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007 - Quantum of Solace

Cheio de ação, vigésimo segundo filme da série é o mais curto de todos

06.11.2008, às 00H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H23
Há algumas semanas, nosso correspondente em Los Angeles, Steve "Frosty" Weintraub

007 - Quantum of Solace

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, editor do Collider.com , ligou só para nos deixar com medo. Ele disse que uns amigos, que também participam do círculo hollywoodiano, já tinham visto o esperado 007 - Quantum of Solace ( Quantum of Solace , 2008). As considerações deles eram de que além de ser o mais curto da série, era também bastante fraco.

Já dissipando de vez esse boato, o vigésimo segundo filme da mais longa franquia do cinema realmente é o de menor minutagem, mas consegue cumprir as expectativas. Pelo menos as dos fãs. Os cinéfilos, que esperavam algo inovador ou artístico nas mãos do alemão Marc Forster (A Última Ceia, Em Busca da Terra do Nunca, O Caçador de Pipas) podem mesmo se decepcionar, pois o que o cineasta faz é trazer de volta à série alguns elementos que tinham ficado de fora no capítulo anterior. É o caso da vinheta com silhuetas femininas dos créditos iniciais e do jeito galanteador. Nada ainda de Q, as gadgets ou Moneypenny, mas eles não estão fazendo falta. Ainda.

Sim, esse é o filme mais curto da série - o recorde anterior eram os 110 min. de 007 Contra o Satânico Dr. No e 007 Contra Goldfinger -, mas certamente não é o menos agitado. Dos rápidos 106 minutos quase todos eles são correndo de um lado para o outro, pulando atrás dos vilões, acelerando seu novo Aston Martin (que ao final da cena de abertura pré-créditos já está devidamente inutilizável), atirando em alguém, lutando de forma agressiva, pilotando barcos em meio a tiroteios, fugindo sob uma moto ou voando de avião enquanto tenta se esquivar daqueles que querem derrubá-lo.

Ah, tem também o outro tipo de ação, quando Bond usa a sua lábia para se hospedar em um caríssimo hotel e levar para a cama a linda e ruiva Strawberry Fields (ah, os nomes das Bond Girls continuam tão deliciosos quanto suas intérpretes), papel que cabe à quase ex-desconhecida Gemma Arterton (Rocknrolla, Prince of Persia). Por isso, se você tem como costume se entupir de cafeína antes de entrar na sala, recomendo passar pelo cardiologista antes, pois a taquicardia será intensa e ininterrupta.

A história começa do exato ponto em que 007 - Cassino Royale parou, na Itália, e roda o mundo, passando pelo Haiti, Áustria, Inglaterra e Bolívia. Por onde passa, o agente do serviço secreto britânico abusa da permissão para matar que os dois zeros antes do número sete lhe garantem, e vai deixando um escandaloso rastro de sangue. Em uma dessas paradas conhece Camille (Olga Kurylenko), que está em sua própria cruzada vingativa. Enquanto Bond quer pegar os culpados pela morte de Vesper Lynd (Eva Green), Camille vai atrás do ditador que deixou cicatrizes em sua pele e alma.

Todas as sinopses oficiais do filme dizem que os vilões procurados por 007 são os eco-especuladores da Quantum, atualização à antiga SPECTRE. Na minha opinião, o maior perigo que James Bond enfrenta atualmente é a sombra de outro personagem de mesmas iniciais: Jason Bourne. É o mundo-cão dos dias de hoje, que atinge até mesmo os agentes secretos - para o bem e para o mal - e gera comparações. A nova aventura do agente 007 não é um filme ruim, mas está um quantum abaixo do excepcional Cassino Royale.

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