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8 filmes de terror para se horrorizar no Dia das Bruxas

De Hereditário à Psicose, veja como tornar sua noite ainda mais arrepilante

31.10.2018, às 20H39.
Atualizada em 27.03.2020, ÀS 10H24

No Brasil, o Dia das Bruxas não têm o mesmo significado cultural que nos Estados Unidos - mas isso não significa que a data não tenha sua versão nacional. No país, assim como em muitos outros, é a oportunidade perfeita para comemorar o amor pelo macabro com fantasias e filmes de terror.

Para aproveitar essa noite do medo, listamos 8 filmes disponíveis em serviços de streaming para assistir e se horrorizar.

Hereditário (2018)

Disponível no Amazon Prime Video

Primeiro longa de Ari Aster, Hereditário rapidamente se tornou um dos queridinhos de 2018 - e é fácil entender o motivo.

O filme acompanha uma família sendo tomada pelo luto após a morte da avó. As coisas começam a ficar gradualmente mais estranhas e sobrenaturais ao ritmo que Annie (Toni Collette), filha da falecida, passa a acreditar que ela e seus filhos estão sendo perseguidos por algum tipo de presença malígna.

Com humor negro único, Hereditário discute a natureza das relações familiares através da profanidade e do medo. Isso cria alguns momentos sádicos e inesquecíveis, com destaque para os momentos finais do filme - onde tudo fica ainda mais aterrorizante e demoníaco. Não é um filme para se assustar, e sim um para traumatizar a alma.

Raw (2016)

Disponível na Netflix

Quando se trata de testar os limites, os franceses vão aos extremos. Raw, filme de estreia da diretora Julia Ducournau, é um desses exemplos.

A trama acompanha uma garota vegetariana que está entrando na universidade quando, durante o trote, é forçada a comer carne pela primeira vez na vida - despertando um desejo insaciável por carne humana.

Apesar da premissa sobre canibalismo, a direção de Ducournau equilibra as sensibilidades de uma história sobre crescimento com a violência explícita e animalesca dos atos da protagonista. É de embrulhar o estômago, mas também muito memorável.

A Bruxa (2015)

Disponível na Netflix

A Bruxa, desde seu estrondoso sucesso em 2015, é um filme divisivo: ou ele faz pouco efeito em você, por seu ritmo lento e formato que foge do tradicional, ou ele te marca como um horripilante crescendo de terror demoníaco.

O longa de época acompanha uma família de puritanos que se vê expulsa de sua comunidade religiosa, sendo forçada a começar do zero no meio do nada. Rapidamente eles passam a acreditar que estão sendo punidos por Deus ao ter o filho mais novo sequestrado e assassinado por uma bruxa da floresta. Sem saber o responsável, os parentes começam a desconfiar uns dos outros - com a jovem Thomasin (Anya Taylor-Joy) sendo acusada de ter um pacto perverso.

Logo de cara, A Bruxa tem personalidade própria: seus diálogos são arcaicos e rebuscados, com trilha sonora que penetra a alma com seus ruídos metálicos e folclóricos. É uma progressão lenta que, assim como Hereditário, torna-se cada vez mais e mais caótica. Só pelo burburinho já vale a pena conferir, mas é certo que A Bruxa mudará sua visão sobre o terror.

Psicose (1960)

Disponível na Netflix

Se filmes de terror podem ser considerados como obras de arte, ou pelo menos material de Oscar, isso se deve ao clássico absoluto de Alfred Hitchcock: Psicose. O filme de 1960 deu fôlego artístico e relevância ao gênero, que já estava seguindo direções absurdas e cada vez mais nichadas na época.

A trama mostra uma mulher chamada Marion Crane (Janet Leigh) que dá um golpe em seus chefes e foge com uma grande quantia de dinheiro da empresa. Durante sua fuga e uma forte tempestade, ela decide descansar durante a noite em uma acomodação de canto de estrada chamada Bates Motel. Após flertar um pouco com o balconista, Norman Bates (Anthony Perkins), ela passa a acreditar que está sendo observada - e ameaçada - pela mãe do rapaz.

Como todo clássico, é comum que uma grande parcela de fãs de cinema conheçam o legado de Psicose - como Bates Motel, série derivada - mas nunca a obra original. Como Hitchcock não ganhou o título de "mestre do suspense" a toa, o filme se mantém aterrorizante até hoje por seu mistério envolvente, reviravoltas e atuações excelentes. Você pode até achar que já sabe tudo sobre o filme - afinal, seus maiores plot twists já tornaram-se referências da cultura pop - mas não há dúvidas de que Psicose ainda vai encontrar uma forma de te surpreender.

Arraste-me para o Inferno (2009)

Disponível para comprar e alugar no Google Play e iTunes

Merecidamente, o diretor Sam Raimi ficou marcado por ter começado sua carreira com o pé na porta ao comandar a trilogia de terror trash Evil Dead, um influente marco da sanguinolência e humor negro para a década de 1980. Já nos anos 2000, o cineasta voltou a ganhar renome por sua trilogia de filmes do Homem-Aranha, protagonizada por Tobey Maguire. Porém em 2009, dois anos após o fracasso de Homem-Aranha 3 (2007), era hora de voltar ao gênero que o consagrou.

Arraste-me para o Inferno acompanha Christine Brown (Alison Lohman), uma corretora de seguros que sofre pressão no trabalho para ser mais fria - afinal, a garota se comove facilmente com as histórias de seus clientes, o que é financeiramente ruim para a empresa. Na tentativa de ser mais profissional, ela acaba confisca a casa de uma senhora - que, em troca, amaldiçoa sua alma. Christine então precisa encontrar uma forma de se redimir enquanto é atormentada por visões cada vez mais agressivas.

Enquanto o longa não é tão marcante quanto Evil Dead, Arraste-me para o Inferno mais do que compensa a mão na violência e na tensão, criando um filme sufocante. O retorno de Raimi para o terror foi bem recebido na época, e abriu espaço para que ele retomasse as aventuras de Ash Williams (Bruce Campbell) na excelente série de TV Ash vs. Evil Dead.

Todo Mundo Quase Morto (2004)

Disponível no Amazon Prime Video

A Noite dos Mortos-Vivos, clássico de 1968 de George Romero, foi um ponto de virada na vida de muitos jovens cineastas até muitos anos depois de seu lançamento. Pelo filme ter acidentalmente sido lançado como domínio público, isso também permitiu que muitos dos amantes da obra criassem tributos - o que praticamente criou o gênero de zumbis. Nos anos 2000, por outro lado, os filmes de zumbi estavam chegando no limite, e foi ai que Edgar Wright decidiu brincar com os clichês.

Todo Mundo Quase Morto é o início da chamada Trilogia Cornetto, composta por Chumbo Grosso (2007) e Heróis da Ressaca (2013). A trama acompanha um cara meio perdedor chamado Shaun (Simon Pegg) que tenta melhorar sua vida ao se reconciliar com sua família e ex-namorada. O que ele não esperava era um surto de mortos-vivos para atrapalhar sua jornada.

A comédia de humor negro se mantém relevante até hoje, visto que muitos dos clichês permanecem nos filmes de zumbi, e muito se dá pelo carisma de Pegg e Nick Frost. Todo Mundo Quase Morto é uma das raras combinações entre terror e comédia que acerta a mão nos dois gêneros.

O Que Fazemos nas Sombras (2014)

Disponível na Netflix

Taika Waititi ganhou os holofotes mundiais ao comandar Thor: Ragnarok, uma aventura do Deus do Trovão que não se levava nem um pouco a sério. Acontece que o diretor já havia mostrado seu potencial cômico em 2014 com o excelente O Que Fazemos nas Sombras.

O falso-documentário coloca um grupo de cineastas para viver em uma república de vampiros na Nova Zelândia, acompanhando o cotidiano das peculiares criaturas tentando ter uma vida descolada e lidando com o amor, aluguel e a rivalidade com os lobisomens.

O filme abraça todo seu humor bobo e usa de clichês vampirescos para criar seus vários personagens marcantes. Waititi, que dirige e também atua no projeto, sabe trabalhar muito bem o contraste entre criaturas peculiares e o mundo moderno, ao ponto que qualquer coisa que joga na tela arranca risadas e interesse - não é a toa que o longa ganhará duas séries de TV, já que consegue desenvolver boas histórias a partir de praticamente qualquer coisa.

Enigma de Outro Mundo (1982)

Disponível na Netflix

O nome de John Carpenter voltou a ganhar relevância com a chegada do novo Halloween (2018), ao qual produziu e compôs a trilha sonora. O diretor é polêmico, tendo criado desde clássicos que moldaram os anos 80 à filmes simplesmente esquecíveis e pouco inventivos. A série de fracassos criativos e financeiros levaram com que Carpenter se afastasse da direção por completo, passando hoje seus dias trabalhando com música e comentando videogames no Twitter. Mesmo assim é impossível desmerecer sua carreira, e Enigma de Outro Mundo é o argumento definitivo disso.

Ambientado no inóspito frio da Antártida, a trama mostra a equipe de uma base de pesquisa tendo contato com uma nave alienígena que estava em presa no gelo. Eles então retiram uma banheira de gelo e levam para dentro, e é ai que as coisas começam a dar errado: uma criatura, capaz de imitar a aparência e voz dos humanos, se descongela e passar a infiltrar o grupo. Presos dentro da estação até a chegada de ajuda, um passa a desconfiar do outro - afinal, o monstro pode ser qualquer um deles.

O longa de Carpenter coloca tanto os personagens quanto o espectador no mesmo patamar: é impossível saber quem é o monstro e quem são os humanos. A paranóia toma conta ao ritmo que a criatura vai eliminando um por um, e essa desconfiança gera cena sufocantes como um teste de sangue para descobrir quem está mentindo. Apesar de ser um filme dos ano 80, Enigma do Outro Mundo segura facilmente a barra, seja pelo seu excelente roteiro ou pelos grotescos efeitos visuais das mortes e monstros - tudo feito na mão, sem nada de computador.

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