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Aprovamos o som do "novo" Sepultura

29.01.2009, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H44

Em 1996 o mundo do heavy metal foi pêgo de surpresa quando o guitarrista/vocalista Max Cavalera disse que deixaria o Sepultura, banda que não só ajudara a fundar, como a tornar uma das mais respeitadas e celebradas do mundo em seu sub-gênero, o thrash metal. Muitos diziam que, sem uma de suas principais forças criativas e figura mais carismática, o Sepultura acabaria, com o perdão do trocadilho, indo pra vala. A banda, no entanto, perseverou e, com a entrada de Derrick Green nos vocais, continuou a produzir um thrash recheado de influências vindas de lugares tão opostos quanto o hardcore norte-americano e os ritmos tribais brasileiros.

Dez anos se passariam e, após o lançamento do álbum Dante XXI o baterista Igor Cavalera, irmão de Max e co-fundador da banda, também resolveria abandonar o barco, alegando as famosas "divergências criativas" com os demais membros do grupo. Da formação original, sobraria apenas o baixista Paulo Xisto Jr. que, ao lado do guitarrista Andreas Kisser e do supracitado vocalista, teriam a missão de continuar o legado do Sepultura. Se na saída de Max muitos já diziam que o Sepultura estava morto, a despedida de Igor prenunciaria a pá de cal que faltava na história da banda.

Sepultura

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A história, novamente, não se revelou bem assim. Pouco depois da saída de Igor, os membros remanescentes da banda recrutaram o baterista mineiro Jean Dolabella e, após 3 anos desde a despedida do segundo irmão Cavalera, lançam A-Lex - álbum conceitual que cumpre o papel que lhe foi dado: o de mostrar que o Sepultura ainda está vivo e chutando bundas.

A-Lex vem do russo e quer dizer "sem lei". O álbum é baseado no livro A Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, que foi adaptado para as telas de cinema em 1971 pelo genial Stanley Kubrick e traz dezoito faixas, dividido em quatro capítulos, por assim dizer.

Musicalmente falando, A-Lex é um bom álbum de thrash que faz jus à carreira do Sepultura. Não há aqui tanto do metal elaborado e quase épico de álbuns como Arise ou do experimentalismo tribal presente em Roots, considerados por muitos os pontos altos da carreira da banda. No entanto, toda a energia que sempre esteve presente na discografia do Sepultura também aparece aqui. É como se Paulo, Andreas & cia. estivessem tocando para provar aos críticos que, apesar dos Cavalera desempenharem um papel fundamental na banda, o Sepultura pode, deve e vai viver bem sem eles.

E, apesar de um deslize aqui, outro ali, A-Lex cumpre bem essa tarefa. Como destaques individuais, podemos citar faixas como "Moloko Mesto", "Sadistic Values", "What I Do!" e "Ludwing Van" que, apesar de parecer um tanto quanto deslocada aqui, não poderia deixar de estar presente em um álbum baseado em A Laranja Mecânica.

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