A Marvel, como todas as editoras de quadrinhos americanas, está há anos num beco sem saída. Com a consolidação do mercado de vendas diretas, os gibis desapareceram das bancas e atualmente quase só são encontrados em lojas especializadas, as tais comic stores. No entanto, o número desses estabelecimentos é insuficiente e o acesso a eles é restrito a uma minoria de leitores. Nos últimos anos, esta minoria não tem se renovado. Apenas uma situação dessas pode explicar por que, apesar do sucesso de bilheteria, o filme X-Men pouco influenciou na venda das revistas dessas personagens.
A idéia da Marvel é, no futuro, não estar limitada às lojas especializadas. Para tanto, precisa desenvolver uma distribuição mais ampla e acessível. Todavia, a editora não pretende abandonar o mercado de vendas diretas. Ela vai continuar a publicar sua linha regular de revistas e espera que o Ultimate Marvel Magazine traga novos leitores para as lojas especializadas.
Em recente entrevista ao site Newsarama, Rosenmann comentou que, como qualquer empresa de entretenimento, a Marvel cria produtos para mercados diferentes, respeitando demandas variadas. Ele citou, como exemplo, a preferência das bancas e supermercados por títulos da linha Backpack Marvels , que não despertam o interesse de quem freqüenta lojas especializadas. Estes preferem consumir gibis no formato "comic book". Daí a razão dos títulos Ultimate Marvel serem lançados antecipadamente neste formato nas comic stores.
Essa adequação aos pontos de venda justifica a opção pelo formato magazine. Segundo Rosenmann, os jornaleiros preferem revistas de tamanho maior. Acham mais interessante vender um punhado de magazines que custam 4 dólares em vez de uma estante inteira de comic books de 2,25.