Anteriormente em Orange is the New Black

Créditos da imagem: Netflix/Divulgação

Séries e TV

Lista

Anteriormente em Orange is the New Black

Uma lista feita para quem precisa relembrar antes de assistir a sétima e última temporada da série.

15.07.2019, às 11H30.
Atualizada em 15.07.2019, ÀS 12H15

Orange is the New Black foi uma das primeiras produções originais da Netflix, um dos primeiros investimentos da plataforma em criar sua identidade. Criada por Jenji Kohan e baseada nas memórias de Piper Kerman, a série não demorou a se tornar uma grande referência entre produções sobre a força do universo feminino. Com uma premissa simples – a mulher branca e privilegiada que vai parar num presídio – a série teve marcos importantes, como seu elenco tomado de diversidade, suas narrativas honestas em torno dos problemas sócio-culturais que envolvem negros, latinos e pobres; sem falar no fato de ter sido Laverne Cox a primeira atriz trans a posar para a capa da revista Time.

2019 é um ano de despedida para a produção. Depois de uma trajetória irregular, a decisão de encerrar as tramas das detentas veio com uma certa melancolia. Estamos diante de um sistema prisional, estamos diante de histórias que – mesmo dentro de uma comédia – não podem encontrar sempre um final feliz. Porém, antes de assistirmos a temporada final (a partir de 26 de Julho), precisamos relembrar os principais acontecimentos vistos até aqui. Para isso, a lista abaixo resume um pouco das aventuras alaranjadas que nos divertiram e emocionaram desde 11 de Julho daquele longínquo ano de 2013.

Primeira Temporada

Netflix/Divulgação

Para que isso seja realmente um resumo vamos focar nas trajetórias centrais de cada ano. Na primeira temporada Piper (Taylor Schilling) chega a Litchfield por ter sido delatada pela ex-amante Alex (Laura Prepon) num crime envolvendo drogas. Considerada quase uma “patricinha”, Piper tem um noivo, modos polidos e reputação consolidada. Tudo desmorona quando ela se vê cercada de outras criminosas, com históricos bem mais intensos que o dela. A coisa se complica quando Piper descobre que Alex também está na mesma prisão. A temporada também se foca na chegada de Daya (Dascha Polanco) à prisão. Ela é recebida pela mãe, Aleida (Elizabeth Rodriguez), que já está presa. Daya se envolve com um dos guardas e engravida. Conhecemos também a líder do grupo que toma conta da cozinha, Red (Kate Mulgrew), uma russa agressiva que tem uma relação de afeto apenas com Nicky (Natasha Lyonne), que ajudou a salvar do vício em drogas. A cabeleleira da prisão é Sophia (Laverne Cox), que sofre para administrar o passado como marido e pai e o presente como transsexual. Um dos grupos mais divertidos é formado por Suzanne (Uzo Aduba), Poussey (Samira Willey) e Taystee (Danielle Brooks). Ao ser libertada em condicional, Taystee acaba cometendo outro crime para conseguir voltar para a prisão, o único lugar onde se sente ajustada. A direção ainda não é de Caputo (Nick Sandow), mas ele tenta administrar a corrupção dentro da instituição. A temporada mostra Piper tentando encontrar aceitação, que ela conquista usando suas habilidades sociais. O apogeu disso é o sucesso do coral de Natal visto no último episódio, que culmina com um embate entre Piper e Doggett (Taryn Manning), que na primeira temporada era uma das religiosas fanáticas. Esse confronto será essencial para os eventos do ano dois.

Segunda temporada

Na segunda temporada o destino de Piper após o conflito com Doggett é revirado quando ela descobre que Alex a obrigou a mentir perante a justiça, enquanto a própria Alex contou a verdade para conseguir um acordo. Então, Alex é libertada e deixa Piper sob o risco de aumentar a própria pena. A prisão sofre uma bifurcação de poder com a chegada de Vee, uma espécie de “mãe adotiva” de Taystee. Vee começa uma disputa com Red pelo controle das detentas e boa parte dos acontecimentos desse ano gira em torno desse embate. Também é nessa temporada que temos um pouco mais de detalhes sobre Lorna (Yael Stone), uma detenta que sofre de um transtorno mental que a torna obcecada por homens com quem mal se relaciona. A relação entre Caputo e Figueroa (Alysia Reiner) – a vice-diretora da prisão – surge como uma relação tóxica de chantagem e poder. Os acontecimentos finais do segundo ano giram em torno de uma tempestade que atinge Litchtfield, deixa todos sem luz enquanto os destinos de Red eVee são decididos por suas soldadas. Red acaba ferida num atentado e Vee consegue escapar da prisão. Porém, ela é atropelada por outra fugitiva e morre.

Terceira temporada

Depois de uma segunda temporada sem Alex, ela retorna para a prisão e se reconcilia com Piper. Porém, é a vez de Nicky se ausentar da série após ser dedurada pelo guarda Luschek (Matt Peters), com quem tinha um esquema de tráfico. Ela é transferida para a segurança máxima e se ausenta pela maior parte dos episódios. Enquanto isso, Daya – que mentiu sobre o guarda Mendez ser o pai de seu filho – enfrenta as consequências dessa mentira quando a família dele tenta resgatar a criança. Bennet, o verdadeiro pai, se mantém alheio. Doggett se envolve com um guarda que acaba estuprando-a. Também é nessa temporada que Piper começa um negócio de calcinhas usadas que a torna respeitável na prisão pela primeira vez. A prisão passa por algumas transformações quando Caputo consegue um acordo com uma empresa privada para que ela não feche. Isso resulta em melhorias, mas também em superlotação. O final da temporada é bastante lúdico, quando uma brecha na cerca possibilita que todas as detentas atravessem e se banhem no lago natural que fica logo ao lado. É um momento especial para Suzanne, que depois de passar a temporada escrevendo contos eróticos, tem um momento de ternura com outra detenta.

Quarta temporada

A nova realidade da prisão é dura. Após serem recapturadas no lago as detentas precisam aceitar que agora há muito mais contingente que antes. Uma das novas detentas é Judy King, uma famosa cozinheira que sabe como ninguém manipular pessoas. Outra perigosa adição é a do guarda Piscatella, que se torna o principal vilão da temporada. Enquanto Piper piora seu comportamento armando para sua rival ter a pena aumentada, Caputo melhora sua perspectiva do que está acontecendo e tenta fazer coisas positivas pela rotina da prisão. Sua aproximação com Taystee começa nesse ano, quando ele a chama para ser sua assistente. Esse cargo é o início de uma consciência política que mudará muito a personalidade da personagem. Nicky reaparece após ser liberada por influência de Judy (a pedido de Lusheck) e agora é Sophia quem amarga um longo tempo fora de cena (a personagem fica isolada na solitária após um conflito com outras detentas). Essa temporada é a mais dramática da história da série, quando, da metade para o final, a tensão provocada pela “reeducação” dos guardas promovida por Piscatella, resulta em uma série de abusos. Blanca (Laura Gomez) decide protestar ficando em pé numa mesa. O que começa como um ato isolado vira um protesto coletivo. Na tentativa de contê-lo, Piscatella incita os guardas e eles agem com violência. Poussey acaba sendo morta por asfixia no conflito, o que aumenta mais ainda a revolta. A temporada termina quando as detentas decidem reagir e Daya aponta uma arma para um dos guardas.

Quinta temporada

A rebelião em Litchfield é um ponto controverso da história da série. A quinta temporada se foca toda em apenas alguns dias e a rebelião ocupa toda a ação. Enquanto Taystee, muito amadurecida, quer fazer da rebelião um ato político válido para as detentas, os roteiristas gastam bastante tempo com alívios cômicos focados na tortura sofrida pelos guardas e até mesmo no sucesso como YouTubers de Flaca (Jackie Cruz) e Maritza (Diane Guerrero). Os equívocos de planejamento e as agendas pessoais de cada uma prejudicam o plano maior e as equipes de contenção invadem a prisão. Piscatella decide cumprir sua vingança pessoal contra algumas prisioneiras, mas acaba capturado. Quando Taystee resolve soltá-lo ele acaba sendo morto por engano por um dos agentes que estão no plano de contenção. A temporada termina no exato momento em que o confronto começa.

Sexta temporada

A sexta temporada recuperou a boa forma da série. Após a rebelião a área de segurança máxima passa a ser o foco e todo o grupo é dividido em grupos, por cores. A mudança é positiva porque dessa vez tudo está misturado e a dinâmica entre pequenos delitos e delitos hediondos levanta discussões importantes. É interessante, por exemplo, ver o reencontro de Taystee com a amiga Tamika (Susan Heyward), que agora é uma das guardas. Acabamos, também, conhecendo Badison (Amanda Fuller), uma das prisioneiras mais maquiavélicas que a série já construiu; e também uma disputa histórica entre Carol e Barbara contra Frieda; que culmina num inusitado jogo de kickball. Essa também é a temporada em que a sensação de despedida começa a aparecer. Piper (que finalmente amadureceu seu relacionamento com Alex) está com sua liberdade à vista, assim como Blanca e Maritza. Porém, enquanto Piper consegue sair, Blanca é resgatada pela imigração na porta do presídio. Enfim, a morte de Piscatella acaba resultando numa acusação injusta contra Taystee, que acaba sendo traída por Cindy. A amiga mente para conseguir a própria soltura. Caputo e Figueroa finalmente assumem sua ligação além dos exageros sexuais, Sophia encontra a liberdade depois de muito sofrimento, Luschek ganha ares suaves ao criar um programa de dança, Daya (após a rebelião e sem a mãe por perto) se entrega às drogas... Vários destinos vão se desenhando. Mas, ainda temos treze novos capítulos para descobrirmos até que ponto uma história sobre punição e desajuste, pode terminar sendo otimista.

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