Séries e TV

Crítica

Crítica: Justified

Atmosfera de western e crimes de hoje para quem gosta de policial, mas, curte policiais fora do comum

13.09.2010, às 20H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H07

O canal Space estreia nesta segunda, 13 de setembro, Justified, produção do canal que estreou nos Estados Unidos em março deste ano. A série chega aqui com a segunda temporada já garantida, mas pede paciência. Depois dos 13 episódios iniciais, o segundo ano estreia apenas em 2011.

O centro de Justified é Raylan Givens, um xerife que não segue bem as normas e é obrigado a aceitar uma transferência de Miami para o interior do Kentucky. Raylan é interpretado por Timothy Olyphant, que já foi um marshal em Deadwood e traz muito do Seth Bullock daquela série para seu novo trabalho. Givens vive no presente, mas poderia ser transferido sem problemas para o velho oeste.

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Rápido no gatilho, sem frescuras, ele é um homem direto, como o descreve o escritor Elmore Leonard. A série é inspirada em dois de seus livros, Pronto e Riding the Rap, e o piloto saiu de um de seus contos, "Fire in the Hole" (Fogo no Buraco). Durante o depoimento que define sua saída de Miami, Givens não hesita em cortar explicações, ir direto ao ponto e dizer que a morte do criminoso foi justificada. O público ouve a explicação várias vezes até saber que a conversa entre o mocinho e o bandido começou bem antes de seu encontro final em Miami.

O piloto também aponta alguns detalhes importantes para conhecer Raylan. Assim como os outros rapazes da cidade, ele trabalhou numa mina de carvão. Também foi apaixonado por uma colega de escola que casou com outro. E, o que o empurrou de vez para ser um policial, seu pai é um criminoso. Apesar dos problemas, é um cara de fala mansa, que trata bem até quem aponta uma arma para o seu peito, mas avisa que só tira a arma do coldre para matar.

Os outros policiais do interior também têm seus esqueletos no armário. Tim Gutterson (Jacob Pitts) é um ex-atirador de elite, figura que tem feito sucesso nos seriados. A equipe tem ainda o chefe Art Mullen (Nick Searcy) e Rachel Brooks (Erica Tazel). Art parece um velho delegado pai de todo mundo, mas durante uma emboscada no primeiro episódio, ele e a equipe mostram que nada têm de simplórios. O tom é sério, mas com aquelas piadas secas que lembram os westerns dos tempos em que Hollywood filmava no Death Valley.

Os próximos episódios prometem mostrar mais dos problemas de Raylan, que parece atrair tiroteios, não teme responder a eles e só erra o alvo quando quer. Definitivamente não é um cara certinho, mas não é nenhum monstro também.

Nota do Crítico
Bom

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