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Z - A Cidade Perdida | Fora da competição, filme de James Gray lota salas no Festival de Berlim

Organização precisou realizar sessão extra do filme

13.02.2017, às 21H57.
Atualizada em 14.02.2017, ÀS 09H29

Uma pergunta se espalha por todas as bocas, das mais diferentes línguas, no 67º Festival de Berlim: por que Z - A Cidade Perdida não entrou na disputa pelo Urso de Ouro do evento, uma vez que se espalha pela cidade a (boa) impressão de que se trata do mais bem lapidado filme do evento?

A pergunta ganhou mais fervor depois que o novo filme do diretor James Gray (A Imigrante) lotou sua sessão em um cinema de cerca de 700 lugares, obrigando a organização da mostra a criar, às pressas, uma segunda sessão (que também lotou) desta aventura sobre o explorador Percy Fawcett. O papel coube a Charlie Hunnam e, a discussão geral aqui, é que, fosse o longa-metragem um dos indicados a prêmios, a láurea de melhor ator seria dele.

Calcado na Amazônia, com várias referências ao Brasil, incluindo um anão que fala português, este épico intimista, cuja fotografia (de Darius Khondji) acentua um tom claustrofóbico, é produzido por Brad Pitt e, estima-se a vinda do galã por aqui nesta terça, para apoiar Gray. Mais do que recriar as expedições amazônicas de Fawcett - onde este NUNCA ataca os índios, num sinal de respeito pelas culturas da selva -, Gray investe na investigação histórica, ressaltando o envolvimento de seu protagonista na I Guerra Mundial. As cenas de batalha em trincheiras levaram a Berlim um colorido ocre, sangrento, mas visualmente sofisticado.

No boca a boca local, o filme que mais cresce no gosto do público, tornando-se um dos favoritos a levar o prêmio do júri popular, tem sangue brasileiro em suas veias ítalo-americanas: Call Me By Your Name, de Lucca Guadagnino, produzido pela paulistana RT FEATURES (de Alemão), com foco na paixão LGBT entre um adolescente e um arqueólogo americano em formação (Armie Hammer). De todos os concorrentes ao Urso de Ouro de 2017, os mais badalados no gosto alemão são o chileno Una Mujer Fantástica e o britânico The Party. Nesta segunda, foi exibido o mais fraco dos competidores: o germânico Bright Nights, sobre uma viagem de um pai e um filho que nunca foram próximos. Sua narrativa letárgica e seu elenco pautado pela canastrice emperra qualquer componente afetivo prometido pelo enredo. 

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