One Piece (Divulgação)

Créditos da imagem: One Piece (Divulgação)

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One Piece | Por que a série live-action ainda não hypou os fãs do anime

Principal motivo da insegurança está na própria Netflix

Omelete
4 min de leitura
06.06.2022, às 15H27.

Desde que a Netflix anunciou a produção da série live-action de One Piece, muitos fãs ficaram assustados e com um pé atrás sobre a necessidade dessa adaptação. De forma alguma é justo criticar uma obra que nem sequer foi lançada, mas é preciso entender que essa insegurança sobre a qualidade da série foi injetada neles muitas adaptações atrás — em parte pela própria Netflix.

Quando pensamos em adaptações live-actions de anime, é sempre mais comum lembrarmos das obras ruins antes das boas. Isso porque, em alguns casos, o gosto amargo da decepção é maior que o da recompensa de uma boa obra, como são os casos de Oldboy e Alita. No próprio catálogo da Netflix, encontramos alguns exemplos negativos, como as adaptações de Attack on Titan, Death Note e mais recentemente a de Cowboy Bebop, que apesar de alguns acertos, não soube trazer para a tela os personagens que cativaram os fãs.

Entre todas as adaptações de anime, Cowboy Bebop é a melhor para ser comparada a One Piece até agora. Além da contemporaneidade das produções, a divulgação de Bebop foi muito parecida com a que a série dos chapéus de palha está tendo: elenco perfeito, set incrível, equipe experiente e tudo mais. Com tudo isso à disposição, Cowboy Bebop conseguiu fracassar.

O universo de One Piece torna as coisas ainda mais complicadas para o lado da Netflix. O protagonista, Monkey D. Luffy, é um homem-borracha que consegue esticar qualquer parte do corpo. Ele faz isso constantemente, seja para afanar comida antes da hora, fazer uma piada ou dar uma surra em algum militar da marinha. Recriar as cenas épicas de Luffy em CGI será um grande — e caro — desafio para o streaming. Mas esse cenário não se aplica apenas às habilidades do personagem. Todo o universo criado pelo mangaká Eiichiro Oda foge do convencional e aposta em uma estética fantástica que só ele possui. Os animais, as plantas, os barcos e até o figurino dos personagens são um desafio por si só em uma adaptação live-action, e mudá-los para facilitar o trabalho da produção seria desonesto — e arriscado — com os fãs.

Porém, independentemente do medo ou de qualquer outro sentimento sobre o live-action de One Piece, é preciso dar tempo ao tempo. Até o momento, a Netflix não anunciou nada relevante o bastante para podemos cravar qualquer coisa sobre a qualidade da produção. Muito além de gráficos e sets caros, o que vai satisfazer os fãs de Oda é enxergar no elenco os personagens que os cativam desde o início do século. Adaptar One Piece é um desafio hercúleo em qualquer cenário, mas a Netflix não é inocente a ponto de se aventurar por esses mares sem saber o que a aguarda na grande linha. Nos resta esperar para ver se saber isso fez diferença ou não.

No elenco principal, os atores Iñaki Godoy e Mackenyu (Samurai X) foram escalados para interpretar Monkey D. Luffy e Roronoa Zoro, respectivamente. Jacob Romero Gibson (Greenleaf) será Usopp, Emily Rudd (Rua do Medo) será a ladra de piratas Nami, enquanto o maior cozinheiro de East Blue, Sanji, será interpretado por Taz Skylar (Villain). Shanks, o ruivo, será interpretado por Peter Gadiot.

Morgan Davies (The End), Ilia Isorelýs (A Vida Sexual das Universitárias), Aidan Scott (A Barraca do Beijo 2), Jeff Ward (Agents of SHIELD), McKinley Belcher (História de um Casamento) e Vincent Regan (300) foram escalados respectivamente como Koby, Alvida, Helmeppo, Buggy, Arlong e Garp.

Durante o evento Geeked Week, novos nomes foram confirmados no elenco. O vilão Klahadore será interpretado por Alexander Maniatis, enquanto a doce Kaya será vivida por Celeste Loots; o maior espadachim da Grande Line, Mihawk, será vivido por Steven Ward; Craig Fairbrass será o ranzinza Chef Zeff; Langley Kirwood será o maléfico Capitão Morgan e Chioma Umela será Nojiko, irmã de Nami.

O capítulo de estreia do live-action é assinado por Matt Owens (Luke Cage) e Steve Maeda (Lost). A página de rosto do roteiro credita o criador do mangá original de One Piece, Eiichiro Oda.

Publicada desde 1997 no Japão, a trama acompanha Monkey D. Luffy - que, junto com seus amigos, parte em busca de um tesouro que irá lhe consagrar como o rei dos piratas. Em 1999, One Piece ganhou um anime, que está no ar até hoje e já passa dos 900 episódios.

No Brasil o mangá é publicado pela Panini, enquanto a Crunchyroll se encarrega de transmitir a animação. Ainda não há previsão de estreia para a série live-action de One Piece.

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