Gigantes do mainstream como Sony e Paramount estão estudando novos modelos de negócio para lucrar com seus filmes no mercado do streaming.
De acordo com a newsletter de Lucas Shaw no portal Bloomberg, os exemplos recentes de longas como Madame Web (2024) - que fracassaram nos cinemas, mas explodiram no digital - tem levado os grandes estúdios a considerar outros critérios além da bilheteria na hora de determinar o valor pelo licenciamento de seus próximos títulos.
Os primeiros reflexos dessa tendência podem ser sentidos no novo acordo celebrado entre a Universal e a Netflix. O estúdio terá o direito de lançar as produções próprias primeiro no Peacock, streaming da casa, para só depois de alguns meses licenciá-los para a Netflix - e ainda poderá "reivindicá-los" de volta dentro de certo período.
É algo parecido com o que já vem sendo feito pela Warner Bros., que tem dado prioridade ao seu HBO Max no lançamento de produções próprias antes de licenciá-las a parceiros como Netflix e Prime Video.
O chefe da Paramount Skydance, David Ellison, pretende usar estratégica idêntica à da Universal. A ideia é colocar os filmes da casa primeiro no Paramount+, como estratégia de impulsionamento interno, e somente depois de alguns meses vendê-los a clientes como Amazon, Hulu e HBO Max.