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Halo | O que é a queda de Reach, e como ela deve aparecer na série?

Momento-chave dos games chegará bem modificado à produção do Paramount+

Omelete
5 min de leitura
03.02.2024, às 06H00.
Atualizada em 09.02.2024, ÀS 16H44

Fãs de Halo sabem que poucos eventos no cânone da franquia são mais significativos do que a queda de Reach - e, por outro lado, o considerável público que assiste à série do Paramount+ sem nunca ter mergulhado na miríade de jogos, livros, HQs e animações que formam a saga deve estar curioso (para não dizer confuso) com as muitas referências à queda de Reach que vêm aparecendo nos teasers da segunda temporada.

Se você está nesse segundo grupo, ou precisa dar uma refrescada na memória, o Omelete juntou tudo o que você precisa saber sobre a queda de Reach bem aqui - e tudo isso respondendo a duas perguntinhas bem básicas.

Primeiro, o que é a queda de Reach?

"Lembre-se de Reach", diz letreiro em um dos jogos de Halo (Reprodução)
"Lembre-se de Reach", diz letreiro em um dos jogos de Halo (Reprodução)

Localizado a “apenas” 10 anos-luz do sistema solar, o planeta Reach é o mais populoso dos mundos colonizados pela humanidade na mitologia futurista de Halo. Entre o início do século XXIV e meados do século XXVI, tanto missões colonizadoras civis quanto o braço militar da UNSC se estabeleceram no planeta, atraídos por sua atmosfera parecida com a terrestre e por suas fartas reservas de titânio.

Na série, conhecemos Reach na década de 2550, como o coração da operação militar humana durante sua guerra com o Covenant. É lá que Master Chief (Pablo Schreiber) e seus colegas Spartans ficam “estacionados” quando não estão em missão, e é de lá que a Dra. Halsey (Natascha McElhone) escapa quando seus crimes no comando do programa Spartan são descobertos, no fim da primeira temporada.

No cânone de Halo, a queda de Reach é o nome comumente usado para se referir a uma das maiores batalhas entre os humanos e o Covenant, que se estendeu entre julho e agosto de 2552 na superfície e na órbita do planeta. Eventualmente, após muito toma-lá-dá-cá (falaremos mais sobre isso a seguir), as forças alienígenas conseguiram superar os soldados da UNSC e tomar controle completo do planeta.

A batalha foi talvez a mais sangrenta da guerra dos humanos contra o Covenant, resultando em milhões de vidas perdidas - incluindo a maior parte da população civil de Reach - e na completa vitrificação da superfície do planeta. Tradição do Covenant, a vitrificação é um processo de bombardeamento de planetas conquistados, garantindo que sua superfície se torne inabitável por décadas a fio, encoberta por um material negro e vítreo parecido com a pedra obsidiana.

Mas e na série, como vai ser?

Bom, essa será a pergunta de um milhão de dólares até a estreia dos episódios iniciais da segunda temporada de Halo - ou talvez até mesmo além disso. Vários membros da equipe da série, incluindo o protagonista Pablo Schreiber e o diretor/produtor Otto Bathurst, contaram ao Omelete durante nossa visita ao set em Budapeste, na Hungria, que o segundo ano vai “brincar um pouco com o conceito de tempo” - logo, espere muitos flashbacks e flashforwards durante os oito episódios.

Nossa aposta é que esses pulos temporais girarão em torno da queda de Reach, alternando entre nos mostrar o embate entre humanos e alienígenas no planeta e as consequências dessa batalha, meses depois. Os detalhes são mais obscuros, mas uma escavação cuidadosa do cânone de Halo revela alguns pontos interessantes para se prestar atenção.

Um deles é a importância do Capitão Keyes,personagem de Danny Sapani na série, durante os eventos da queda de Reach. É através de um rastreador colocado em sua nave, por exemplo, que o Covenant consegue descobrir a localização do planeta. Por outro lado, durante a batalha, ele comanda a Pillar of Autumn, poderosa espaçonave que se torna a última linha de defesa da humanidade na superfície de Reach e termina por escapar do ataque do Covenant carregando consigo um artefato importantíssimo - um fragmento da inteligência artificial Cortana (Jen Taylor), a inseparável companheira de Master Chief.

Danny Sapani como Jacob Keyes em Halo (Reprodução)
Danny Sapani como Jacob Keyes em Halo (Reprodução)

E talvez esse seja um bom momento para sublinhar que, no cânone de Halo, a queda de Reach acontece imediatamente antes dos eventos do primeiro jogo da franquia, Combat Evolved (2001). De fato, nosso primeiro contato com Chief é enquanto ele está a bordo da Pillar of Autumn, escapando de Reach e se vendo em contato direto com o Halo, um planeta-arma-artefato-mágico que é a chave para acabar com a guerra entre humanos e o Covenant - e que, por isso, é buscado incessantemente pelos dois lados da disputa.

Na série, o primeiro contato de Chief com o Halo é bem diferente, mediado por sua conexão com Makee (Charlie Murphy) e com dois “mini-artefatos” que fazem parte da estrutura maior… mas a busca pela localização do Halo continua sendo o grande mote da trama militar da produção. A Halo do Paramount+ tem se mostrado obstinada a criar um caminho alternativo ao do cânone que os fãs já conhecem, mas isso não significa que as duas coisas não possam se alinhar em certas conjunturas - não é mesmo, Joseph Morgan?

Eu não fiz parte da primeira temporada, mas certamente assisti a ela, e como fã percebi que a série se desviou bastante da mitologia e do universo dos games de Halo”, comentou o ator ao Omelete. Uma das coisas mais interessantes sobre o segundo ano é que meio que corrigimos isso, reaproximamos a série dos jogos. É claro que a narrativa da TV precisa construir o seu próprio caminho, porque são mídias diferentes, mas acho que na segunda temporada eu identifiquei mais momentos puxados da mitologia pregressa de Halo, inclusive vários elementos dos quais eu já tinha me esquecido!”.

A segunda temporada de Halo chega ao Paramount+ em 8 de fevereiro, com seus dois primeiros episódios. Os capítulos seguintes serão lançados semanalmente, sempre às quintas-feiras.

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