Filmes

Entrevista

Meu Malvado Favorito: Omelete entrevista Steve Carell

Ator fala do desenvolvimento do personagem, seu trabalho com Tina Fey e Agente 86 2

10.08.2010, às 23H24.
Atualizada em 02.11.2016, ÀS 03H05

Steve Carell é conhecido pelo seu trabalho no cinema em comédias como O Âncora, O Virgem de 40 Anos, O Todo Poderoso e Agente 86. E na TV, ele pegou um personagem que já era bom e o levou para um novo nível na versão estadunidense de The Office. Agora o ator empresta seus dotes a Gru, o anti-herói que todos aprendemos a gostar em Meu Malvado Favorito.

Em conversa com nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, editor do site parceiro Collider, ele falou sobre o desenvolvimento do personagem, seu trabalho com Tina Fey em Uma Noite Fora de Série e Agente 86 2, que ele escreveu um roteiro. A entrevista foi feita na época do lançamento do filme nos Estados Unidos, por isso, não estranhe a pergunta sobre a Copa do Mundo.

Veja abaixo como foi ou leia a transcrição a seguir:

Então acho que a primeira coisa a dizer é que hoje estou cobrindo para o Brasil, para um site chamado Omelete. Então a grande pergunta é: você já esteve no Brasil?

Steve Carell: Não, eu nunca fui ao Brasil.

A Copa do Mundo está acontecendo agora. Você está prestando atenção nisso?

Eu prestei um pouquinho de atenção. Estou trabalhando muito e conforme vou recebendo as informações eu... Não, não estou prestando atenção.

Ok. Obviamente a primeira questão é como você se envolveu nesse filme?

Eu recebi o roteiro e me mostraram algumas artes para o filme. E achei que a história era ótima. Achei os personagens muito divertidos e interessantes. E achei o que iam fazer artisticamente, quanto à animação, fantástico. Então foram essas coisas que chamaram minha atenção, inicialmente.

O que é muito interessante no filme é que ele foca no mundo dos vilões, o que não vemos normalmente. Isso também foi algo que te atraiu para o filme?

Sim. Eu gostei da premissa desses super-vilões em batalha. E trazer essas criancinhas para a mistura e como elas atrapalham o trabalho, especialmente para o meu personagem. Elas alteram completamente a vida dele, de um jeito que eu acredito ser muito afável.

Uma das coisas que eu achei muito interessante é que você faz uma voz muito legal nesse filme. E algumas pessoas podem não te reconhecer. Como você descobriu a voz que queria usar?

Eu... Sabe, nós sentamos... Bem, chegamos no estúdio e começamos a brincar com vozes diferentes. E eles, os diretores e os roteiristas, todos meio que tinham ideias e nós meio que jogamos tudo numa grande panela e começamos a brincar. E a voz que eu uso é meio que o resultado disso.

Obviamente filmes de animação levam muito tempo para serem feitos. Como tem sido esse processo? Há quanto tempo você está envolvido?

Eu comecei este filme 17 anos atrás, então, na época, eu era um homem muito, muito jovem. Você até pode perceber em gravações mais recentes que minha voz realmente envelheceu, porque faz tanto tempo.

Não, acho que foi há pouco menos de três anos que me abordaram pela primeira vez. O que no mundo da animação é muito rápido, para ir do conceito para um projeto finalizado. Então foi bem rápido.

Uma das coisas que ouvi sobre filmes animados é que muitas mudanças podem ser feitas no meio do caminho. Como seu personagem mudou desde quando você se envolveu, se é que mudou?

As mudanças, pelo menos do momento em que olhei para a primeira imagem finalizada do Gru, fisicamente ele era um pouco mais angular. O rosto dele era um pouco mais longo e eles mudaram. Arredondaram o rosto dele. Acho que estavam brincando com diferentes formas e estilos. Acho que é porque você pode desenhar - e um animador poderia falar sobre isso muito melhor que eu - um rosto, uma foto estática de um rosto e quando você anima, ela muda. E eles descobriram que o conceito inicial não passava a ideia que eles tinham planejado. Então alteraram o formato do rosto e do corpo, um pouco. E então conseguiram tirar a performance que queriam da animação.

Eu mencionei, antes de começarmos, o quanto eu gostei do seu trabalho com a Tina Fey em Uma Noite Fora de Série.

Obrigado.

Você ouviu isso de muitas pessoas? Elas gostaram da química entre vocês dois?

Sim! E quando estávamos filmando nos divertimos muito, então sentimos que nossos estilos se complementavam. Nós dois sentimos isso durante as filmagens. Mas as pessoas têm sido muito legais com isso, acho que o resultado foi bom. E teve uma longa temporada também, então foi bem e as pessoas gostaram.

Claro que tenho que fazer essa pergunta. Sou amigo do Andrew Lazar, acabei de falar com ele e ele mencionou que você escreveu a primeira versão de Agente 86 2.

Eu escrevi. Eu escrevi uma ideia para Agente 86 2. Escrevi uma história completamente nova, então vamos ver o que acontece com isso, mais para a frente talvez.

Eu sei que tenho que encerrar, mas com a sua agenda, esse é um dos projetos que você está ansioso para voltar a trabalhar?

Claro, eu adoraria fazer isso de novo. E acho que Anne Hathaway está definitivamente dentro, e Alan Arkin. Então, sim, em algum momento. Nós não temos nenhuma data planejada e o roteiro ainda precisa de uns ajustes, precisa ser reescrito. Mas, sim, acho que é engraçado e pode ser bom.

Ok, eu tenho que encerrar com você. Mas muito obrigado, valeu mesmo.

Obrigado. O prazer é meu.

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