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Os Smurfs | Crítica

Lálálá é o diabo!

04.08.2011, às 16H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

A memória pode ser traiçoeira. Há muita gente que acha que Os Smurfs (Les Schtroumpfs, no original em francês) era um desenho divertidíssimo, enquanto outros tantos dizem que era bobo demais. Como o segundo grupo certamente vai passar longe dos cinemas para ver o filme dos pequenos seres azuis, vou focar este texto mais na primeira turma.

Os Smurfs

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Se tudo deu certo, você amadureceu e coisas que antes achava geniais hoje podem parecer não tão legais assim. Smurfs corre o sério risco de entrar nesta conta. Principalmente se você decidir ir ao cinema levando apenas a pipoca e aquela memória afetiva que estava guardada desde os dias em que podia passar as manhãs livre, na frente da TV.

O longa-metragem que adapta para os cinemas a obra do belga Peyo, é uma produção estadunidense, assim como foi também a série desenhos animados dos anos 80, produzida pela Hanna Barbera. Porém, enquanto o programa que popularizou as criaturas azuis seguia a ideia original e ambientava a aventura na floresta, o filme muda de cenário e vai parar em Nova York. E como já era de se esperar, o novo ambiente não traz tantas situações divertidas. Ao contrário, é vergonhosa a cena em que Neil Patrick Harris e os Smurfs jogam Guitar Hero Aerosmith depois de um longo e exaustivo dia de trabalho.

A trama começa com Gargamel (Hank Azaria) e seu gato Cruel tentando achar a vila dos Smurfs, tal qual no desenho. O seu objetivo, porém, não é comê-los ou transformá-los em ouro, como acontecia no desenho, mas sim capturá-los para criar uma poção que lhe dá poderes quase ilimitados. Com a "ajuda" do Smurf Desastrado, a dupla consegue achar e invadir a vila dos lares de cogumelos. E na hora da fuga, Desastrado mais uma vez apronta e leva Papai Smurf, Smurfete, Gênio, Ranzinza e Corajoso para a Big Apple, seguidos de perto pelo feiticeiro e seu gato.

Na nossa realidade, eles conhecem Patrick (Neil Patrick Harris) e sua esposa Grace (Jayma Mays). Ela está grávida e ele tem a chance de conseguir uma bem-vinda promoção se conseguir convencer sua chefe, Odile (Sofia Vergara), que tem capacidade para ajudá-la no lançamento da sua nova linha de cosméticos.

Embora Harris se esforce, a única atuação que realmente chama a atenção é a de Azaria, que parece saído diretamente das páginas para a tela. Sofia Vergara, coitada, parece uma caricatura da sua ótima personagem em Modern Family e Jayma Mays aparece tão pouco, que poderia ter todas as suas cenas cortadas e provavelmente ninguém sentiria a diferença. Tão desinteressante quanto o 3D, que também não faz falta alguma. E para encerrar um roteiro mais raso que piscina infantil de Smurf há ainda uma tentativa de homenagem à obra de Peyo, que também não deveria existir.

Os Smurfs não foi feito para quem assistiu ao desenho animado quando era criança, mas sim para quem é criança hoje, e pode até acabar se divertindo e sair do cinema cantarolando o hino dos Smurfs. É um resultado menos dolorido do que o trailer antecipava, mas ainda assim precisa comer muita fruta smurf para ficar bom.

Omelete Entrevista Hank Azaria

Os Smurfs | Cinemas e horários

Nota do Crítico
Regular
Os Smurfs
The Smurfs
Os Smurfs
The Smurfs

Ano: 2011

País: EUA

Classificação: LIVRE

Duração: 86 min

Direção: Raja Gosnell

Elenco: Neil Patrick Harris, Jayma Mays, Anton Yelchin, Hank Azaria, Alan Cumming, Katy Perry, Sofía Vergara, Jonathan Winters, George Lopez, Paul Reubens, Kenan Thompson, B. J. Novak, Jeff Foxworthy, Wolfgang Puck, Fred Armisen, John Oliver, Adam Wylie, Gary Basaraba

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