Shakira em São Paulo / Stephan Solo/ Move Concert

Créditos da imagem: Shakira em São Paulo / Stephan Solo/ Move Concert

Música

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Shakira não economiza no rebolado em show carregado de hits em São Paulo

El Dorado World Tour desembarcou no país; cantora não se apresentava no Brasil há sete anos

22.10.2018, às 01H22.
Atualizada em 22.10.2018, ÀS 12H33

Demorou sete anos, mas Shakira finalmente voltou a cantar no Brasil - tanto tempo de espera decorreu de uma série de imprevistos onde a própria El Dorado World Tour foi adiada duas vezes por conta de problemas nas cordas vocais da cantora. Para presentear o público brasileiro, Shakira entregou um setlist variado, indo desde singles recentes na onda do reggaeton até sucessos dos anos 1990, quando o Pies Descalzos, seu terceiro álbum de estúdio, estourou mundialmente - aliás, foi com duas faixas dele, “Estoy Aquí” e “¿Dónde estás corazón?”, que Shakira subiu ao palco do Allianz Park, em São Paulo, de forma enérgica para cantar para 40 mil pessoas na plateia. 

Shakira entregou muita disposição e carisma em sua apresentação, que começou cerca de 15 minutos antes do horário previsto. Apesar de dificuldades no áudio terem sido recorrentes - era difícil ouvir a voz da cantora em alguns momentos -, Shakira não deixou o público desanimar ao entregar uma enxurrada de singles e não perder o rebolado em momento nenhum. Ainda que o setlist tenha deixado de lado sucessos como “Gypsy” ou “Las de la Intuición”, a cantora fez o possível para agradar os fãs com hits de todas suas principais fases - do disco mais recente, El Dorado, que dá nome à turnê, apenas seis faixas foram tocadas dentre as 23 que compuseram a apresentação. 

Na sequência da dobradinha clássica de abertura, Shakira apareceu literalmente rompendo correntes para cantar “She Wolf”. “Meu Deus, São Paulo, vocês são incríveis, eu tive tanta saudade de vocês”, disse a cantora, em português claro e continuou: “é tão lindo estar de novo aqui com vocês tão perto de mim. Obrigado por estarem aqui”. Não foi o único momento que a cantora conversou com a plateia, sempre em português. Após a música seguinte, “Si Te Vas”, Shakira voltou a falar sobre o tempo que esteve longe do Brasil. “Sete anos sem ver vocês é muito tempo, é demais. Se estou aqui hoje, é por vocês e porque milagres acontecem. Obrigado Brasil pela oportunidade de me deixar cantar de novo pra vocês.

Parte do show foi baseada em intercalar grandes hits animados com músicas mais brandas - a apresentação continuou com “Nada”; fogos e lasers introduziram “Perro Fiel”, single da cantora com Nicky Jam lançado em 2017; seguiu com o cover de “Underneath your Clothes”, cantou “Me Enamoré”, sacou uma guitarra para “Inevitable” e, enfim, chegou em seu mais recente grande sucesso: “Chantaje”, parceria com Maluma, fechou a primeira metade do show. Shakira aproveitou o hit para provocar o público pedindo que as pessoas completassem uma estrofe do refrão - ela já tinha, aliás, feito algo semelhante em “She Wolf”, quando pediu para as mulheres (ou garotas, como a própria cantora disse) uivassem para a lua junto dela mesma. 

Na passagem para a próxima faixa, Shakira fez uma das poucas trocas de vestimenta da apresentação e descartou uma roupa cinza por uma espécie de fantasia de dançarina do ventre. O motivo era nobre: a artista, enquanto exibia sem economia suas habilidades incontestáveis de sacudir os quadris, entregou ao público “Whenever, Wherever”, uma de suas canções mais célebres. Depois de uma chuva de papel picado - a terceira da noite - e de trocar a indumentária por um look todo preto, Shakira continuou o show com “Tú”, “Amarillo” e com um verdadeiro espetáculo de pirotecnia em “La Tortura”. 

Essa é uma das primeiras musicas que escrevi, faz 17 anos”, contou Shakira antes de começar a cantar “Antologia”, sentada com sua banda no meio da passarela que levava a cantora do palco até o meio da plateia. Na sequência, mostrou uma versão mais puxada para o reggae de “Can’t Remember To Forget You” - que não ficou muito melhor que a original e terminou com Shakira assumindo a bateria da apresentação. Já perto do fim, a cantora cantou “Loca” e “Rabiosa” em uma espécie de mash-up. Antes do bis, como tinha que ser, a cantora vestiu uma saia esvoaçante e cantou seus dois singles de Copas do Mundo de Futebol: “La La La”, da competição realizada em solo nacional, e “Waka Waka”, sucesso que embalou os jogos do mundial da África do Sul.

Shakira não usou o show para tecer comentários sobre eventos da política brasileira como outros artistas fizeram recentemente, mas sua apresentação não foi desprovida de ações ligadas à ideia de engajamento social. No finzinho do show, antes da cantora retornar para o bis, o telão exibiu um vídeo - o terceiro da apresentação - sobre educação infantil e as dificuldades superadas por crianças ao redor do mundo para estarem na escola, sugerindo que as pessoas abraçassem essa causa. Só então Shakira se despediu do público com duas de suas maiores faixas, que obviamente não ficariam de fora: “Hips Don’t Lie” e “La Bicicleta”. Mesmo após quase duas horas de show, a cantora seguiu correndo de um lado para o outro enquanto cantava e dançava como se tivesse acabado de pisar no palco. O público, por sua vez, não ficou para trás: após a despedida de Shakira, a massa dispersou sem parar de dançar faixas da cantora reproduzidas pelo sistema de som do estádio. Veja o setlist completo da passagem de Shakira por São Paulo:

“Estoy Aqui”/ “Donde Estas Corazon”
“She Wolf”
“Si Te Vas”
“Nada”
“Perro Fiel”/ “El Perdon”
“Underneath Your Clothes”
“Me Enamore”
“Inevitable”
“Chantaje”
“Whenever, Wherever”
“Tu”
“Amarillo”
“La Tortura”
“Antologia”
“Can’t Remember To Forget You”
“Loca/Rabiosa”
“La La La”/ “Waka Waka”
“Toneladas”
“Hips Don’t Lie”
“La Bicicleta”

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