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Arknights Endfield: Combate e visual empolgam, mas ambição preocupa

Omelete participou de evento com demonstração antecipada do game

4 min de leitura
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11.11.2025, às 13H00.

Créditos da imagem: Divulgação/Gryphline

Desde Genshin Impact, consoles e PC foram inundados de jogos free to play com elementos de mundo aberto e monetização gacha, uma tradição que outrora era mais prevalente em jogos para celulares.

Cavando espaço nesse mercado, a publisher Gryphline aposta que Arknights: Endfield, um RPG de ação em tempo real com elementos construção de base e automação de fábricas, se diferenciará da concorrência e conquistará uma comunidade forte mundo afora.

Em Los Angeles, jogamos cerca de cinco horas da build que será disponibilizada para o público como um beta aberto no próximo dia 28 de novembro, o último período de testes do jogo antes do lançamento oficial, previsto para o início de 2026. O jogo deixou boas impressões em diversos aspectos, assim como dúvidas sobre o potencial de retenção da atenção de jogadores além das primeiras horas, dada a complexidade dos diversos sistemas apresentados logo de início.

Dois pontos causaram impacto positivo imediato. Em primeiro lugar está o visual do game, uma mistura bem executada de personagens de anime com ambientes realistas. Em particular, os designs do protagonista do jogo, outros bonecos controláveis e coadjuvantes da história são variados e criativos e nos remeteram à série Xenoblade Chronicles, onde humanoides com orelhas - e outras características - de animais são prevalentes.

Os ambientes também nos impressionaram, especialmente a cidade de Wuling, a qual mistura elementos tradicionais da cultura chinesa com tecnologias e paisagens futuristas. Nela ficam claras algumas referências do mundo real, como a cidade “viral” Chongqing, com toda sua verticalidade, e a Academia de Artes da China, universidade de membros do time de desenvolvimento.

Divulgação/Gryphline

Quanto à jogabilidade, o combate em tempo real com o controle de até quatro operadores foi a maior estrela da demonstração. Os sistemas de Arknights: Endfield pareceram extremamente satisfatórios ao equilibrarem ataques básicos, esquivas com precisão, e ataques especiais que causam efeitos de status nos oponentes. 

Simples na superfície, o combate aparenta um nível elevado de profundidade e diversidade, visto que você deve alternar ataques especiais no controle simultâneo de operadores, sendo um principal e outros três auxiliares. De pronto, o elenco já conta com mais de 20 operadores, cada um com características distintas: uns melhores no combate corpo a corpo, outros à distância, uns com golpes elementais de fogo, outros com habilidades de suporte - e por aí vai.

Serão milhares de combinações possíveis, um ponto positivo e também motivo de hesitação sobre a retenção de jogadores. Tendo jogado cerca de cinco horas e pulado para diferentes pontos da campanha, ficou a dúvida se Arknights: Endfield não dá um passo maior que a perna.

O jogo é inquestionavelmente ambicioso e tem pontos fortes óbvios, mas é difícil ter confiança que todas as peças apresentadas se encaixarão. Fizemos questão de jogar do começo da campanha até a apresentação do sistema de automatização de fábricas, uma camada de jogo que é o alicerce de outros games (Satisfactory, Factorio) e aqui é um adicional - assim como elementos sociais à la Death Stranding.

Divulgação/Gryphline

Apesar do investimento da desenvolvedora Hypergryph, a introdução da história não é engajante o suficiente e a quantidade de informações lançadas sobre o jogador em poucas horas é excessiva. Não fomos os únicos a ficar confusos tentando lembrar que botão apertar ou qual menu abrir para executar uma ação introduzida cerca de meia hora antes. E isso foi antes da automação de fábricas ser apresentada.

Em conversa com a imprensa, os cofundadores do estúdio Light Zhong e Ryan mostraram que a equipe de desenvolvimento está coletando feedback dos jogadores e implementando soluções para os principais questionamentos. Entre os exemplos citados estavam a inclusão de um sistema de modelos para facilitar a automação de fábricas e a reformulação do moveset de personagens.

No próximo dia 28, os interessados terão a oportunidade de experimentar uma versão quase final de Arknights: Endfield no PC e celular (Android e iOS), tirar suas próprias conclusões e ajudar a melhorar o game antes do lançamento inicial em 2026. O potencial do jogo é evidente, resta ver se a Hypergryph juntará as peças de uma maneira coesa e manterá o jogo vivo com novas levas de conteúdo de qualidade.

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