falando sobre Seth e Rose, sendo os protagonistas e também produtores, quão colaborativo é o trabalho de vocês com eles fora das telas?

Nicholas: Seth é um dos melhores roteiristas que existem, então às vezes ele chega e diz tipo, ‘Não tenho certeza se estruturalmente a segunda metade deste episódio funciona totalmente.’ E Rose é uma atriz incrível e, obviamente, muito, muito engraçada, mas ela também chega com uma lógica emocional muito educada. Ela chega e diz: ‘Então, o que Sylvia quer dizer quando diz isso?’ E então nós olhamos e pensamos, ‘Isso literalmente não faz sentido nenhum’, e temos que reescrever. É uma das grandes vantagens de trabalhar com eles. Eles entram e realmente melhoram o material. E depois nós levamos o crédito por isso.