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Alice Cooper está de volta - e como serial killer! Veja outros álbuns

RM
02.01.2009, às 18H00.
Atualizada em 30.01.2017, ÀS 21H07

Alice Cooper - Along Came A Spider - 4 ovos

Há quatro décadas o nome de Alice Cooper continua sendo um dos mais respeitados e reverenciados no mundo da música. Com uma carreira bastante longeva e cheia de altos e baixos, é interessante notar que, aos 60 anos de idade, Alice ainda exiba uma competência e brilhantismo reservado a poucos. Tudo bem, o ápice da "tia Alice" em termos de popularidade há muito já passou, já que seu "rock and roll horror" não choca mais como quando surgiu, na década de 1970. Hoje em dia, o próprio Vince Furnier (a "identidade secreta" de Alice) admite que os jornais diários são mais assustadores do que Alice Cooper. No entanto, nada disso o impede de continuar a fazer trabalhos interessantes, competentes e, porque não dizer, um tanto quanto bizarros.

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Along Came A Spider, seu álbum mais recente, tem todos esses elementos. Depois de bons trabalhos como Dirty Diamonds e The Eyes of Alice Cooper, Alice volta ao que faz melhor, ou seja, álbuns conceituais com histórias no mínimo esquisitas. Nesse caso, Along Came A Spider conta a história de um assassino serial que chama a si mesmo de Spider. Assim como a maioria dos assassinos seriais, Spider tem um modus operandi no mínimo bizarro e que justifica seu nome. Seu objetivo de vida é criar uma aranha (Spider) com as pernas de oito vítimas, ou seja, depois de matar as pobres coitadas, ele lhes arranca uma perna. Tudo vai conforme o plano até que o assassino se apaixona por sua última vítima, uma bela garota. Aí a coisa desanda.

Durante as 11 faixas do álbum, Alice Cooper é Spider. A performance vocal da titia Alice está espantosa e as músicas se conectam umas às outras de uma maneira bastante interessante, cada uma sustentando-se sozinha, mas fazendo parte de uma história maior. Se há algum problema em Along Came A Spider é justamente o fato de não ser aquele álbum planejado para fazer sucesso nas rádios, como boa parte das bandas da atualidade tem feito. Com exceção de "Vengeance is Mine", que traz uma excelente participação especial de Slash (Velvet Revolver, ex-Guns and Roses), as demais músicas não são muito acessíveis, comercialmente falando. Não que isso traga qualquer demérito ao álbum, que traz aquele selo Alice Cooper de qualidade, misturando o rock and roll "old school" que sempre lhe foi característico com alguns toques de modernidade.

Finalizando, além da performance de Alice e dos músicos que o acompanharam durante as gravações - com destaque para o versátil baterista Eric Singer (Kiss, Avantasia) - Along Came A Spider tem como destaque o seu encarte, cujas ilustrações homenageam os cartazes de filmes de terror das décadas de 1950/1960, que dão um clima bastante condizente com a história do mesmo.

Lauren Harris - Calm Before the Storm - 2 ovos

Sem muita enrolação, vamos direto ao assunto. Calm Before the Storm é o primeiro trabalho de Lauren Harris que, como o nome poderia denunciar aos mais atentos, é filha de Steve Harris, ninguém menos do que baixista, letrista, compositor e, sejamos francos, a força motriz por trás do Iron Maiden. Com isso em mente, podemos dizer que Calm Before the Storm é um álbum de heavy metal que tem tudo para agradar os fãs da banda do papai de Lauren, certo? Errado.

Dizem as lendas que Lauren foi descoberta por um produtor londrino enquanto fazia shows em bares da cidade e só após algum tempo descobiru-se seu parentesco famoso. Se isso é verdade ou não, é algo que sinceramente não tem muita importância. O fato é que Calm Before the Storm é um album bem produzido, com uma banda competente, uma vocalista que se esforça - e tem bastante carisma e presence de palco -... e só. Ao contrário do que se alardeia na capa, o álbum não é "calcado no hard rock dos anos 1980", o que é uma pena, porque as faixas que apresentam elementos desse hard rock oitentista, como "Steal your fire", "Your turn", "Get Over It" e "Hit Or Miss" acabam se tornando os destaques. No resto, infelizmente, Lauren desperdiça a competência dos músicos que a apoiam (o guitarrista Richie Faulkner, o baixista Miguel Gonzales e o baterista Tommy McWilliams) fazendo um pop rock bastante genérico bastante similar ao que Avril Lavigne vem fazendo em toda a sua carreira. Nem mesmo a presença do papai em quatro faixas tornam a coisa menos comercial e genérica.

Calm Before the Storm é apenas um esforço genuíno de Lauren para entrar no mundo da música. Como boa parte dos álbuns de estréia, é um trabalho muito heterogêneo, que carece de maturidade e um estilo melhor definido. 

Revolution Renaissance - New Era - 3 ovos

Quando o Stratovarius finalmente foi desmantelado - depois de anos de confusões bastante bizarras que incluíram trocas de socos entre seus membros e o guitarrista sendo esfaqueado por um suposto fã, entre outras -, o mais antigo membro e praticamente dono do grupo, o guitarrista Timo Tolkki resolveu levantar, sacudir a poeira e recomeçar. Sem banda para apoiá-lo - e com um material que fora escrito para ser o próximo trabalho do Stratovarius - Tolkki não se abalou. Recrutou o baixista Pasi Heikkilä, o baterista Mirka Rantanen e o tecladista Joonas Puolakka e, com esse trio, fundou o Revolution Renaissance. Como sua nova banda não seria um projeto instrumental e Tokki estava sem paciência para fazer testes visando encontrar um vocalista fixo para as gravações, ele recorreu aos amigos e trouxe para o estúdio Tobias Sammet (vocalista do Edguy), Pasi Rantanen (vocalista do Thunderstone) e Michael Kiske (o eterno ex-vocalista do Helloween). Com esse time, o Revolution Renaissance lançou seu álbum, intitulado New Era.

Essa "nova era" que o título do álbum promete, no entanto, não se sustenta. New Era é um bom álbum de heavy metal e nem poderia deixar de ser já que, apesar de todos os seus problemas psicológicos, Timo Tolkki é, indubitavelmente, um dos melhores músicos de sua geração. No entanto, o fato é que, descontando-se alguns elementos sinfônicos deixados de lado aqui e ali, New Era não soa muito diferente do que Tolkki já fazia no Stratovarius. O álbum varia entre faixas técnicas e rápidas e as baladas tipicamente características do estilo. O destaque, aqui, vai justamente para os vocalistas convidados, mas isso seria chover no molhado já que a competência do trio, especialmente de Michael Kiske (que canta em metade do álbum) é há muito reconhecida.

Pode-se dizer que New Era é um bom começo para essa nova fase na carreira de Timo Tolkki, mas ainda é preciso novos trabalhos para saber se ele adicionará novos elementos à sua música, que o torne distinto de seu passado no Stratovarius, ou se o Revolution Renaissance será apenas uma continuação de sua ex-banda.

Jorn - Lonely Are The Brave - 4 ovos

O vocalista norueguês Jorn Lande já é bastante conhecido no mundo da música pesada. Com uma voz bastante versátil e potente, Lande é meio que um nômade no mundo da música. Afinal, o sujeito já passou por pelo menos cinco bandas, trabalhando com gente do peso de Russel Allen (Symphony X), Roland Grapow e Uli Kusch (na época em que o trio fazia parte do Masterplan), Yngwie Malmsteen, dentre outros, o que proporcionou mais de 30 álbuns em sua carreira.

Dono de um estilo vocal inconfundível, bastante influenciado por nomes como David Coverdale - do qual já foi acusado de imitar - e Dio, há alguns anos Jorn Lande vem dedicando seu tempo entre participar de álbuns de outras bandas e sua carreira solo. Lonely Are The Brave é seu quinto álbum solo, se descontarmos desse número as coletâneas e trabalhos ao vivo.  

O álbum é, antes de tudo, um bom exemplo de rock. Apesar das claras influências de heavy metal, ele possui uma atmosfera de hard rock e AOR. Sem a presença das indefectíveis baladas que quase obrigatoriamente estão presentes em discos desse estilo, Lonely Are The Brave mantém um pique lá em cima, com faixas pesadas e rápidas variando com outras em mid-tempo, mas sempre mantendo uma boa qualidade, não só dos vocais de Lande, mas também do resto de sua banda, que se constitui em Jgor Gianola e Tore Moren (guitarras), Nic Angileri  (baixo) e Willy Bendiksen (bateria).

Apesar da homogeneidade do álbum, músicas como "Lonely Are The Brave", "Soul Of The Wind", "Night City" e a épica "Hellfire" poderiam ser apontadas como destaques individuais de um álbum que, indispensável para os fãs de Jorn, pode se constituir em algo interessante aos adeptos de um hard rock mais pesado, que beire ao Heavy metal.

Heleno Vale’s Soulspell Metal Opera - Act I: A Legacy Of Honor - 4 ovos

Em 2001, o vocalista alemão Tobias Sammet reuniu a nata do heavy metal alemão e alguns convidados de outros países - o que incluiu o vocalista brasileiro André Matos (ex-Angra, ex-Shaman) - para seu projeto intitulado Avantasia, que prometia ser a primeira parte de uma heavy metal opera (ou seja, um álbum conceitual em que diversos cantores vivem personagens diferentes) auto-intitulada. Os dois primeiros trabalhos do Avantasia, que contavam a mesma história, fizeram um sucesso significativo dentro do meio, tanto que renderam uma terceira parte, completamente desligada de seus sucessores.

Inspirado por essa idéia, o baterista Heleno Vale decidiu que o heavy metal brasileiro também teria potencial de realizar um trabalho tão competente quanto o do alemão. Assim, anunciou que sua ópera metal Soulspell Metal Opera - Act I: A Legacy Of Honor veria a luz do dia em 2007. Ao contrário de Sammet, no entanto, Heleno não dispunha de todos os recursos para a produção do disco, que acabou sendo lançado com um ano de atraso. No fim das contas, no entanto, a espera valeu à pena.

Soulspell Metal Opera - Act I: A Legacy Of Honor conta a história de Tobit, personagem principal dessa primeira parte da ópera. Tobit vive em 2004 e é assombrado por visões de vidas passadas. Visões essas que não compreende, até que o anjo Arlim aparece para ele e decide contar-lhe as histórias de suas oito vidas passadas. Essas histórias são o material das primeiras nove faixas do álbum, enquanto que as repercussões que essas revelações têm para Tobit são exploradas nas quatro faixas restantes.

Para contar sua história, Heleno contou com os guitarristas Thiago Amendola, Daniel Manso e Cleiton Carvalho, o baixista Tito Falaschi e a tecladista Fabiana Oliveira, que fizeram um excelente trabalho, especialmente os guitarristas. O destaque, no entanto, vai para o time de vocalistas, que reúne Leandro Caçoilo (Eterna - Tobit), Nando Fernandes (Hangar - Samael), Renato Tribuzy (Tribuzy - Achilles), Bruno Maia (Tuatha de Dannan - The Spirit of Nature), Christian Passos (Wizards - Hermes), Tito Falaschi (Ex-Symbols - Arlim), Iuri Sanson (Hibria - Amon), Mário Linhares (Ex-Dark Avenger - High Lord), Daisa Munhoz (Vandroya - Princesa Judith) e Maurício Del Bianco (Innerforce - Haamiah, o mágico).

Falando do álbum em si, Act I: A Legacy Of Honor traz um heavy metal bastante competente, recheado de influências de hard rock e mesmo com algumas tendências pop aqui e ali, tudo combinando de maneira bastante harmônica. Os vocalistas convidados, sem exceção, fazem um bom trabalho, o que tornam o álbum bastante homogêneo como um todo. A produção e mixagem também estão bem claras e tudo no álbum parece funcionar quase à perfeição. Uma boa estréia para o Soulspell, cujo segundo álbum já está sendo planejado. Esperemos que não demore tanto para sair.

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