Batman e a Liga da JUstiça

Créditos da imagem: Panini/Divulgação

HQ/Livros

Artigo

Batman e a Liga da Justiça | Como os heróis da DC viraram um mangá

Publicação foi lançada recentemente no Brasil

21.08.2018, às 17H49.
Atualizada em 21.08.2018, ÀS 19H16

Desde os anos 1960, com a explosão da saudosa série televisiva protagonizada por Adam West, a Batmania foi consolidada na cultura pop. Com inúmeros filmes, desenhos animados e até um musical, o Homem-Morcego tem um vasto leque de produções com seu nome. A mais nova delas a chegar ao Brasil é o mangá Batman e A Liga da Justiça.

Com roteiro e arte de Shiori Teshirogi, o mangá foi lançado em julho de 2017 no Japão, meses antes da estreia do filme Liga da Justiça, com o intuito de popularizar os personagens no país. O enredo tem início com a chegada de Rui Aramiya em Gotham, um rapaz japonês que vai à cidade para investigar o misterioso desaparecimento de seus pais. Sua busca acaba cruzando o caminho de Batman, que está no rastro do Coringa. Quando o palhaço do crime e outros vilões começam a surgir, Batman deve recorrer aos seus colegas na Liga da Justiça.

Shiori Teshirogi é conhecida pela autoria de Cavaleiros do Zodíaco - The Lost Canvas, um mangá que aproveita a mitologia já estabelecida na franquia para criar uma nova história, estrutura também utilizada em Batman e a Liga da Justiça. A trama estabelece uma narrativa ágil para apresentar heróis e vilões do Universo DC a um novo público, mas tem liberdade de trilhar um caminho próprio, sem perder a intensidade de uma história de ação.

Por se tratar de um mangá, um leitor de quadrinhos pode estranhar a dinâmica da série. O tipo de perigo enfrentado pela Liga e a interação entre os personagens é diferente da vista nas HQs, o que não chega a ser um problema dentro da proposta. A presença do garoto Rui garante que a cultura oriental esteja presente de forma legítima, fugindo da armadilha dos clichês. A trama escorrega apenas pelo ritmo por vezes exageradamente acelerado e pelas saídas fáceis na hora de criar ligações convenientes.

Com liberdade para dar vida à sua própria visão da equipe, a autora cria uma Liga da Justiça com um visual próximo aos quadrinhos, mas com uma impressionante assinatura própria. A arte de Teshirogi é deslumbrante e equilibra a ação dos quadrinhos americanos com a estrutura dramática dos mangás. O destaque na força dos heróis em cenas de páginas inteiras e a composição de cenários com riqueza em detalhes mostram que, no extenso multiverso da DC, uma versão em mangá é mais que bem-vinda.

O mangá está em publicação pela Editora Panini, que trouxe a série ao Brasil antes mesmo de chegar nos Estados Unidos.

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.