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Crítica

Tales of Xilia Remastered é uma maravilha de outros tempos

Um remaster que melhora o original, sem quebrar sua magia

3 min de leitura
DS
04.11.2025, às 17H57.

Parece que já faz muitos anos desde que a onda dos remasters começou, e de fato faz mais de década a esse ponto. O ato das empresas de relançarem seus jogos é uma mistura de ganância e benevolência, onde na maioria das ocasiões o segundo sobressai o primeiro. A estratégia abordada pela série Tales of segue essa linha, visando a disponibilidade dela nos consoles modernos, já tendo lançado diversos remasters no passado. Agora, com a chegada de Tales of Xillia Remastered, a Bandai Namco traz esse queridinho do PS3 para os consoles modernos.

Divulgação/Bandai Namco

A história da dupla Jude Mathis e Milla Maxwell, e seus companheiros, está tão bela quanto foi no passado. Mais uma vez nos é mostrado que o PS3 ainda possui muitos jogos presos em sua geração, e merecem se ver livres das amarras dela, para todos desfrutarem.

Não vamos cair naquele jogo da confusão entre remake e remaster: aqui temos um remaster puro. Pouco conteúdo foi modificado ou criado, tendo pequenas adições que visam apenas melhorar a qualidade de vida do jogo, ou modificando o mínimo possível.

As maiores adições vêm na forma de um marcador de objetivo no mapa e na disponibilidade da Grade Shop, loja de vantagens e modificações macro do gameplay, logo no início do jogo. O primeiro é extremamente bem-vindo, já o segundo é um pouco desnecessário.

Divulgação/Bandai Namco

Um simples indicador de onde temos que irmostra-se a melhor adição do remaster, já que seus mapas são muito blasé, e confundir a direção para onde temos que ir e o lugar que nos encontramos é difícil por si só. Os sinais de um jogo do PS3, de um orçamento não tão alto, continuam à mostra, o que não é de todo ruim, mas certos aspectos como esse mostram como a reavaliação é sempre bem vinda. Esses RPGs dos anos 2010 tem um charme único, e Tales of Xilia o exala.

Alguns podem reclamar, mas liberar o Grade Shop logo de início não machuca ninguém. Agora, ter a loja sem precisar zerar o jogo, é mais uma ferramenta de customização e facilitação do que uma recompensa, e pode ser ignorada por quem não quiser engajar com ela. Sem contar que as modificações podem ser alteradas a qualquer momento, no menu do jogo, mostrando que no final do dia a adição não possui muito peso.

Divulgação/Bandai Namco

O combate e a exploração seguem intactos e muito divertidos. A mistura de RPG com beat’em up da série Tales of foi feito para se jogar em 60 FPS. O upgrade para o 4K, com telas de carregamento extremamente rápidas, dão a agilidade necessária para acompanhar a porradaria — que pode cansar no começo, pelas poucas opções, mas ao final desabrocha em combos e interações muito divertidas.

Infelizmente nem tudo é melhorado nesse Remaster. Os mapas e ambientes são datados, tudo é muito vazio e mais do mesmo. As regiões entre cidades e vilarejos são lotadas de monstros, o que parece ser uma tentativa falha de preencher esse vácuo. Eles, junto com alguns elementos das roupas dos personagens, não parecem ter tido o tratamento que deveriam quando aumentada a resolução para esse Remaster.

Divulgação/Bandai Namco

O resto do jogo continua incrível, como um bom jogo da série Tales of é. Personagens marcantes e carismáticos, suas interações momentâneas, combate ágil, trilha sonora fantástica e uma história marcante mostram o porquê de Tales of Xilia se destacar dos outros RPGs da sua geração. Poder desfrutar dessa jóia do PS3, agora no PS5 (e outras plataformas), é uma aventura que ninguém gostaria de perder.

Nota do Crítico