Ian Fleming não aprovou Sean Connery para interpretar o seu personagem mais famoso, James Bond, quando o conheceu durante a pré-produção de 007 Contra o Satânico Dr. No. A reação do autor ao seu primeiro encontro com Connery foi revelada em um novo livro biográfico [via IndieWire].
O agente Robert Fenn foi quem entregou a opinião negativa de Fleming sobre Connery: "Ele voltou da reunião e me disse: 'Connery não tem nada a ver com a minha ideia de Bond! Eu só queria um homem elegante, e ele é um brutamontes'".
O favorito de Fleming para viver Bond sempre foi Richard Burton (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?), mas o ator recusou a proposta feita pelo estúdio na época de Dr. No. Segundo Fenn, depois dessa recusa foram feitos testes de câmera com cerca de 20 ou 30 atores.
Entre eles, estavam Peter Finch (Rede de Intrigas), Cary Grant (Intriga Internacional), Dirk Bogarde (Morte em Veneza), Rex Harrison (Minha Querida Dama) e o próprio Roger Moore, que eventualmente substituiria Connery a partir de Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973).
Outras sugestões de Fleming para o papel foram James Stewart (Janela Indiscreta) e James Mason (Lolita), mas nenhum dos dois chegou à fase de testes.
007 Contra o Satânico Dr. No seria eventualmente lançado em 1962, com Connery no papel principal. O longa deu início a uma série que já conta com 25 filmes, no qual Bond foi interpretado por seis atores - o mais recente foi 007 - Sem Tempo Para Morrer (2021), que marcou a despedida de Daniel Craig do papel.
Os longas de 007 estão disponíveis para streaming no Brasil pelo Prime Video.