King Diamond é um dos principais nomes do rock mundial. Com trabalhos marcantes e responsáveis por influenciar grupos de peso como Motorhead, Metallica e Slayer, o artista retorna ao Brasil, no próximo domingo 25 junho, para apresentação única na América do Sul. O grupo que leva o nome de seu frontman, é a atração principal do Liberation Festival (que conta ainda com Test, Heaven Shall Burn, Carcass e Lamb of God) e apresenta na íntegra um de seus trabalhos mais emblemáticos, Abigail, lançado em 87. Diamond, nome artístico do dinamarquês Kim Bendix Petersen, de 61 anos, concedeu uma entrevista exclusiva ao Omelete e comentou sobre a nova fase da banda, sua saúde e a expectativa de fazer um show inesquecível em terras tupiniquins - veja abaixo.
A conversa começa com a inevitável pergunta: Por que o grupo demorou tanto para voltar ao Brasil? Diamond afirma que essa demora, às vezes, faz parte da rotina da banda e existem vários lugares que o grupo nunca tocou, citando a Austrália como exemplo. O músico também comenta que esse fator se somou a um período recente no qual ele ficou impossibilitado de viajar longas distâncias por causa de problemas nas costas. No entanto, faz questão de enfatizar que “Dessa vez nós estamos voltando ao Brasil no melhor momento para ver e ouvir King Diamond. A banda está soando muito bem e a produção é algo que vocês nunca viram antes. É muito especial. Nós estamos levando tudo para o Brasil. Vai ser algo que vocês não vão esquecer, eu posso garantir”.
Isso fica nítido, principalmente porque a turnê que vem ao Brasil, faz parte das únicas três apresentações que o grupo irá fazer em 2017. King Diamond comenta que o grupo realizou um show na Cidade do México, despachou todo o material de navio para o Brasil e após a apresentação por aqui, irá fazer o mesmo procedimento, enviando o palco para Las Vegas. “É incrível pra nós poder levar tudo para os nossos shows".
Mudanças na vida e na carreira
Diamond fala ainda sobre as mudanças que aconteceram em sua vida e na estrutura da banda durante os 21 anos que ficou sem passar pelo Brasil. O frontman comenta que entre os principais acontecimentos que maracaram o período estão um grave problema de saúde que o fez passar por uma operação delicada e, consequentemente, alterou toda a sua rotina fora dos palcos. O vocalista parou de fumar, passou a fazer exercícios regulares e isso pode ser visto em suas performances: “Eu não estou cansado durante o show. Me apresentar agora é mais prazeroso e minha voz está melhor do que nunca”.
Em conjunto com esse processo, o frontman também coloca em evidência a equipe de produção que o acompanha em seus shows, “[...]a equipe está bem maior e mais profissional”. A estrutura do show é algo mais complexo e também ajudou a melhorar o som que a banda entrega para seu público. “Nós nunca soamos tão bem. A banda está mais ajustada, nós soamos muito bem juntos e eu não preciso mais me preocupar se as coisas estão sendo feitas da forma certa. Agora, eu só subo lá me preocupo em realizar uma boa performance e aproveitar um tempo sensacional com os fãs”. Diamond parece bem animado com seu novo sistema de trabalho e confessa que em alguns momentos as pessoas precisam pedir para que ele espere um pouco mais para subir ao palco.
Sobre o clássico Abigail
Abigail, o disco que o grupo irá apresentar na íntegra, já tem 30 anos e se mantém como um clássico do metal. Diamond comenta que retornar à uma obra tão marcante tem sido algo muito bom para ele e para a banda. “Nós voltamos a apresentar o disco em 2015 e continuamos no ano seguinte. Temos dado aos fãs a sensação de 1987 que ele carrega”. O músico, atualmente, também está trabalhando em um novo projeto com faixas inéditas, algo que não fazia há 10 anos, e comenta que o retorno ao estúdio tem sido bem intenso. “Voltar a tocar Abigail fez a gente querer soar daquela forma. Nós fomos inspirados por essa sonoridade. Por isso pegamos todos os settings que usamos no estúdio quando gravamos o disco para usar nesse novo álbum. O projeto terá uma nova história, com certeza, mas a sonoridade será essa”, e destaca que esse “Pode ser o melhor que nós já fizemos”.
Sobre a data de lançamento, o músico afirma que não tem nada planejado e que também está trabalhando na edição de um show para Blu-Ray. Quando perguntado se o novo material pode ser lançado em 2018, ele não nega nem confirma, mas é enfático ao afirmar que para chegar às lojas “O disco precisa estar certo. Se você começa com datas de fechamento, isso cria alguns problemas às vezes. Nós queremos ele pronto. Nós queremos ele lançado logo para que possamos sair em turnê. Quando estiver pronto, vai estar pronto. Mas não estamos acelerando. Tem que ser perfeito”.
Ainda sobre o novo disco, Diamond comenta que o tipo de música que o grupo quer fazer é influenciado pelo som de Abigail, com violoncelos, violinos e outros instrumentos de corda. “Nós queremos essas influências criando as dinâmicas do próximo disco. Nós estamos sendo mais inspirados por esses elementos do que por qualquer outra coisa”. E encerra avisando: “Esse é o melhor momento para ver e ouvir King Diamond, a banda está incrível! Esse é o melhor momento para nos ver no palco. Com certeza vocês vão adorar isso e vocês não irão esquecer desse show”.
Liberation Festival com King Diamond
Quando: Domingo, 25 de junho, a partir das 16h
Onde: Espaço das Américas - Rua Tagipuru, 795
Ingressos
Pista: R$ 300,00 (inteira) | R$ 150,00 (meia-entrada)
Pista Premium: R$ 500,00 (inteira) | R$ 250,00 (meia-entrada)
Mezanino: R$ 500,00 (inteira) | R$ 250,00 (meia-entrada)
Compra pela internet no site Ticket 360
Horários das atrações:
17h30 - Test
18h10 - Heaven Shall Burn
19h10 - Carcass
20h30 - Lamb of God
22h15 - King Diamond