A 75ª edição do Globo de Ouro mal começou, mas os presentes no evento já se posicionaram contra os numerosos casos de assédio sexual que vieram à tona em 2017.
Vestindo preto e acompanhadas de ativistas do movimento feminista - a exemplo de Marai Larasi, diretora da organização Imkaan que se dedica a lutar contra a violência contra a mulher no Reino Unido -, as atrizes aproveitaram as entrevistas para chamar atenção para a questão e demonstrar apoio e solidariedade a todas as mulheres que, com coragem, falaram sobre seus casos de abuso.
Debra Messing, protagonista da comédia Will & Grace, aproveitou a entrevista ao E! para criticar a postura do canal com a antiga apresentadora, Catt Sadler, que ganhava duas vezes menos que seu colega, pelo mesmo trabalho. "Fiquei chocada ao descobrir que o E! não acredita que deva pagar as apresentadoras o mesmo que paga aos apresentadores. Quer dizer, sinto saudades de Catt Sadler. Nós a apoiamos e isso é algo que pode mudar no futuro."
Seth Meyers, o apresentador da cerimônia, também não deixou o tema passar batido no seu monólogo de abertura. Logo de cara, ele fez piadas com os grandes casos, a exemplo de Kevin Spacey. “Christopher Plummer está disponível para substitui-lo também?”, brincou sobre a nova fase de House of Cards.
Entre os discursos mais emocionantes da noite sobre o tema, Elisabeth Moss leu um trecho do romance de Margaret Atwood, no qual The Handmaid’s Tale foi baseado. “Nós éramos as pessoas que não estavam nos jornais. Vivíamos nos espaços em branco, nas beiras das páginas impressas. Isso nos dava mais liberdade. Vivíamos nos espaços entre as histórias”. A atriz então ressaltou que as mulheres não mais estão nessa situação. Agora, elas escrevem suas próprias histórias.
Assédio em Hollywood
2017 foi marcado por diversas denúncias, que começaram com acusações contra o produtor Harvey Weinstein. Depois disso, vários outros casos vieram à tona, incluindo o de Kevin Spacey, que foi demitido de House of Cards depois disso.
