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Filmes
Entrevista

Amigos Inseparáveis | Omelete entrevista o diretor Fisher Stevens

Ele conta como é trabalhar com seus ídolos Al Pacino, Christopher Walken e Alan Arkin

MH
07.03.2013, às 17H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H24

À primeira vista, a comédia dramática Amigos Inseparáveis (Stand Up Guys), estrelada por Al Pacino, Christopher Walken e Alan Arkin, parecia só mais uma variação do subgênero das "noites alucinantes", mas termina sendo uma bela homenagem à geração da Nova Hollywood dos anos 1970.

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Na trama, Val, o personagem de Pacino, é solto depois de passar 20 anos na cadeia por se recusar a entregar seus parceiros criminosos. Ele então encontra seu melhor amigo Doc (Walken) e o velho companheiro Hirsch (Arkin) para uma sessão de exageros noite afora. O passeio tem tom de despedida, porém, porque Doc recebeu do chefão a missão de matar Val.

O diretor do filme, Fisher Stevens, produtor do oscarizado documentário The Cove e mais conhecido por seu trabalho como ator, em séries de TV e filmes, comenta em entrevista essa sua celebração da velha guarda.

Fale um pouco sobre como foi trabalhar com Christopher Walken e Al Pacino. Você adotou posturas distintas com um ou outro?

Eu dirigi Chris e Al de maneiras diferentes. Antes de começarmos a filmar, eu já conhecia muito mais Al do que Chris. Passei várias vezes o roteiro com Al no comecinho. Dessa forma, me senti muito mais tranquilo dirigindo Al de início. Com Chris eu tive que pesquisar mais um pouco, descobrir como ele trabalhava, mas ambos aceitam muito bem a direção. No entanto, às vezes eles discordavam de mim. Mas no final das contas eles sempre faziam uma tomada da maneira como eu queria. Acabei com uma grande variedade das mesmas cenas em mãos.

Foi muito difícil conseguir os dois para esses papéis?

Quando comecei o filme, Al e Chris me disseram que haviam lido uma versão diferente do roteiro alguns anos antes. Al era Doc, Chris era Val. Então quando eu liguei para o Chris e disse que ia dirigir o filme, ele perguntou quem seria o Doc e expressou interesse pelo papel. Ele disse que realmente gostou do personagem porque, conforme vai envelhecendo, gosta cada vez mais de interpretar avôs.

Então eu comecei a procurar pela pessoa que viveria Val. Acabei não falando com meu amigo Al Pacino porque fui informado que ele não estava interessado. Eu só dava bola fora, até que um dia meu telefone tocou e era Al, dizendo que havia visto um documentário de Woody Allen que eu produzi, e me perguntou se eu não queria trabalhar em um documentário com ele. Eu disse que não, que queria que ele lesse novamente o roteiro de Amigos Inseparáveis e que considerasse estar no filme comigo como diretor. Houve uma longa pausa da ligação e ele perguntou se eu realmente dirigiria o filme. Eu confirmei, ele leu o roteiro novamente e topou participar. Quatro semanas depois nós estávamos em pré-produção com Al e Chris.

A primeira pessoa que eu considerei para o papel de Hirsch foi Alan Arkin. Eu tinha trabalhado com ele como ator em O Que é Isso, Companheiro?, há 20 anos. Acho que por Chris e Al já estarem no filme, Alan ficou mais interessado e, graças a Deus, ele topou. Foi um sonho que se tornou realidade.

E as personagens femininas?

Eu fiz testes para todas as personagens femininas, com excessão de Julianna Margulies, com quem eu já havia trabalhado no teatro em Nova York. As outras meninas fizeram testes; eu vi Lucy Punch em um filme de Woody Allen [Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos] e já conhecia Vanessa Ferlito também dos teatros de Nova York. Mas Addison Timlin foi uma descoberta. Ela arrasou nos testes.

Quais foram as suas principais inspirações para Amigos Inseparáveis?

Eu me inspirei em muitos filmes dos anos 1970, incluindo Um Dia de Cão, Cada Um Vive Como Quer, Liberdade Condicional e Os Doze Condenados. Eu adorava esses filmes porque eles tinham como foco os personagens, não grandes tramas ou cenários grandiosos. Eu quis que não tivesse celulares, computadores, nada muito moderno em Amigos Inseparáveis, a não ser pelo carro que eles roubam. Muitas das roupas que os atores usaram eram "vintage". As cores eram bem discretas. Era como se o tempo tivesse esquecido aquelas pessoas.

Pacino e Walken não tentam ser engraçados, a comédia vem das situações nas quais eles estão inseridos. Você os instruiu a trabalhar mais naturalmente?

Sim, era importante que a naturalidade fosse a base do roteiro. Só assim o filme daria certo. Nós ensaiamos e tivemos longas discussões sobre manter tudo mais natural, mesmo quando as situações eram extremas. Felizmente eu tinha os melhores atores do mundo e eles só sabem fazer as coisas parecerem mais naturais. Quando pareciam forçadas, nós fazíamos outra tomada.

Suas experiências como ator te ajudaram na direção? Saber como é dos dois lados ajuda ou dificulta seu trabalho?

Ser ator definitivamente me ajudou como diretor, especialmente dirigindo atores desse porte. Acho que eles já confiavam em mim de antemão, o que acabou eliminando muitas etapas para que eu conseguisse seu respeito. Também há o fato de que, assim como eu, Alan Arkin, Chris Walken e Al Pacino vêm do teatro, então tínhamos uma linguagem em comum.

Foi um trabalho tão divertido quanto parece na tela?

Sim, foi incrivelmente divertido. Às vezes eu ficava perdido apenas observando-os atuar e acabava esquecendo que eu era o diretor. Deu muito trabalho, mas eu certamente faria de novo.

Fale um pouco sobre o roteiro, como você chegou a ele?

O roteiro surgiu quando Noah Haidle, o roteirista, estava andando de bicicleta em Coney Island um dia e viu três caras mais velhos que pareciam gângsteres sentados em um banco de praça tomando café em copos de papel. Ele começou a imaginar como seriam suas vidas e foi assim que o filme surgiu. Anos depois eu recebi o roteiro, fiz inúmeras mudanças ao lado de Noah e do produtor Tom Rosenberg, que acabou se tornando o filme final.

Os atores puderam dar suas opiniões. A cena no prostíbulo em que Al e Chris falam sobre aumento de pênis foi completamente improvisada. Eu os ouvi conversando sobre amigos em comum e pensei comigo que tínhamos que ter aquilo no filme. Então filmamos.

Vocês consideraram um final alternativo?

Aquele sempre foi o final do filme, mas não era o final que estava no roteiro. No roteiro, Chris Walken diz: "Acabou meu chiclete". Os dois personagens saem andando do prédio e a câmera filma um espaço em branco, um céu vazio. Nós adicionamos os tiros e a pintura - começamos com a pintura, ficava mais poético terminar com ela. Quando você tem Pacino e Walken no seu filme, eles têm que terminar atirando e, ainda assim, fica aberto para o público imaginar o que aconteceu.

Amigos Inseparáveis estreia em 8 de março no Brasil.

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