Em sua primeira vez no Brasil, Phil Spencer foi um dos principais nomes do palco de um evento organizado pela Microsoft na véspera da Brasil Game Show 2015. No palco, o chefe global do Xbox entregou um prêmio a Pérsis Duaik, diretor do estúdio responsável por criar Aritana e a Pena da Harpia, o primeiro game brasileiro do Xbox One.

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Em entrevista ao Omelete durante a BGS, Spencer falou sobre o potencial do Brasil para a marca, tanto para consumidores quanto para a cena independente de desenvolvedores. Confira:

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A BGS abre uma grande temporada de jogos, muitos exclusivos para Xbox. O que vocês esperam este ano para o console?

O line-up é muito forte. Temos Rare Replay, Gears of War, Forza Motorsport 6, Halo 5, Fable Legends, Rise of the Tomb Raider, um relacionamento com Fallout. Há muitos jogos. Acho que vou jogá-los até o ano que vem, Em 2016, o line-up continua forte. O trabalho que as equipes tem feito é ótimo.

Estamos chegando ao fim do segundo ano desta atual geração de consoles. Como ela têm sido para a Microsoft?

É um bom começo. Estamos vendendo mais Xbox One do que vendemos o 360 em segundo ano. Temos uma ótima lista de jogos, mais pessoas online, mais engajamento da comunidade. Nossa divisão está indo bem, e sempre vemos oportunidade de fazer mais. Nossos jogadores são sempre bem diretos em dizer o que gostam e o que não gostam. Estou orgulhoso do nosso trabalho para continuar a fazer a marca forte e, com o lançamento do Windows 10 este ano, a divisão tem um alcance maior com jogos tanto no console quanto no PC, e nessa área também estamos nos saindo bem.

Essa integração entre o Xbox One e o PC têm sido um projeto que ganhou força desde a sua chegada ao comando da Microsoft. Como isso muda os jogos no Xbox e no PC?

Ao ver nosso trabalho com o Xbox e com a Xbox Live, percebemos que a maioria dos jogos, hoje, são baseados em serviços e na comunidade. À medida que a nossa relação se fortaleceu com os desenvolvedores, vimos que todos trabalham com PC e com consoles. Pensamos: como podemos ajudá-los a construir um negócio em ambas as plataformas? Além disso, eu jogo no PC e no console. Gosto de ter a liberdade de passar de uma plataforma para outra, jogar com amigos que só tem PC ou só tem Xbox. Acho que isso abre oportunidades para jogadores e desenvolvedores se encontrarem, e alcançarem cada vez mais pessoas, criando experiências mais abrangentes.

Gostaria de falar sobre o Xbox no Brasil. A Microsoft já está aqui há um bom tempo (a empresa vende oficialmente seus consoles no país desde 2006). Como a empresa vê, de um ponto de vista global, o mercado brasileiro?

A América Latina é muito importante para nós. O sucesso na região é baseado no nosso desempenho no Brasil e no México. São duas regiões bem fortes. Temos uma fabricação local aqui há anos e a Sony fez isso também, o que é ótimo para a economia brasileira, gerando mais empregos e diminuindo o preço final do aparelho. Nosso investimento inicial se paga quando vejo eventos como o que organizamos ontem, com centenas de fãs orgulhosos em se associar à marca. Isso vem de muitos anos conectados com a equipe local, que faz um ótimo trabalho. O espaço do Brasil no mercado global é gigante. O país pode ser facilmente um dos cinco maiores mercados para o Xbox, e acredito que vocês vão chegar lá. Vejo muito potencial nos jogadores e nos desenvolvedores. Acho que isso é um sinal de um mercado saudável.

Falando nisso, vi que você deu um prêmio ao Persis (Duaik, criador de Aritana e a Pena da Harpia). Como você vê a cena de desenvolvimento no Brasil?

Sei que há mais jogos por vir além de Aritana. Conversei com alguns desenvolvedores, joguei os jogos e foi muito divertido. Acho que estamos no começo, principalmente se você pegar países como a Inglaterra e os Estados Unidos, onde há uma longa história de desenvolvimento. Adoraria ver isso sendo construído aqui. Há ótimas faculdades, colocando ótimos profissionais no mercado. Acho que a oportunidade é grande. Estamos no começo e o movimento indie pode se beneficiar muito do nosso programa (ID@Xbox), que dá um espao rande aos desenvolvedores.

Para finalizar: qual jogo você está mais empolgado para jogar este ano?

Dos estúdios first-party, Forza é o que normalmente mais passo tempo jogando. Mas estou quase terminando a versão final de Halo 5, que foi concluída esta semana. Este jogo está bem especial. A história é ótima, a campanha, o co-op. Então, provavelmente (estou mais empolgado com) Forza e Halo, mas é difícil escolher. É como escolher sua criança favorita. Todos têm algo de especial. Rise of the Tomb Raider não é first-party, mas também é ótimo. Temos um relacionamento especial com a Crystal Dynamics. È legal vê-los reenergizar Lara Croft.