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As razões da Marvel para estratégia ultimate

As razões da Marvel para estratégia ultimate

11.10.2000, às 01H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 12H40
Em recente press release oficial, Matt Ragone, o vice-presidente da Marvel para vendas a varejo, afirmou que Ultimate Marvel Magazine revolucionará a indústria dos quadrinhos, ajudando a resolver duas das maiores dificuldades que os editores de gibis encontram atualmente nos Estados Unidos: a distribuição e o apelo às crianças e adolescentes. A intenção é que o novo título desperte o interesse principalmente de jovens entre dez e quinze anos. No entanto, segundo Bill Rosenmann, gerente associado da Marvel para vendas a varejo e co-editor do projeto juntamente com Ralph Macchio, espera-se que o título atraia todo o tipo de leitor desde o garoto de doze anos que assiste ao desenho animado dos X-Men, passando pelo espectador de vinte e sete que quer saber mais sobre Wolverine depois de assistir ao filme até o antigo fã de trinta e seis que deixou de comprar gibis porque não sabia mais onde encontrá-los.

A Marvel, como todas as editoras de quadrinhos americanas, está há anos num beco sem saída. Com a consolidação do mercado de vendas diretas, os gibis desapareceram das bancas e atualmente quase só são encontrados em lojas especializadas, as tais comic stores. No entanto, o número desses estabelecimentos é insuficiente e o acesso a eles é restrito a uma minoria de leitores. Nos últimos anos, esta minoria não tem se renovado. Apenas uma situação dessas pode explicar por que, apesar do sucesso de bilheteria, o filme X-Men pouco influenciou na venda das revistas dessas personagens.

A idéia da Marvel é, no futuro, não estar limitada às lojas especializadas. Para tanto, precisa desenvolver uma distribuição mais ampla e acessível. Todavia, a editora não pretende abandonar o mercado de vendas diretas. Ela vai continuar a publicar sua linha regular de revistas e espera que o Ultimate Marvel Magazine traga novos leitores para as lojas especializadas.

Em recente entrevista ao site Newsarama, Rosenmann comentou que, como qualquer empresa de entretenimento, a Marvel cria produtos para mercados diferentes, respeitando demandas variadas. Ele citou, como exemplo, a preferência das bancas e supermercados por títulos da linha Backpack Marvels , que não despertam o interesse de quem freqüenta lojas especializadas. Estes preferem consumir gibis no formato "comic book". Daí a razão dos títulos Ultimate Marvel serem lançados antecipadamente neste formato nas comic stores.

Essa adequação aos pontos de venda justifica a opção pelo formato magazine. Segundo Rosenmann, os jornaleiros preferem revistas de tamanho maior. Acham mais interessante vender um punhado de magazines que custam 4 dólares em vez de uma estante inteira de comic books de 2,25.

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