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Música
Artigo

LCD Soundsystem em São Paulo

Sem dúvida, um dos melhores shows de 2007

EV
20.11.2007, às 00H00.
Atualizada em 23.11.2016, ÀS 04H23
Grandes shows às vezes vêm assim, na surdina, sem maiores expectativas, e marcam seu palitinho na parede do ano. Caso do LCD Soundystem

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, que voltou ao Brasil para uma pequena turnê iniciada em São Paulo.

A banda nova-iorquina, capitaneada por James Murphy, enfrentou um Via Funchal esvaziado pelos R$ 80 do ingresso e pela ingratidão de um show no meio da semana. Mas nem isso, nem a abertura morna e deslocada do sueco The Field (o jogo de luzes no palco estava mais animado que o público; e suas produções eletrônicas mereciam lugar mais adequado), tiraram o brilho da apresentação.

Ao vivo, tudo no show do LCD é brilho. Não à toa, o globo de espelhos que encapava seu disco de estréia (homônimo, de 2005) pendia do teto, marcando o lugar do tesouro. E felizmente para a platéia, ao contrário do show gigante no Skol Beats de 2006, agora o palco era pequeno, mais fácil para sacar cada quadradinho solto no globo da música produzida pela banda.

Detalhes não faltam, esfregados na cara do público. No estúdio, Murphy e seu coletivo dispõe de toda a genialidade para misturar eletrônica, punk, new wave, disco music, num caldeirão todo próprio de referências. Reproduzidas no palco, todos esses ponteiros se mesclam, e são relidos em um universo à parte.

Nesta noite, enquanto Murphy berrava e dançava como um personagem de sitcom, o setlist (quase todo baseado no último álbum, Sound of silver) seguiu uma lógica friamente calculada.

A progressão era óbvia e proposital. Tudo partiu do mais acústico/menos eletrônico, com "Us v them" e uma versão desacelerada de "Daft Punk is playing at my house", clássico dos anos 00. No meio, com a platéia ganha, "North american scum" e "Get innocuous!", sintetizadores convivendo com uma, duas, três baterias simultâneas, e "All my friends", momento que o LCD se exibe, sendo tudo que o New Order deveria ser ao vivo, mas não é.

No finalzinho, mais eletrônico/mais acústico ainda, os sintetizadores se misturam com a guitarrada para "Tribulations" e "Movement", ligadas pelo solo de uma nota só de Pat Mahoney na bateria eletrônica, mais "Yeah", colada com "Throw", de Carl Craig, dobradinha já conhecida da banda. Confusão sonora, rave roqueira, os signos se misturam.

Encerrando a noite, no bis, depois de versionar Joy Division ("No love lost"), James Murphy se coloca na contra-luz. E, feito Frank Sinatra às avessas, declama a canção-manifesto "New York, I love you but you're bringing me down" com a mão no peito. Amarra sua fama, a lógica da apresentação e o título, mais que merecido, de um dos grandes shows de 2007 em São Paulo.

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