Marvel acabando com a linha Epic

Com a saída de Bill Jemas da presidência da Marvel, a editora parece, aos poucos, se livrar de algumas - das poucas - boas iniciativas que ele propôs. O destino da linha Epic é um bom exemplo.

Pouco após dar o bilhete azul a Jemas, a Marvel divulgou que os primeiros títulos da linha - à exceção dos já lançados - foram adiados para fevereiro de 2004. Logo em seguida, declarou que não aceitaria mais propostas de novos gibis, uma vez que todo o departamento passaria por reformulação.

No final da semana passada, a editora parece ter jogado a última pá de cal no projeto. Anunciou que os quatro títulos programados - Phantom Jack, Young Ancient One, Strange Magic e Sleepwalker - serão compilados em uma antologia trimestral.

No entanto, de acordo com a editora Stephanie Moore, a continuidade da antologia dependerá do seu desempenho nas lojas, contrariando a idéia básica por trás de toda a iniciativa Epic que era a de garantir a manutenção dos gibis no mercado, independente das vendas iniciais. Além disso, havia um programa de incentivos (leia-se mais grana) para os criadores cujos títulos tivessem desempenho superior ao esperado.

Até agora, a Marvel lançou três títulos da linha Epic: Trouble, de Mark Millar (Ultimate X-Men, Os Supremos), Terry e Richard Dodson (Harley Quinn); Gun theory, de Daniel Way (Venom) e John Proctor, ambas minisséries; e Crimson Dynamo, do novo roteirista do gibi do Homem de Ferro, John Jackson Miller. Miller, inclusive, já anunciou que sua revista terá apenas seis edições - três já foram - publicadas antes de entrar em animação suspensa.