Arte de Trial of the Amazons

Créditos da imagem: DC Comics/Divulgação

CCXP

Notícia

Trial of the Amazons: Artistas destrincham crossover da Mulher-Maravilha na CCXP

Painel da DC no Artist’s Valley reuniu três equipes responsáveis pelo mito da heroína nas HQs

Omelete
5 min de leitura
05.12.2021, às 17H49.
Atualizada em 05.12.2021, ÀS 20H09

Entre as muitas novidades que embalaram o Artist’s Valley da CCXP Worlds 21, a DC brindou os fãs da Mulher-Maravilha com um painel especial dedicado a Trial of the Amazons (Julgamento das Amazonas, em tradução livre), o primeiro mega-crossover da Mulher-Maravilha em 30 anos. Apresentado pela editora associada Brittany Holzherr, ele reuniu artistas por trás de três das principais revistas dedicadas ao mito da heroína para revelar detalhes até então inéditos sobre essa trama épica.

Participaram do papo Joëlle Jones, responsável pela história da Mulher-Maravilha brasileira, Yara Flor, em Wonder Girl; Stephanie Williams, escritora de Nubia and the Amazons; e Becky Cloonan e Michael Conrad, roteiristas da revista Mulher-Maravilha, que traz o retorno de Diana Prince à vida. É essa equipe, em conjunto, que reunirá suas narrativas para apresentar em Trial of the Amazons uma trama digna dos 80 anos da personagem.

“Não quero contar muito, porque parte da diversão é a surpresa, mas veremos esses vários quadrinhos construírem juntos esse crossover. Basicamente, existe Themyscira, existem as Bana-Mighdall, existem as Esquecidas; existem essa outras tribos amazonas que surgiram e que querem ser validadas”, explicou Cloonan. “Ao mesmo tempo, há muita mudança em Themyscira, com a Mulher-Maravilha voltando ao mundo. Há muito que precisa ser pensado e resolvido”.

Segundo os artistas, o crossover tem em seu estopim o surgimento da Porta da Perdição, um portal guardado no centro de um poço que se abriu em Themyscira, de onde saíram ainda mais Amazonas e que deve ser guardado para impedir a travessia de forças malignas para a nossa realidade. Em uma disputa sagrada pelo direito de guardar essa passagem, a história trará as tribos marginalizadas das Esquecidas, de Yara Flor, e das Bana-Mighdall, de Artemis, até Themyscira – tudo enquanto Núbia se consolida como nova rainha da Ilha do Paraíso e Diana Prince volta dos mortos para reavaliar o papel de Mulher-Maravilha.

“Nubia and the Amazons é o prelúdio de Trial of the Amazons. Estamos mostrando o que acontece em Themyscira antes de tudo começar a pegar fogo com o julgamento”, explicou Williams. “Themyscira está aberta para negócios, agora temos novas amazonas, a Núbia teve sorte que ao assumir a coroa e ainda mais Amazonas saíram do poço. Ele está conectado à Ilha? Eu acredito que sim. E o que essa conexão significa para Themyscira? Com o que mais eles estão conectados? São questões que vamos responder”.

Assim, os principais conflitos de Trial of the Amazons devem se concentrar na dura reconciliação entre Themyscira e as outras tribos Amazonas, e no processo de Diana para não só absorver o novo mundo que ela encontra em seu retorno mas também aceitar um novo papel nele. Como afirmou Cloonan: “Com a Núbia ascendendo ao trono e mais Amazonas ficando mais fortes nessa cultura, só posso imaginar que Diana está sentindo que não precisa ser a campeã sozinha. Ela pode aprender o que significa estar viva de novo”.

Núbia, nos quadrinhos da DC Comics
DC Comics/Divulgação

“Enquanto Diana esteve morta, Hipólita, a mãe dela, tomou seu lugar no mundo dos homens. E, quando ela volta, as coisas não estão fáceis, ela nunca pode descansar. Essas coisas todas estão acontecendo em Themyscira, mas ela está tão ocupada que nunca consegue focar nisso. Ela sabe que as coisas mudaram, e parte do retorno dela é aprender o que mudou e tentar recuperar esse tempo perdido”, adicionou a quadrinista.

MULHER-MARAVILHA À BRASILEIRA

Com Yara Flor finalmente visitando Themyscira e, espera-se, interagindo diretamente e em solo de Themyscira com Diana, Núbia, Artemis e outras personagens tradicionais do mito das Amazonas, o Brasil deve ter papel de destaque em Trial of the Amazons. Comentando seu trabalho a frente de Wonder Girl e por trás das sul-americanas Esquecidas, Jones valorizou a parceria com a ilustradora brasileira Adriana Melo em trazer a nossa cultura às páginas da DC.

“Me sinto orgulhosa por poder entregar outra tribo ao mito das Amazonas e estou animada para mostrar ao mundo como elas funcionam comparadas a Themyscira e às Bana-Mighdall”, afirmou a roteirista. “Foi preciso muita pesquisa, é muito trabalho, mas tem sido muito divertido. Acho que não conseguiria viver com tudo que preciso aprender – a língua, os costumes, a cultura – se não amasse isso. Mal posso esperar para compartilhar meu entusiasmo”.

Resumindo o coração do crossover, Conrad acrescentou: “Queremos mostrar um pouco das desigualdades do mundo, de forma leve e divertida, claro. Não queremos encher as pessoas com declarações, mas é uma história importante”. De acordo com o escritor, as tensões entre Themyscira e as Bana-Mighdall serão centrais para isso. “Diana fica intimidada com essa relação. É uma tribo que ela já defendeu no passado, mas esse é um grupo marginalizado que quer espaço na Ilha do Paraíso, e ela sabe que não pode consegui-lo sozinha. Ela sabe que todo o grupo precisa se reunir e pensar na questão; reconciliar erros bem ofensivos cometidos por mulheres que não costumam errar muito”.

Dando o tom da leveza que afirmou querer equilibrar aos temas mais sérios, Conrad ainda brincou com a importância que os cangurus terão na história, servindo mais uma vez como meio de transporte para as Amazonas. "O canguru Jumpa é um dos personagens menos utilizados no mito da Mulher-Maravilha, mas queremos mudar isso”, disse, antes de retomar o tom de seriedade e dizer: “Espero que as pessoas captem todos os avanços do mito da Mulher-Maravilha, que só vai aumentar”.

Ainda sem previsão de lançamento no Brasil, Trial of the Amazons será lançado nos Estados Unidos em Março de 2022.

CCXP WORLDS 21

O sábado, primeiro dia de CCXP Worlds 21, foi encerrado com um painel gigante da Sony Pictures, que revelou o teaser e título de Homem-Aranha no Aranhaverso 2, assim como um terceiro filme da animação, um novo teaser de Morbius e a reunião dos três vilões de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Ainda, a Netflix divulgou a primeira prévia do novo Massacre da Serra Elétrica, a Paramount trouxe as protagonistas de Pânico e a HBO Max aqueceu para os lançamentos de 2022, dando destaque a Peacemaker.

O domingo, segundo dia de evento, conta com anúncios de MSP, Amazon Prime Video e um painel de encerramento da Warner Bros que contará com o elenco de Matrix Resurrections.

Todo o conteúdo revelado ficará disponível para fãs com credenciais Digital e Home Experience. Ainda é possível realizar o cadastro gratuito para a credencial Free ou adquirir o pacote Digital da CCXP Worlds 21.

A CCXP Worlds 21pode ser acompanhada no site oficial da CCXP ou na Twitch.

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