Sabe aqueles enormes geradores que levam energia às fábricas? Um show do Metallica é assim: dá imensa energia às grandes movimentações, no caso, humanas. Basta ver como o público ficou ensandecido, na noite desta terça (10), em São Paulo, quando a banda tocou "Enter Sandman" no Estádio do Morumbi.
Foi o terceiro show da nova turnê no Brasil e o melhor que o Metallica já fez em São Paulo. O setlist não teve "Whiskey in The Jar" nem "The Unforgiven", como em Curitiba, mas nem por isso deixou de ser um repertório respeitável.
James Hetfield, visivelmente disposto a fazer um bom show, até brincou com a seleção de músicas que a banda fez para o público de São Paulo.
"Gostaram dessa?", perguntou, após "One". "Agora vou tocar uma que vocês não gostam", ironizou, antes de "Sad But True".
O Morumbi definitivamente não é um bom lugar para shows: o acesso é difícil, apesar de já ter sido pior (agora há uma estação de metrô relativamente próxima); e a visão é prejudicada para quem fica nas laterais, opção que surge quando pista e pista Premium ficam lotadas, caso do show do Metallica.
Mas em São Paulo, é só no Morumbi que cabe um show do Metallica. Foi ali que se juntaram a capacidade (70 mil pessoas), a maior entre os estádios da capital paulista; e a estrutura, que colocou o palco completo no gramado. A apresentação em Porto Alegre, por exemplo, não teve toda a parte visual.
O show é igualmente gigante. Une toda a parafernália - incluindo lances pirotécnicos por vezes comparáveis aos do Kiss - à potência e movimentação da banda no palco. Era para terem vindo em 2020 - demorou dois anos, mas valeu a espera.
O Metallica se apresenta nesta quinta (12) em Belo Horizonte, no Mineirão, no último show desta nova turnê brasileira.